03/11/2025
O consumo de pornografia é um tema cada vez mais presente nas discussões sobre sexualidade e também um dos mais complexos.
Do ponto de vista neurocientífico, a pornografia ativa áreas cerebrais ligadas ao prazer e à recompensa, o que explica por que pode gerar repetição do comportamento. Porém, a ciência ainda evita o termo “vício”, preferindo falar em uso problemático, especialmente quando há perda de controle ou interferência na vida afetiva e sexual.
O impacto depende de muitos fatores: frequência, tipo de conteúdo, momento de vida e o sentido que a experiência assume para cada pessoa. Em alguns casos, pode ampliar o autoconhecimento e a curiosidade sexual. Em outros, pode reforçar padrões distorcidos, afetar o desejo, criar expectativas irreais e dificultar a intimidade com a parceria.
Mais importante do que rotular é refletir sobre o papel que a pornografia ocupa na vida psíquica. Quando o prazer vira anestesia, o corpo pode estar tentando comunicar algo que a mente ainda não quer escutar.
E aí, você já refletiu sobre o que leva ao consumo de pornografia? É busca de prazer, curiosidade ou uma tentativa de preencher algo?
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Rosana Pena – Psicologia e Desenvolvimento Humano