27/08/2025
De um tempo para cá, optei por não atender crianças de forma rotineira, devido à crescente demanda no acompanhamento de doenças da retina e em outros procedimentos cirúrgicos. Com isso, minha rotina acabou se concentrando principalmente em adultos e idosos.
Mas de vez em quando, surgem exceções que tornam o dia especial.
Ontem, recebi um pequeno paciente para avaliação de retina. No colo, seu companheiro inseparável: um cachorrinho de pelúcia. Ao final da consulta, veio o pedido inusitado (e irresistível): examinar o olhinho do cãozinho também. A mãe fez esse registro e me enviou — não consegui guardar só para mim.
Atendimentos como esse lembram que, mesmo em meio à técnica e à precisão que a oftalmologia exige, sempre há espaço para o afeto, a imaginação e a leveza.