Luiz Eduardo Ribeiro, Avenida São João 570, São José dos Campos (2025)

26/08/2024

A compressão da medula cervical por hérnia de disco é uma condição que ocorre quando o núcleo pulposo do disco intervertebral se desloca para fora de sua posição normal, comprimindo a medula espinhal na região do pescoço. Essa compressão pode ser desencadeada por diversos fatores, como o envelhecimento natural da coluna, traumas ou movimentos repetitivos que desgastam os discos. Além disso, fatores genéticos e estilos de vida sedentários, que contribuem para a degeneração precoce dos discos, também podem aumentar o risco de desenvolver essa condição.

Os sintomas variam de acordo com a gravidade da compressão e podem incluir dores intensas no pescoço, irradiação para os braços e mãos, fraqueza muscular e perda de coordenação. Em casos mais avançados, o paciente pode apresentar dificuldade para andar, perda de controle dos esfíncteres e até quadros de paralisia. É crucial que os sinais sejam reconhecidos precocemente para evitar danos permanentes à medula espinhal.

O tratamento da compressão da medula cervical por hérnia de disco pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo da gravidade dos sintomas e do impacto na qualidade de vida do paciente. As abordagens conservadoras incluem fisioterapia, uso de colares cervicais, medicamentos para controle da dor e inflamação, além de injeções de corticosteroides. No entanto, quando os sintomas persistem ou há risco de dano neurológico progressivo, a cirurgia pode ser necessária para descomprimir a medula, corrigir a hérnia e estabilizar a coluna. Dúvidas? Deixe abaixo. 👇

21/08/2024

A artrodese é uma técnica cirúrgica fundamental no tratamento de escoliose e outras deformidades da coluna, especialmente em casos onde a curvatura acentuada compromete a qualidade de vida do paciente.

Ela é uma abordagem crucial para prevenir a progressão da deformidade e proporcionar uma coluna mais alinhada e funcional.Além de corrigir a curvatura anormal, a artrodese pode aliviar dores crônicas causadas pela deformidade e melhorar a postura global do paciente.

A escolha do método cirúrgico, bem como a extensão da fusão, é determinada com base na gravidade da escoliose e nas condições individuais do paciente. A cirurgia pode envolver diferentes abordagens, como a via posterior ou anterior, dependendo do local e do tipo de deformidade a ser tratada.Os resultados da artrodese para escoliose são, em geral, positivos, com melhora significativa da qualidade de vida e da estética corporal.

No entanto, como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos e a necessidade de um acompanhamento pós-operatório rigoroso. A reabilitação é um componente essencial do sucesso a longo prazo, ajudando o paciente a recuperar a mobilidade e fortalecer a musculatura ao redor da coluna operada. Dúvidas? Deixe abaixo.

14/08/2024

Se você está sentindo dor na perna ou no glúteo e automaticamente pensa que pode ser ciática, é importante considerar que talvez não seja esse o problema.

Embora a ciática seja uma causa comum de dor nessas áreas, muitas vezes os sintomas podem estar associados a uma condição conhecida como síndrome do piriforme. Essa síndrome ocorre quando o músculo piriforme, localizado no glúteo, comprime o nervo ciático, causando dor que pode irradiar pela perna.

Diferenciar entre ciática e síndrome do piriforme pode ser desafiador, pois os sintomas são muito semelhantes.
No entanto, a síndrome do piriforme geralmente causa dor mais localizada no glúteo, com menos radiação para a perna em comparação com a ciática clássica, que tipicamente causa uma dor que se estende desde a parte inferior das costas até o pé. Além disso, a síndrome do piriforme pode piorar após longos períodos sentado ou ao subir escadas, enquanto a ciática é frequentemente exacerbada por atividades que envolvem dobrar a coluna.

Se você suspeita que pode estar sofrendo de síndrome do piriforme, é essencial procurar a orientação de um ortopedista de coluna. Um diagnóstico adequado é fundamental para garantir o tratamento correto, que pode incluir fisioterapia, alongamentos específicos e, em alguns casos, injeções de medicamentos anti-inflamatórios. Lembre-se, identificar corretamente a causa da sua dor é o primeiro passo para encontrar alívio e retomar suas atividades normais sem desconforto.

