03/08/2022
O bebê nasceu!
Os órgãos parecem soltos dentro do corpo, o sangramento pós parto é intenso, a amamentação é algo novo (podendo ser desafiador) e entre tudo isso o principal, existe um bebê que nasceu.
É uma pessoa nova na família qual não se sabe o que pensa, sente, quer e que nem sempre atinge as expectativas criadas na gestação.
A vida mudou. Mesmo amando o bebê, as noites de sono não são mais as mesmas, amamentar pode ser dolorido, a recuperação do parto demanda repouso, a insegurança por estar conseguindo atender as necessidades e cuidados do bebê aparecem e o choro nos momentos de exaustão pode ser inevitável.
Com tudo isso o sentimento de culpa é muito comum. Culpa por não conseguir. Culpa por não conseguir acalmar o bebê em alguns momentos, culpa por nao conseguir cuidar de si, culpa por não estar estressada pela privação de sono, culpa por cogitar não estar sendo uma boa mãe.
Pensamentos e sentimentos como os relatado acima são característicos do puerpério. Com o passar dos dias, meses tendem a diminuir sendo substituidos pela segurança, amor e vínculo estabelecido entre mãe e bebê.
Além do puerpério temos 2 situações que podem ocorrer no pós parto, o Baby Blues que envonlve sentimento de tristeza materna e leves sintomas de depressão que costuma ocorrer nas duas primeiras semanas pós parto; e a Depressão pós parto que além de sentimentos de tristeza e desanimo, envolve a dificuldade nos cuidados com o bebê e no vínculo mãe e filho, ocorrendo a necessidade de intervenção médica e Psicológica.
Durante a gestação, parto e puerpério e fundamental que a mulher tenha amparo e proteção principalmente em momentos que apresentem tristeza e/ou cansaço. Devemos compreender que a mulher está passando por um momento com muitas ansiedades, medos, adaptações e também perdas, sendo perfeitamente normal ela vivenciar todas estas situações. A presença de um psicólogo em todos estes períodos pode contribuir na maneira como a mulher vai lidar com todos estes sentimentos e buscar alternativas para enfrentar situações desagradáveis da maternidade.
Psicóloga Fernanda Becker
CRP 12/14121