Endocrinologia e Saúde

Endocrinologia e Saúde Aqui você vai encontrar uma série de orientações sobre a Endocrinologia e Metabologia

09/05/2023

A maior parte da vitamina D (>90%) em nosso corpo é produzida pela pele, com a exposição solar, sendo uma pequena parte adquirida pela dieta (peixes, ovos, vegetais). Por este motivo, a deficiência de vitamina D é extremamente comum, sobretudo em pessoas de áreas urbanas, idosos (redução da capacidade da pele de produzir a vitamina D), além de pessoas negras (que tem mais melanina na pele, inibindo a atuação da radiação para produção da vitamina) e naquelas que vivem nos polos do globo (locais mais frios).
Assim, recomendamos a reposição via oral na população geral com deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL) e na população com risco de fraturas e osteoporose, com níveis de vitamina < 30. Portanto, devemos dosar a vitamina D nestas condições de risco: > 60 anos, pouca exposição solar, alto risco de quedas (sarcopenia), doenças ósseas (osteopenia, osteoporose, osteomalácia, hiperparatireoidismo) e fatores de risco para doenças ósseas (doenças reumatológicas, uso de corticoides crônicos, anticonvulsivantes, antiretrovirais, DM, doença renal crônica, síndromes de má absorção). Em gestantes, a reposição da vitamina D parece se associara menor risco de pre eclampsia, prematuridade e baixo peso. Por isso, também se recomenda manter níveis > 30, além de nível máximo de 60 para evitar intoxicação.
A dose de reposição varia entre as pessoas, de 800 ui a no máximo 4000 ui por dia – podendo ser semanal também (5.000 a 28.000 ui). Uma quantidade equivalente de vitamina D pode ser obtida pela exposição solar de 30 min por dia, de braços, rosto, pescoço e tronco. Porém, a Sociedade de Dermatologia não recomenda a reposição através do sol, devido à radiação ultravioleta na pele, sob risco de câncer e envelhecimento precoce. Pode haver necessidade de dose maior por 8 semanas (fase de ataque, com 50.000 ui por semana), se houver a deficiência (< 20ng/mL), sempre seguida da fase de manutenção. Já em pessoas com má absorção de nutrientes, como nos bariátricos, por exemplo, pode ser necessário doses maiores.
É importante ressaltar que, caso não haja mudança do estilo de vida para maior exposição solar, é necessário manter esta reposição de vitamina D para sempre! Do contrário, poderá ter maior risco de Osteoporose no futuro, além de uma possível influência negativa na força muscular.

06/05/2023

A Vitamina D é essencial para vários processos fisiológicos do corpo, sendo considerada não somente como uma vitamina, mas como um hormônio, chamado calciferol. Atua, em primeiro e mais importante lugar, na saúde óssea e depois no músculo – auxiliando a força muscular. Promove a absorção de cálcio no intestino, que é essencial a mineralização do osso (que traz a força e resistência), além de estimular o metabolismo ósseo (reabsorção e formação óssea), que é essencial para evitar deformidades e fraturas. Sem a vitamina D, somente 10% do cálcio da dieta é absorvido. Por isso, os dois juntos são essenciais, para a prevenção de Osteoporose e Fraturas.
Além dessas ações, sabemos que existem receptores e funções da vitamina D em vários órgãos, como pâncreas, células de defesa, coração, útero, placenta e neurônio. Porém, ainda não se conseguiu verificar em estudos científicos robustos, com boa qualidade de evidência, que a sua deficiência tenha relação de causa e efeito com doenças fora da saúde musculoesquelética: cardiovascular (infarto, AVC, HAS), metabólicas (DM, obesidade), câncer, doenças infeciosas (imunidade), transtorno de humor (depressão) e cognição (demência). Por este motivo, não existe nenhuma recomendação de repor a vitamina para prevenção ou tratamento destas doenças. Pelo contrário, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia recomenda a reposição somente quando necessária, a fim de evitar o uso indiscriminado e exagerado pela população, o qual pode levar a intoxicação (níveis séricos > 100 ng/mL) – que gera hipercalcemia (elevação de níveis de cálcio no sangue), com suas consequencias, como muita sede, muita urina, desidratação, insuficiência renal, fraqueza e dor muscular, insuficiência renal, cálculos renais e confusão mental etc. Profissionais de saúde mal intencionados, por questões financeiras, podem vender a vitamina , em injeções com altas doses, prometendo resultados falsos e afastando o paciente do real e eficaz tratamento.
Por isso, é importante buscar profissionais sérios e desconfiar de soluções milagrosas, que não levam em consideração a evidência científica a respeito de uma conduta, e nem o esforço próprio do indivíduo em busca de hábitos melhores.

