
06/05/2025
Relato de parto da Cora
Parte 2
Liguei pra Thais, uma das nossas parteiras e ela me confirmou que deveria ser a bolsa. Me fez algumas perguntas que a levou a entender que estava tudo bem. Combinamos de ir nos falando, afinal eu poderia ou não entrar em trabalho de parto mas ela me disse que normalmente em até 12h, iria acontecer. Era 1:20h. Dentro de mim uma voz falou que não era do meu feitio iniciar um trabalho de parto muitas horas depois de rompida a bolsa.
Calmamente fui até a sala e contei ao seu pai que a bolsa havia rompido e transmiti a ele toda a calma do mundo.
Comecei a me preparar para o que estava por vir, mas curiosamente senti vontade de tomar um banho, afinal meu cabelo estava sujo e não queria parir assim (coisas de quem já estava entrando na partolandia sem saber). Tomei banho, lavei a cabeça, sequei o cabelo e tirei uma foto antes de deitar. Era 2:30h
Assim que deitamos pra tentar dormir um pouco, (2:30h) já senti as contrações chegarem. Eram doloridas e ritmadas. Liguei novamente pra Thaís e pedi para ela vir, pois provavelmente já estava em trabalho de parto.
Chegaram as duas Thais, depois a Fabi fotógrafa e depois a Nati Faria. Como Noah estava com a Dete dormindo no quarto, ficamos todas no nosso quarto com as portas fechadas.
Sentía as contrações muito doloridas, eu estava desconfortável e aquele silêncio no quarto com todos me observando e sentindo meus movimentos e meu tempo, fez com que eu me sentisse estranha e desconfortável. Me lembro de sentir muito calor e não encontrar posições. Tentava posições e estratégias que no parto do Noah deram certo mas que no seu, não estavam funcionando. Mais uma vez você me pedia pra entender que você era diferente. Eu que descobrisse como passar por aquilo da melhor forma possível.
Tive então a ideia de ir só com seu pai para o escurinho do banheiro. Ali me senti menos observada e com mais privacidade. Ainda sentia muito calor e pedia para as meninas me refrescarem com toalhas molhadas. Seu pai me fazia massagens, tentava me alimentar. Me lembro dele me dar um chocolate que achei muito ruim e reclamei como criança mimada. Coisas da onda da partolândia!