
04/11/2021
Uma cirurgia feita com alguns furos e uma câmera e que, por estressar menos o corpo, permite uma recuperação mais rápida e com menos dor. Esse é o conceito por trás da videolaparascopia, que nasceu como um método diagnóstico (também é usada assim até hoje) e evoluiu para um procedimento terapêutico.
A anestesia - Laparoscopia é uma palavra de origem grega que significa “observar o abdômen”. No caso, com uma câmera. Mas, antes de iniciar o procedimento em si, os médicos recorrem à anestesia geral para evitar que o paciente possa experimentar uma sensação de sufoco causada pelo uso de um gás na barriga. Ela pode ser combinada a anestesia local, peridural ou raquidiana.
As ferramentas - O passo seguinte é a inserção de equipamentos compridos e finos por aqueles buraquinhos com o objetivo de realizar a operação de fato. O médico conta com uma grande variedade de tesoura e pinças. Os tipos e a quantidade dependem da intervenção. Para a retirada da vesícula, são necessários quatro furos. Numa cirurgia bariátrica, de quatro a sete.
A câmera - É um item indispensável e entra em todos os casos. Introduzida no abdômen, transmite as imagens da cavidade para um monitor, permitindo que o especialista veja o que acontece ao vivo dentro do corpo. Até agora a imagem era transmitida apenas em duas dimensões. Mas hoje câmeras em 3D estão chegando para facilitar o trabalho do cirurgião.
A recuperação - Por fim, os aparelhos são retirados e os orifícios fechados com pontos, deixando cicatrizes quase imperceptíveis. Por ser uma técnica minimamente invasiva, a recuperação é muito mais rápida do que em uma cirurgia aberta. A alta costuma ocorrer cerca de 24 horas após o procedimento e em poucos dias já se retoma uma vida normal.
Dr. Márcio Candido
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