O Laboratório de Saúde Mental do Departamento de Terapia Ocupacional, criado em 1997, atualmente é composto por um grupo de oito docentes que vêm desenvolvendo diversas atividades de extensão e pesquisa de forma bastante plural (diversas faixas etárias, problemáticas, níveis de atuação, etc) tendo como ponto comum a saúde mental dos indivíduos e/ou grupos e a contribuição da terapia ocupacional nestes processos. Há mais de 10 anos temos tentado integrar as diferentes atividades de extensão desenvolvidas com o ensino de graduação e pesquisa, inicialmente através de ações isoladas de cada docente e mais recentemente, como norte do grupo, envolvendo alunos de graduação e pós-graduação, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde. O processo de capacitação de cada um dos docentes do laboratório, teve como base as atividades de ensino na área, bem como questões advindas dos diversos tipos de prestação de serviços (atendimentos clínicos, supervisões institucionais, educação continuada de profissionais, etc) que vinham sendo desenvolvidas ao longo dos anos. Estes processos resultaram em mestrados e doutorados específicos na área de saúde mental, atualmente, ampliados em novas pesquisas que compõem o processo gerador e de transmissão de conhecimentos. As diferentes atividades de extensão, ensino e pesquisa que temos realizado, impulsionam o aprofundamento, a sistematização e a disseminação de conhecimentos específicos na área. Acreditamos que o envolvimento direto e/ou indireto na formação de profissionais/trabalhadores de saúde mental em diferentes graus contribui fundamentalmente para qualidade de vida da população. Vale salientar que o processo do sofrimento mental do ser humano ainda é um grande desafio em termos de intervenções/tratamentos que alcancem resultados satisfatórios e socialmente relevantes e mensuráveis. Este processo, ainda que sendo um fenômeno globalizado, tem características específicas na realidade brasileira, dadas a precariedade da situação sócio-econômica e cultural do país. Frente à carência de serviços e à formação de profissionais nesta área, todas as iniciativas que visem contribuir para diminuir sofrimento mental e aperfeiçoar procedimentos de intervenção têm uma enorme relevância social.