07/08/2024

Os sapatos de salto alto são um símbolo de elegância e sofisticação, presentes no guarda-roupa de muitas mulheres. No entanto, o uso frequente desses calçados pode ter um impacto significativo na saúde da coluna e do corpo como um todo.

Quando usamos salto alto, todo o nosso peso é transferido para a parte da frente dos pés, alterando o centro de gravidade e forçando o corpo a se ajustar. Isso pode levar a:
⭕️Sobrecarga na coluna;
⭕️Alterações na base de equilíbrio;
⭕️Problemas musculoesqueléticos (hérnias de disco, listeses e lesões nos joelhos devido ao esforço adicional para manter o equilíbrio e a postura).

Mas é possível minimizar os riscos associados ao uso de saltos altos com algumas medidas simples:

✅Escolha cuidadosamente: opte por saltos mais baixos e grossos, que oferecem maior estabilidade e distribuem melhor o peso corporal.
✅Limite o uso: evite usar saltos altos por longos períodos. Reserve-os para ocasiões especiais e prefira calçados confortáveis e com bom suporte para o dia a dia.
✅Alongamento e fortalecimento: pratique exercícios de alongamento e fortalecimento para os músculos das pernas e da coluna, ajudando a manter uma postura correta e prevenir lesões.
✅Pausas Regulares: se precisar usar salto alto por um longo período, faça pausas frequentes para sentar e aliviar a pressão nos pés e na coluna.

O seu uso consciente é fundamental para manter a saúde da coluna e evitar complicações a longo prazo. Cuidar do seu corpo hoje é garantir uma vida mais saudável e confortável no futuro.

05/08/2024

Nesse final de semana me dediquei ao aprimoramento da cirurgia minimamente invasiva da coluna, mergulhando no mundo das novidades tecnológicas de UBE e FULL ENDOSCOPIC.

Agradeço os professores e colegas pela troca a aprendizado.

29/07/2024

Sim, bloqueios e infiltrações podem ser utilizados no tratamento de hérnias de disco. Essas técnicas são minimamente invasivas e têm como principal objetivo aliviar a dor e a inflamação causadas pela compressão das raízes nervosas. Elas podem ser uma excelente alternativa para pacientes que não responderam bem aos tratamentos conservadores, como fisioterapia e medicamentos, antes de considerar uma intervenção cirúrgica.

Existem diferentes tipos de bloqueios utilizados no tratamento de hérnias de disco. O bloqueio facetário, por exemplo, é aplicado nas articulações facetárias, que são pequenas articulações situadas entre as vértebras. Já o bloqueio epidural é uma injeção de medicamentos anti-inflamatórios, como corticosteroides, diretamente no espaço epidural ao redor da medula espinhal. Esse tipo de bloqueio é especialmente eficaz para reduzir a inflamação e a dor irradiada, como a ciática, que é comum em casos de hérnia de disco lombar.

Outro tipo de procedimento é a infiltração foraminal, que envolve a injeção de medicamentos anti-inflamatórios na área onde os nervos saem da coluna vertebral, chamadas de forames. Esta técnica é utilizada quando a hérnia de disco provoca uma compressão específica em uma raiz nervosa. A precisão na aplicação é fundamental e, muitas vezes, é realizada com o auxílio de fluoroscopia, um tipo de raio-X que permite uma visualização em tempo real.

Em resumo, bloqueios e infiltrações são ferramentas valiosas no manejo da dor associada à hérnia de disco. Eles podem proporcionar alívio significativo dos sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, permitindo uma recuperação mais confortável e, em muitos casos, evitando ou adiando a necessidade de uma cirurgia. Contudo, é essencial que essas intervenções sejam realizadas por profissionais qualificados e com o correto diagnóstico e indicação médica.

