07/03/2025
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), duas a cada três pessoas cegas no mundo são mulheres.
Em números absolutos, isso representa aproximadamente 27 milhões de deficientes visuais totais. Entre as razões apontadas pela OMS para o problema constam questões socioeconômicas, como as diferenças educacionais, muitas não têm informações sobre a cirurgia de catarata, por exemplo, e a disparidade financeira, que dificulta a aquisição de medicamentos, lentes e óculos; e o acesso a unidades de saúde, muitas vezes distantes do local de residência.
As doenças oculares que afetam desproporcionalmente mais mulheres do que homens são variadas. Alguns exemplos são a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), retinopatia diabética, olho seco, glaucoma, catarata, doenças neuroftalmológicas, doenças oculares inflamatórias e as relacionadas ao fluxo sanguíneo na região dos olhos. As causas básicas para essa maior suscetibilidade feminina ainda são pouco conhecidas. No entanto, a interação complexa entre hormônios se***is, genética, fatores ambientais e o sistema imunológico está relacionada à incidência de doenças sistêmicas que podem trazer danos severos à visão, como a esclerose múltipla, doenças reumáticas, hipertensão e diabetes.
Como as mulheres têm maiores taxas de doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla, é importante ressaltar que essas patologias podem levar à cegueira. Da mesma forma, as complicações do diabetes e da hipertensão podem acarretar doenças oculares, como retinopatia diabética e retinopatia hipertensiva, que comprometem a parede dos vasos sanguíneos da retina, região conhecida como fundo de olho. A retinopatia diabética pode provocar a perda da visão e a hipertensiva causa desde inchaço do nervo óptico até descolamentos de retina.
O aumento da expectativa de vida da mulher (79,9 anos, segundo dados do IBGE) é outro fator que também tem influenciado no surgimento de doenças oculares, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que se tornam mais comuns após a menopausa.
Independentemente do momento da vida em que esteja, procure manter uma vida saudável, com avaliações clínicas periódicas.Cuidese