23/03/2023

Se o seu objetivo é perder peso, é fundamental saber e contar os valores calóricos dos alimentos que come, já que tudo depende do Déficit Calórico Alimentar. Isto significa reduzir o total de calorias do dia, responsável pela manutenção do peso (2000-3000 kcal), e deixar o suficiente para o funcionamento do corpo, levando a emagrecer (o que varia aproximadamente entre 900-1400 kcal, dependendo da altura, peso, nível de atividade física e idade).
Existem vários tipos de dieta: jejum intermitente, comer de 3/3h, low carb, cetogênica, mediterrânea, não havendo superioridade de uma sobre outra para o emagrecimento. Porém, deve-se levar em conta as preferências individuais e garantir que haja a restrição calórica, pois tudo depende disto para a perda de peso.
Para realizar o Déficit Calórico com equilíbrio saudável entre os macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e fibras), é essencial o auxílio de uma boa Nutricionista, otimizando a dieta, evitando exageros e garantindo o componente proteico, para ganhar massa muscular junto com atividade física.
Também se pode ter uma noção, ao fazer as contas com base na quantidade dos alimentos que come (pesar, medir em colheres de sopa, ml), em aplicativos que já têm a informação calórica (Fat Secret, My fitnesspal, Dieta, Macros¬) – o que chamamos de Diário Alimentar. Isto estimula a ler os rótulos dos alimentos, saber escolher a melhor opção e entender os alimentos que favorecem a perda de peso e os que não. E vale uma observação: não podemos somar o que foi gasto no exercício ao valor do déficit calórico, pois a mesma já está incluída no cálculo, o que torna compreensível, ainda mais, a dificuldade que temos de emagrecer.
O Diário Alimentar é tão importante, porque é extremamente fácil ultrapassar os valores do Deficit Calórico, se não se atentar ao que come e não planejar suas refeições. Geralmente, não nos damos conta de tudo o que comemos no dia, tendendo a subestimar. Isso ocorre principalmente quando comemos por ansiedade, sem perceber, nos beliscos não programados durante o dia, e ainda mais no final de semana, em que podemos triplicar o valor calórico do dia e repor tudo o que lutamos para perder durante a semana.
É ainda mais proveitoso levar essas anotações do Diário Alimentar ao seu Endocrinologista e Nutricionista, a fim de encontrar pontos para melhorar e ser orientado sobre como fazer isto. Afinal, identificar o erro é o ponto inicial para toda mudança! Continuar fazendo a mesma coisa, sem pensar, sem orientação, te levará para resultados menos eficientes. Assim, apesar de ser chato e trabalhoso, contar calorias pode ser o que falta para você conseguir perder peso.
Portanto, procure seu Endocrinologista para orientar sobre todo o processo da perda de peso, pois a ciência do tratamento do sobrepeso e obesidade evoluiu muito nos últimos anos, trazendo muito mais opções e eficiência

11/01/2023

Hoje vamos falar sobre Hipotireoidismo! Mas, para evitar confusões, é importante diferenciá-lo do Hipertireoidismo: condição em que a Tireoide produz excessivamente Hormônios Tireoidianos
(HT) – ver post anterior- com sintomas opostos ao do Hipotireoidismo. Já este, por sua vez, ocorre quando a Tireoide produz menos HT do que o organismo necessita, para manter as suas funções
metabólicas. Os HT são formados a partir de moléculas de Iodo, presentes no sal e em todos os alimentos que o contém, sendo responsáveis pela manutenção do metabolismo basal (gasto de energia para as funções do corpo), da temperatura e potencializam os efeitos adrenérgicos
(frequência e força cardíaca, respiração, sudorese, peristaltismo, vigília). Sua produção é estimulada pelo TSH, hormônio produzido pela Hipófise, glândula que se encontra no interior do cérebro.
Portanto, os sintomas da falta de HT decorrem dessa lentidão do metabolismo (citados acima) e não são exclusivos do Hipo, mas se encontram em várias outras doenças físicas (problemas
cardíacos, enfisema, obesidade, apneia do sono, anemia, hipovitaminoses etc) e psicológicas (depressão, Burnout). Por isso, o diagnóstico é sempre laboratorial, por meio da interpretação do
Endocrinologista. Além disso, ao contrário do que muitos pensam, o ganho de peso de peso é modesto, no máximo 2-3 kg, muito associado a retenção hídrica, e nunca sendo única causa de
obesidade.
Existem dois tipos de Hipo: o central, em que há um problema na hipófise (tumores, cirurgias, traumas), a qual não secreta TSH, e o primário, em que o problema se encontra na tireoide, que não consegue produzir o HT. A grande maioria das causas de Hipo é o primário, devido à Tireoidite de Hashimoto, naqueles que nunca fizeram procedimentos no pescoço (cirurgia de Tireoidectomia/ Radiodo). É uma doença autoimune, quando os anticorpos do sistema imune se voltam contra um órgão do próprio corpo, neste caso, destroem a tireoide.
Outras causas menos comuns constituem tireoidite viral, Quervain, Bacteriana, pos parto, uso de dr**as (Amiodarona, Lítio, Interferon alfa, medicações anti-tireoidianas, Inibidores da Tirosinoquinase). Estas podem ser suspeitas pela história clínica, porém, o tratamento é o mesmo, a reposição com Levotiroxina.