24/07/2024

Artrite e artrose na coluna são condições que afetam as articulações vertebrais, mas com causas e manifestações distintas. A artrite na coluna, muitas vezes referida como espondilite, é uma inflamação das articulações vertebrais que pode resultar de doenças autoimunes, como a espondilite anquilosante ou a artrite reumatoide. Os sintomas comuns incluem dor nas costas, rigidez, especialmente pela manhã ou após períodos de inatividade, e, em casos graves, deformidades ou fusão das vértebras. A artrose na coluna, também chamada de espondiloartrose, é uma condição degenerativa onde ocorre o desgaste da cartilagem que reveste as articulações facetárias e os discos intervertebrais. Este desgaste leva à dor, rigidez e pode resultar em osteófitos (esporões ósseos) que podem irritar nervos espinhais.

As principais diferenças entre artrite e artrose na coluna estão em suas causas e progressão. A artrite na coluna é frequentemente causada por processos inflamatórios crônicos e pode afetar pessoas de várias idades, muitas vezes com uma predisposição genética ou fatores imunológicos. Por outro lado, a artrose é geralmente associada ao envelhecimento e desgaste mecânico das articulações vertebrais, sendo mais comum em indivíduos acima dos 50 anos. A artrite pode causar sintomas sistêmicos, como febre e fadiga, e envolver múltiplas articulações em diferentes partes do corpo. A artrose é tipicamente localizada e seus sintomas são mais limitados à área afetada, como dor e limitação de movimento na região lombar ou cervical.

O tratamento para artrite e artrose na coluna varia conforme a condição específica e sua gravidade. Para a artrite na coluna, o manejo pode incluir medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores, fisioterapia, e, em alguns casos, terapias biológicas que visam os mediadores inflamatórios específicos. Manter a flexibilidade e a força muscular através de exercícios específicos é crucial. Para a artrose na coluna, o foco está no alívio da dor e na manutenção da mobilidade. Isso pode ser alcançado com analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia, e técnicas como injeções de corticosteroides ou ácido hialurônico. Em casos graves, procedimentos cirúrgicos como a descompressão espinhal ou fusão vertebral podem ser necessários. Adotar um estilo de vida saudável, incluindo controle de peso, exercícios regulares e uma postura adequada, também é essencial para gerenciar ambas as condições e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

22/07/2024

Em nossa última postagem eu abordei uma condição de urgência chamada síndrome da cauda equina. Hoje quero falar sobre como a endoscopia de coluna pode ser extremamente útil nesses casos e em tantas outras patologias da coluna.

A abordagem endoscópica permite uma descompressão eficaz e menos invasiva, possibilitando um tratamento mais ágil e eficaz em situações críticas. Ela é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que, utilizando uma câmera endoscópica e instrumentos especializados, permite o cirurgião acessar e tratar áreas específicas da coluna através de pequenas incisões, reduzindo significativamente o trauma aos tecidos circundantes.

Essa técnica pode ser utilizada para tratar uma ampla variedade de condições, incluindo hérnias de disco, estenose espinhal, espondilolistese e até mesmo tumores da coluna. A endoscopia permite a remoção precisa de tecidos danificados ou comprimidos, aliviando a pressão sobre os nervos e restaurando a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes.

As vantagens da endoscopia de coluna são inúmeras. Além de minimizar a dor pós-operatória e acelerar a recuperação, essa técnica também reduz o risco de complicações como infecções e perda sanguínea. O tempo de internação hospitalar é menor, permitindo que os pacientes retornem às suas atividades normais muito mais rapidamente. A precisão aumentada proporcionada pela visualização endoscópica também melhora os resultados clínicos.

17/07/2024

A Síndrome da cauda equina é uma condição de urgência absoluta em ortopedia e cirurgia de coluna.

Essa condição é ocasionada quando há uma compressão de forma abrupta por uma hérnia volumosa na região lombar mais baixa, ocasionando sintomas condizentes. Mas quais são esses sintomas?

O primeiro deles e mais emblemático é a anestesia em cela, ou seja, a perda de sensibilidade na região próxima do 4nus, da vag!n4 ou do p3n!s. A gente refere cela como aquela região onde a gente vai apoiar no cavalo, cela do cavalo.

