07/05/2024
Neste momento, é essencial fornecer o básico: acolhimento, segurança, alimentação… além disso, é preciso reativar as redes de apoio social daqueles que estão vivenciando essa situação.
Se você puder, doe algo.
Abaixo, trechos da minha dissertação de mestrado explicando um pouco sobre desastres e saúde mental.
“Desastres são eventos que desencadeiam desestruturação na organização de uma comunidade, levando a uma incapacidade de superar os prejuízos causados e de retomar seu funcionamento (MAKWANA, 2019). Há três características relacionadas a esse tipo de evento: constituir-se uma ameaça à vida de um grupo de
pessoas; relacionar-se a consequências secundárias à saúde e afetar processos como serviços, recursos e redes sociais”.
“Do ponto de vista psicopatológico, a maioria das pessoas reage com uma boa capacidade de elaboração a esse evento traumático (GOLDMANN; GALEA, 2014). A ocorrência de um estado de choque, negação e insegurança pode, em parte, estar relacionado ao caráter imprevisível dos desastres (MAKWANA, 2019). Dentre aqueles que sofrem um maior impacto, há predomínio de prejuízo psicológico leve e transitório, com a minoria desenvolvendo algum transtorno mental.”
“O Comitê Permanente Interagências (IASC) reúne diretrizes sobre “saúde mental e apoio psicossocial em emergências humanitárias” (SMAPS) (IASC, 2020), […]. Sugerem-se intervenções em níveis integrados, utilizando-se os recursos locais disponíveis. Esses níveis são representados em uma pirâmide (Figura 1): na base, encontram-se os apoios sociais e culturais, partindo para os comunitários e familiares; então para serviços de saúde de atenção primária e; no topo da pirâmide, os serviços especializados em saúde mental (IASC, 2020).”
https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/16949/Dissertac%cc%a7a%cc%83o%20Antonialli%2c%20K.T.S..pdf?sequence=1&isAllowed=y