O médico endocrinologista pode proporcionar uma saúde melhor e equilibrada para o bem estar. São grandes os benefícios q...
15/10/2022

O médico endocrinologista pode proporcionar uma saúde melhor e equilibrada para o bem estar.
São grandes os benefícios que se pode ter: redução do peso, ganho de massa muscular, controle da pressão, da tireoide, redução do colesterol e dos triglicerídeos, prevenção de osteoporose, alívio dos sintomas da menopausa, por meio da reposição hormonal.
Por isso, o endocrinologista é tão importante e pode ajudar na conquista de uma vida melhor e mais saudável!

São problemas muito comuns na população em geral, com prevalência de 5 a 22%, no mundo, sendo uma das queixas mais frequ...
27/09/2022

São problemas muito comuns na população em geral, com prevalência de 5 a 22%, no mundo, sendo uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos. Existem várias causas de fadiga,
que podem ser descobertas através da conversa do médico com o paciente, que avalia outros sintomas e sinais associados, além de exames gerais básicos, caso necessário.
Algumas doenças mais comuns são: Obesidade, Apneia do Sono, Hipotireoidismo,
Hipertireoidismo, deficiência de vitaminas, anemia, Doença Renal, Hepática e Pulmonar, Insuficiência Cardíaca, Apneia do sono, Diabetes Mellitus descompensado, Doenças reumatológicas (fibromialgia,
Lúpus, artrite Reumatoide), Hipogonadismo (deficiência de hormônios se***is), insuficiência Adrenal, dentre outras.
Porém, a fadiga nem sempre é consequência de um problema de saúde ou doenças física. Frequentemente, deve-se a hábitos de vida que dificultam uma saúde plena: pouca hidratação, sono ruim (má higiene do sono, poucas horas), sedentarismo, alimentação de má qualidade (cheio de industrializados, embutidos, gorduras, frituras, sódio, açúcar refinado, com pouca proteína e fibras), sobrecarga de trabalho, dores crônicas (cabeça, região lombar), ansiedade excessiva e
transtorno depressivo.
Assim, para melhorar a sensação de fadiga, deixo algumas dicas neste Post e, no próximo, falarei de uma causa prevalente na população geral: o Hipotireoidismo. Porém, como todos os sintomas da
Tireoide são inespecíficos, com vários diagnósticos possíveis, a doença deve ser confirmada com exames laboratoriais.

01/09/2022
26/05/2022

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença em que a glicemia (açúcar no sangue) se encontra acima dos valores normais (hiperglicemia), devido a problemas no metabolismo da glicose. Estes são causados pela falta de insulina no corpo, absoluta ou relativa, a qual é o hormônio responsável por colocar a glicose para dentro da célula, a fim de se obter energia.
Assim, o órgão acometido no DM é o pâncreas, que secreta a insulina. Encontra-se no lado esquerdo do abdome, bem atras do estômago. Existem dois tipos principais de DM, que se diferem pelas causas e possibilidades de tratamento.
O Dm2 constitui 90-95% dos diabéticos e se encontra em 12,2% da população mundial! É uma doença complexa e progressiva, com início na obesidade, mais precisamente, na gordura visceral (que se mede na cintura abdominal). Esse tipo de gordura promove resistência à ação da insulina em todo o corpo, e, por isso, o pâncreas tenta compensar aumentando a produção de insulina. Num primeiro momento, consegue manter bem o metabolismo da glicose, porém, após algum tempo, a sua capacidade de produção vai se reduzindo, devido à sobrecarga. Além disso, o pâncreas sofre danos devido a alimentação gordurosa, o excesso da glicose, além de vários
fatores inflamatórios liberados pela gordura visceral. Desta maneira, com a incapacidade do pâncreas de compensar a resistência insulínica, surge a hiperglicemia. A genética tem grande influência no desenvolvimento dessa doença, presente na família em 50% dos diabéticos.
Na maioria dos casos, não há nenhum sintoma. Somente terão quando a glicose estiver bem elevada, acima de 300, com muita sede, muita urina, muita fome, embaçamento visual, podendo ter perda de peso.
O DM1 contitui os 5-10% restantes dos diabéticos e ocorre em paciente mais jovem (