Perda de força nos membros inferiores, também de forma abrupta e sintomas compatíveis com retenção ou incontinência f***l, retenção ou incontinência urinária e nos homens a disfunção erétil.

Atentes para esses sintomas, são muito importantes. Compartilhe esse vídeo para que as pessoas se mandem informadas sobre essa condição.

15/07/2024

A presença de uma hérnia extrusa não implica automaticamente na necessidade de intervenção cirúrgica. As hérnias extrusas ocorrem quando o material do disco intervertebral rompe o ânulo fibroso e se projeta para além de seus limites normais. Embora possam causar desconforto significativo, a abordagem de tratamento varia com base em vários fatores.

A gravidade dos sintomas e alterações neurológicas desempenham um papel crucial na decisão de buscar a cirurgia. Pacientes com hérnias extrusas muitas vezes experimentam dor, dormência, formigamento ou fraqueza em áreas relacionadas à compressão do nervo. Se os sintomas forem leves e gerenciáveis, os médicos podem optar por uma abordagem conservadora inicial.

Tratamentos não-cirúrgicos podem incluir fisioterapia, medicamentos para controle da dor, bloqueios e infiltrações e técnicas de manejo do estresse.

A decisão de realizar uma cirurgia é frequentemente reservada para casos em que os sintomas neurológicos são graves, progressivos ou não respondem adequadamente às terapias conservadoras. A cirurgia pode envolver a remoção do material herniado ou a fusão das vértebras afetadas para estabilizar a coluna vertebral.

É fundamental que os pacientes busquem a orientação de um ortopedista de coluna para avaliação individualizada. Cada caso é único, e a decisão de realizar uma cirurgia deve ser tomada com base em uma análise abrangente que leve em consideração a gravidade dos sintomas, a saúde geral do paciente e outros fatores relevantes. Dúvidas? Deixe nos comentários.

11/07/2024

“É muito melhor prevenir do que remediar”, já dizia o antigo ditado popular. E não é diferente quando falamos em lesões na coluna! Sendo assim, hoje trago quatro ações eficazes na prevenção das mesmas:

1️⃣AQUECIMENTO: a primeira linha de defesa contra lesões é o aquecimento adequado. Antes de qualquer atividade física, reserve de 10 a 15 minutos para preparar seu corpo. Movimentos leves e exercícios cardiovasculares, como caminhadas rápidas ou polichinelos, aumentam a circulação sanguínea e elevam a temperatura corporal, tornando os músculos mais flexíveis e prontos para a ação.

2️⃣ALONGAMENTO: o alongamento é outro aliado essencial na prevenção de lesões na coluna. Dedique alguns minutos antes e depois do exercício para esticar os músculos das costas, pernas e quadris. Alongamentos dinâmicos antes da atividade e estáticos após o exercício ajudam a melhorar a flexibilidade e reduzir a tensão muscular. Foque em movimentos que envolvam toda a cadeia posterior, como alongamentos de isquiotibiais e flexores do quadril, pois eles ajudam a manter a coluna alinhada e bem suportada.

3️⃣CALÇADO ADEQUADO: escolher o calçado adequado é crucial para minimizar o impacto nas suas articulações e coluna. Opte por tênis que ofereçam bom amortecimento e suporte ao arco do pé. Cada tipo de atividade pode exigir um calçado específico, então vale a pena investir em um par de tênis adequado para corrida, treinamento de força ou esportes de alto impacto. Sapatos apropriados absorvem parte do impacto e reduzem o estresse nas costas, ajudando a prevenir lesões.

4️⃣ESCUTE SEU CORPO: respeite seus limites. Manter uma boa postura durante o exercício e no dia a dia, além de evitar movimentos bruscos ou cargas excessivas, é fundamental. Se sentir dor ou desconforto, pare imediatamente e procure orientação de um profissional. Manter-se bem hidratado e nutrido também contribui para a saúde dos tecidos musculares e articulações. Com essas práticas, você pode desfrutar das atividades físicas de alto impacto com segurança, protegendo sua coluna e garantindo um desempenho ótimo.

Luiz Eduardo Ribeiro

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