31/03/2025
*Quando o cuidado vem do coração*
Na edição deste mês, vamos contar a história da técnica de enfermagem Débora Leite Júnior dos Santos, que há 9 anos trabalha na UPA 24 Horas Sandra Regina. Débora valoriza muito o contato com o paciente e os colegas de trabalho e a forma como recebe cada um é sempre com um largo sorriso. A gente agradece, Débora!
Um propósito de vida
Para a técnica de enfermagem Débora Leite Junior dos Santos, 46 anos, cuidar do próximo sempre foi mais do que uma profissão: é um propósito de vida. Natural de Porto Alegre, ela encontrou em São Francisco do Sul um novo lar e, na UPA 24 Horas, uma missão diária de dedicação e amor.
Sua trajetória na saúde começou muito antes de vestir o jaleco. Filha de comerciantes, cresceu entre os balcões da farmácia da família.
Em 2007, a enfermagem conquistou seu coração. Iniciou no ramo no Hospital Dom João Becker, de Gravataí (RS), atuando na Agência Transfusional e, posteriormente, no Centro Cirúrgico.
Desde então, cada paciente atendido e cada vida impactada reafirmam sua escolha.
“Sempre digo que a enfermagem me proporciona a oportunidade de fazer a diferença. Mais do que oferecer cuidado e conforto, acredito que o amor é a essência do nosso trabalho. Se não houver amor, nada vale.”
Compromisso com a profissão
Com 18 anos de experiência na enfermagem, Débora se sente plenamente realizada na profissão. “A cada paciente que melhora e me dá um sorriso, sou eu quem recebo, sou eu quem sou curada por eles”, afirma.
Sempre em busca de aprimoramento, valoriza o aprendizado contínuo e a empatia no atendimento. “Além da técnica, acredito que ouvir o paciente e esclarecer suas dúvidas fazem toda a diferença. Quero que cada pessoa que atendo se sinta segura e acolhida.”
Ela também entende que a profissão envolve desafios. As críticas, por exemplo, quando surgem, são encaradas como oportunidades para o crescimento. “Os elogios me motivam e reforçam que estou no caminho certo. E se vier uma crítica, analiso com maturidade e busco melhorar.”
Luta pela vida na pandemia
Durante a pandemia da Covid-19, Débora viveu um dos momentos mais difíceis. Enquanto profissional da saúde, ela viu de perto o sofrimento de inúmeros pacientes que contrairam a doença. Só não imaginava que ela própria pudesse lutar pela vida em um leito hospitalar. Débora foi vítima da Covid-19 juntamente com o seu esposo Andrei, que se recuperou rápido.
O caso de Débora foi mais grave. Por ser asmática, encontrou dificuldades para respirar e precisou ser internada no Hospital Nossa Senhora da Graça, onde passou cinco dias lutando pela vida.
Com o suporte da equipe de profissionais do hospital, Débora se recuperou, recebeu alta médica e, para a sua alegria, ganhou uma recepção muito especial do esposo na volta para casa.
“O que me manteve forte foi minha fé em Deus. Nos momentos mais críticos, eu conversava com Ele e pedia que, se fosse minha hora, Ele confortasse os corações da minha família.”
A recuperação foi lenta, mas trouxe um novo olhar à profissão. Após superar a doença, voltou ao trabalho ainda mais determinada a oferecer acolhimento e esperança a cada paciente.
Fé, família e conhecimento
Fora do ambiente hospitalar, Débora encontra forças na fé e no amor pela família. Ao lado do marido, é Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão na Igreja Católica e lidera a Missão Católica Na Presença de Deus, um projeto de evangelização que inclui uma web rádio e encontros de oração.
Nos momentos de lazer, o casal aproveita a praia, viaja e explora novas culturas. A família também conta com três fiéis companheiras: as cachorrinhas Pipoca, Kuki e Chica, que trazem ainda mais alegria aos seus dias.
Mas, para Débora, sua maior conquista está na base sólida que construiu ao lado de Andrei. “Sou casada com um homem maravilhoso há 14 anos. Ele se esforça para que nunca me falte nada, cuida de mim com todo amor e me faz muito feliz. Além disso, tenho uma mãe e sogros que nos apoiam em todas as nossas necessidades. Isso é o que me completa.”
No trabalho e na vida, Débora acredita que um sorriso e o amor são partes essenciais da cura. Afinal, quem dedica a vida ao cuidado do próximo sabe que a empatia é o melhor remédio.