13/05/2022

Os suplementos proteicos são necessários quando a alimentação não consegue atingir a quantidade necessária de proteínas por dia, para preservar ou ganhar massa muscular. Assim,caso haja bom aporte de proteínas pela dieta, não são obrigatórios para todos que fazem academia ou querem ganhar massa magra, mas são muito interessantes em alguns casos.
O suplementos mais famoso é o Whey protein, que é o soro do leite, retirado no processo de produção de queijo, sendo altamente rico em proteínas, incluindo o famoso BCAA, que estimula a hipertrofia (aumento) do músculo. Existem 3 tipos de whey protein comercializados:
- Whey protein concentrado: tem a concentração de proteínas variável entre 25 a 85% do peso do produto. Em relação aos outros, tem mais carboidratos, incluindo a lactose, e lipídios. Quanto mais concentrado, mais proteínas, e menos calorias. Portanto, é essencial avaliar a tabela nutricional do produto, dependendo do objetivo da pessoa.
Alguns produtos mais básicos tem 10 gramas de proteína por dosador, com menor custo. Já outros tem 24 gramas de proteína, por dosador, com a mesma quantidade de calorias que o anterior, aproximadamente 120 kcal, com um custo maior.
- Whey protein Isolado: apresentam alta concentração de proteínas sempre, entre 90 a 95%, com mínima quantidade de carboidratos. Portanto, apresentam um pouco menos de calorias, um pouco mais de proteínas e são ideais para quem tem intolerância ou alergia a lactose. A quantidade de proteínas dos
produtos em geral varia entre 25-26 gramas, por dosador, com algo em torno a 110 kcal.
- Whey Protein Hidrolisado: Em termos nutricionais, os valores de proteína e calorias se aproximam dos anteriores, pois também é concentrado e isolado. Porém, tem o benefício adicional de conter os aminoácidos já pré-digeridos, para facilitar o uso desta proteína pelo músculo no organismo, sendo o mais caro dos Whey Protein. Ou seja, quando há intenso e frequente uso da musculatura, em treinos prolongados e > 5 x na semana, a proteína hidrolisada pode ter melhor benefício do que as anteriores, pois o musculo se recupera mais rapidamente das lesões resultantes dos treinos de alto impacto. Desta maneira, o treino intenso promove menos catabolismo (lesão e perda de fibras musculares para obtenção de energia) do que sem a proteína hidrolisada.
Em resumo, então, para quem tem o objetivo de emagrecer e ganhar massa muscular, o que ocorre na maioria das pessoas, o Whey protein concentrado, naquelas concentrações maiores, já traz excelentes resultados. A diferença com o Isolado é a questão da lactose, e
algumas gramas a mais de proteínas (1-2g), e um pouco menos de caloria (10-20 kcal a menos). Já o Hidrolisado se reservaria mais a atletas de alta performance, isto é, pessoas com capacidade física muito acima de média, e com treinos intensos.

