
09/04/2025
Na imagem, vemos um Dr. Luiz que precisa emagrecer, vestindo seu jaleco, com um prato saudável à sua frente, mas com o olhar perdido em direção a um bolinho — não real, mas presente em seu pensamento. Essa cena ilustra com ironia e profundidade o drama silencioso de quem enfrenta a compulsividade alimentar: a luta entre o que se sabe que deve ser feito e o que se deseja impulsivamente.
O processo de emagrecimento vai muito além de força de vontade. Há aspectos emocionais profundos envolvidos, como ansiedade, frustração, culpa e até traumas antigos ligados à comida. Mudar hábitos não é simples, especialmente quando a comida se tornou uma válvula de escape para lidar com as emoções.
Por isso, é essencial que o médico responsável pelo acompanhamento do paciente vá além da balança. É preciso conversar sobre o comportamento alimentar, entender os gatilhos emocionais e, quando necessário, incluir abordagens terapêuticas que envolvam psicoterapia e o uso de medicações específicas.
Entre as opções mais eficazes estão os análogos de GLP-1 e GIP, como a semaglutida e a tirzepatida (Mounjaro). Essas medicações atuam diretamente no centro da saciedade, ajudando o paciente a controlar a fome e, principalmente, a reduzir os episódios de compulsão. Quando bem indicadas e acompanhadas, tornam-se grandes aliadas no processo de reeducação alimentar e emagrecimento consciente.