01/09/2025
A dança sempre foi, para mim, um lugar de intimidade com o Senhor. Foi dançando, sozinha em um quarto escuro, que vivi alguns dos encontros mais profundos com Deus. Cada movimento era oração, cada gesto era entrega, e era como se meu coração se abrisse inteiro para que Ele viesse me curar, me encher, me transformar.
Nessa semana senti falta disso… falta das madrugadas em que dançava até perder a noção do tempo, falta dos saltos que pareciam tocar o céu. Senti falta de quem eu era antes de gestar. Hoje, carregar uma vida exige de mim novos cuidados, e o cansaço não me permite a mesma intensidade.
Mas, nesse lugar de limitações, também encontrei graça. Descobri que posso adorar a Deus de outras formas: quando me submeto a mudanças no meu corpo, quando organizo minha vida em favor da vida que cresce em mim, quando aprendo a renunciar a coisas preciosas por amor à minha filha. Nesse processo, tenho conhecido mais do amor do Pai, que entregou Seu Filho por nós; tenho entendido um pouco mais do sacrifício de Cristo e da profundidade desse amor.
Espero pacientemente pelo dia em que voltarei a encher o quarto com giros e saltos, pelo dia em que dançarei novamente, com um movimento novo, um cântico novo e uma nova parceira, minha Maria 🤰