03/05/2022

Os Nódulos de Tireoide são muito frequentes, tendo uma frequência de 20 a 70% nos exames de ultrassom de tireoide. É muito raro estarem associados a sintomas, e quando tem, são devido a seu maior tamanho. Aqueles acima de 3 cm podem provocar sintomas de compressão de estruturas internas, como o esôfago (dificuldade de engolir), laringe/ traqueia
(rouquidão ou falta de ar). Nestes casos, há maior risco de malignidade.
Menos frequentemente, podem produzir hormônios e causar hipertireoidismo (como no Post anterior – o Bócio Multinodular Tóxico), sendo geralmente nódulos maiores ( >2 cm).
O melhor exame para analisar os nódulos é o USG de Tireoide, mais do que Tomografia, PET ou RM, pois analisa mais detalhadamente suas características. O principal objetivo do exame é
avaliar a suspeita de malignidade, com base nas características do nódulo, e indicar punção destes nódulos, caso necessário. Caso não haja suspeitas, é feito o seguimento com USG a
cada 6-12 meses, avaliando as características e crescimento.
A punção dos nódulos é feita com agulha fina, guiada por USG, para aspiração de material citológico (células) do nódulo e fornece pistas para a exclusão ou confirmação de malignidade.
Na maioria dos casos, a dúvida é esclarecida. Mas, quando a amostra vem insatisfatória ou inconclusiva, é necessário repeti-las. Outras vezes, o resultado não permite afirmar com
certeza a malignidade ou benignidade. Nestes casos, a conduta é individualizada com base nos achados anteriores.
É importante destacar que somente solicitamos o Ultrassom de Tireoide quando o nódulo for palpado no exame físico, ou quando houver algum sintoma do nódulo, hipertireoidismo, hipotireoidismo. Se houver um risco maior para câncer de Tireoide, com histórico familiar, histórico de radiação ou síndromes genéticas raras, pode ser recomendado. Do contrário, não
há necessidade de triagem de rotina com USG de tireoide, bem como se faz os exames preventivos ginecológicos ou colonoscopia, em busca de câncer. Isso porque os estudos científicos não demonstraram melhora na morbidade e mortalidade dos casos de câncer de tireoide.

25/04/2022

O hipertireoidismo é o Excesso de produção de hormônios tireoidianos (HT) pela tireoide. Estima-se que até 1,2% da população tenha esta doença, com maior predominância em
mulheres.
Este excesso de HT aumenta a taxa metabólica basal (gasto de energia), atividade adrenérgica e a temperatura, gerando os principais sinais e sintomas: perda de peso, apesar de aumentar a fome e ingesta calórica, calores e suores queda de cabelos, cabelos e pele finas, unhas fracas, taquicardia (aumento da frequência cardíaca),e taquipneia (da frequência respiratória), tremores. Há também fraqueza, cansaço, insônia, ansiedade, agitação psicomotora, diarreia (aumento da motilidade do intestino) e irregularidade menstrual.
E como se trata de uma doença crônica, são sintomas que perduram por meses, diferente de outras doenças de tireoide (tireoidites < 1 mês).
O metabolismo acelerado também promove maior catabolismo do corpo, isto é, degradação de proteínas dos músculos e de glicogênio para geração de energia, além de reabsorção óssea.Assim, há perda de massa muscular, de massa óssea e piora do metabolismo da glicose (piora o diabetes).
A causa mais comum é a Doença de Graves, que é uma doença autoimune em que os anticorpos se ligam a tireoide (autoanticorpos), e estimulam a produção dos HT . Ocorre mais em jovens adultos, predomina em mulheres. Em segundo e terceiro lugar, vem o Bócio Multinodular Tóxico e o Adenoma Tóxico, que são nódulos de tireoide que produzem o HT em excesso, de maneira autônoma, e incidem em pessoas > 50 anos.
O diagnóstico é confirmado por exames laboratoriais: os HT, que são o T4 livre e o T3, estarão elevados, e o TSH, que é o seu hormônio contrarregulador, estará baixo. Quando o HT se encontra normal, e o TSH ainda baixo, chamamos de hipertireoidismo subclínico, cuja definição é laboratorial e os sintomas são mais brandos.

17/04/2022

Para que se tenha uma dieta balanceada com pelo menos 30 – 40% de proteínas, muitas pessoas terão de aumentar a quantidade que ingerem de proteínas. 🍗🍖🥩🍳🍳🍣
A ingesta adequada das proteínas associada a atividade física melhora a massa muscular, a qual demanda muito mais energia do que a gordura do corpo, o que resulta em maior metabolismo. Além disso, é o alimento que mais nos dá saciedade durante a refeição e o resto
do dia, de modo que temos menos fome e comemos menos calorias ao final do dia. Ou seja, a combinação de ambos potencializa a perda e a manutenção do peso, com uma dieta equilibrada e hipocalórica.
Do ponto de vista estético, melhora o tônus do corpo (maior definição), reduz celulite e flacidez. 💪🏼💪🏼💪🏼
Para os idosos, este conjunto de proteínas e atividade física é essencial para preservação da força, do equilíbrio, e da independência nas atividades rotineiras, evitando quedas, fraturas, internações desnecessárias e limitação dos movimentos.🩼🩼👴👵
Para os diabéticos, ter maior massa muscular é muito interessante, pois auxilia no controle glicêmico, na medida que melhora a sensibilidade a insulina e a captação de glicose no músculo.

