06/02/2025
Meu livro de janeiro foi A Coragem de Não Agradar.
Não foi o melhor que já li. Algumas partes me fizeram torcer o nariz, outras passaram despercebidas. Mas então, veio uma frase. Uma única frase.
“O passado não existe.”
Li, parei. Voltei. Li de novo.
O passado não existe. Nunca existiu.
O que chamamos de “passado” é apenas um presente que já foi vivido. Ele não tem rótulos, não tem peso, não tem moral. Ele simplesmente é.
Mas nossa mente não aceita isso. Ela precisa de uma história.
Ela cria vilões. Aponta erros. Fabrica arrependimentos. Dá significados onde não há.
E assim, carregamos pesos que nunca precisaram ser nossos.
Mas e se tudo isso fosse uma mentira?
E se o que chamamos de “erro” fosse, na verdade, uma decisão necessária?
E se o que chamamos de “fracasso” fosse só uma curva no caminho?
E se, ao invés de olhar para trás com culpa, olhássemos com curiosidade?
Se o passado é neutro, então o significado que damos a ele é uma escolha.
Isso não é autoajuda barata. Isso é poder.
Você pode continuar carregando frustrações de um ciclo que se fechou.
Pode continuar se culpando por decisões que tomou com as ferramentas que tinha.
Ou pode decidir que tudo isso foi apenas um passo para te trazer até aqui.
O passado não é um fantasma. Mas se você insistir em alimentá-lo, ele vai te assombrar.
A história que você conta sobre o passado define o peso que ele tem no presente.
O passado não é um juiz.
O passado é um professor.
E a única pergunta que importa é: você vai aprender ou se aprisionar?
A Coragem de Não Agradar não foi meu livro favorito, mas essa reflexão, por si só, valeu a leitura. Recomendo.