10/04/2022

IPara preservar a massa muscular, recomendamos no mínimo 1,0 grama/kg/dia, em pessoas que não praticam atividade física regular. Porém, na população brasileira, vemos uma dieta rica em carboidratos (pão, bolachas, biscoitos, arroz) e muito pobre em proteínas.
O ideal para manter-se saudável é realizar exercícios físicos regulares e ter uma ingestão de proteínas que varia entre 1,2 a 1,6 gramas/ kg/ dia. Já os atletas ou pessoas com atividade física intensa (> 5 x na semana) , necessitam de ainda mais, entre 1,7 a 2,0 gramas / kg/dia.
Para pessoas com doença renal crônica ou cirrose graves, o consumo de proteínas deve ser de não mais do que 1,0 g / kg / dia, para evitar complicações relacionadas ao metabolismo e excreção das proteínas.
Como conseguir isto na prática? Primeiro, temos de conhecer os valores nutricionais dos alimentos ricos em proteína, cujos principais estão nas figurinhas acima.
Um exemplo prático: Uma moça com 60 kg, que pratica ativ física 3 x na semana, necessitará de no mínimo 1,2 g/kg/dia, ou seja, 72 gramas. Uma possibilidade de proteínas para o dia é : 2 filets de frango ( almoço e jantar = 60) + 2 conchas de feijão (almoço e jantar = 14 g) .
Outra possibilidade é : leite (café da manhã = 6 g) + 100 g franco (1 filet = 30 g) + 100 g soja (1 colher de servir cheia = 25g) + 2 ovos (jantar = 12g)
Viu como não é tão difícil atingir o necessário?
Mas não se esqueça de escolher carnes, leites e derivados com menos calorias. Isto é, evitar ou reduzir o consumo de carnes mais gordurosas, como linguiça, bacon, costelinha, embutidos como presunto, salame; bem como leite integral (tem mais gordura), queijos amarelos
(cheddar, muçarela, parmesão). 🤓🤓🤓🤓🤓🤓

O Endocrinologista é o médico que cuida de várias doenças relacionadas ao metabolismo, como obesidade, diabetes mellitus...
02/04/2022

O Endocrinologista é o médico que cuida de várias doenças relacionadas ao metabolismo,
como obesidade, diabetes mellitus, hipotireoidismo e de alterações dos hormônios. Estes são substâncias produzidas em órgãos do corpo, a que chamamos de glândulas: Tireoide, Pâncreas, Ovários ou Testículos (gônadas), Hipófise, Adrenais e Tecido adiposo.
Os hormônios secretados por elas passam pela corrente sanguínea até atingir o seu tecido alvo, em que exercem uma determinada ação. Em algumas pessoas, podem se encontrar em falta ou excesso, gerando sintomas ou doenças, que precisam de tratamento e orientação.
Os tratamentos na Endocrinologia atual são pautados em protocolos e estudos científicos
que apresentam evidências clínicas com os pacientes. As terapias instituídas são baseadas em medicações que tem esta evidência clínica, considerando o perfil do paciente, as interações medicamentosas, os efeitos adversos e o benefício maior do que o risco.

Olá! Começo hoje minha página profissional do Facebook e Instagram e vou fazer uma breve apresentação.   Meu nome é Cybe...
28/03/2022

Olá! Começo hoje minha página profissional do Facebook e Instagram e vou fazer uma breve apresentação.

Meu nome é Cybelle, me formei em Medicina na FAMEMA (Marília) em 2015, que são 6 anos de faculdade. Depois fiz residência de Clínica Médica na Unicamp, que são mais 2 ano, e residência de Endocrinologia, na Santa Casa de São Paulo. Obtive o título de Especialista em endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) em agosto de 2021.

Atualmente, atendo presencialmente em São José dos Campos (SP), minha cidade onde nasci, e faço teleconsulta on-line também para outras regiões do Brasil. Aqui nesta página, irei compartilhar conteúdos sobre as principais doenças da Endocrinologia, como Diabetes Mellitus do tipo 1 e do tipo 2, Obesidade, Osteoporose, doenças da Tireoide entre outras .
Para agendar consulta ou tirar dúvidas, podem me contactar por aqui no Face, Insta, Whatssap ou no meu Site www.endocrinosjcampos.com.br, que já tem vários artigos sobre os temas da Endocrino 😁 !!!

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