Consultório De Psicologia- Raphaella De Martini

Consultório De Psicologia- Raphaella De Martini Psicoterapia para crianças, adolescentes, adultos. Avaliação Psicológica. Orientação Vocacional. Supervisão clínica para psicólogos. CRP 06/48281-0

25/05/2025

Vício em apostas online e o aumento dos divórcios: quando o jogo destrói lares e identidades

O número de divórcios motivados pelo vício em apostas tem crescido de forma preocupante no Brasil. Reportagem do g1 publicada em 20 de maio de 2024 relata casos de famílias desfeitas após um dos cônjuges se envolver compulsivamente com plataformas como o “jogo do tigrinho” e casas de apostas online (bets). Em um dos relatos, uma mulher conta que o marido chegou a vender a casa onde moravam para continuar apostando. “Não era mais o mesmo homem, ele vivia no celular, mentia, sumia. Perdi o marido, a paz e até o nosso lar”, disse.

Do ponto de vista psicológico, esse comportamento pode ser compreendido como uma dependência comportamental, uma forma de compulsão que, apesar de não envolver substâncias químicas, atua de maneira semelhante ao vício em dr**as. A pessoa desenvolve uma relação de dependência com a excitação causada pela aposta, vivendo em um ciclo de risco, perda e repetição.

Esse tipo de compulsão está classif**ado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) como transtorno do jogo, caracterizado pela incapacidade persistente de controlar o impulso de apostar, mesmo diante de prejuízos signif**ativos.

Além dos danos financeiros, o vício em jogos online corrói as estruturas emocionais e relacionais. O indivíduo passa a mentir, esconder comportamentos, negligenciar responsabilidades e compromissos afetivos. A família, por sua vez, sofre com a quebra da confiança, a insegurança e a frustração de ver alguém que ama sendo consumido por algo que parece incontrolável.

É importante destacar que, embora existam fatores sociais e econômicos que favoreçam a disseminação desse tipo de vício — como o fácil acesso às plataformas e a promessa de enriquecimento rápido —, há também questões emocionais mais profundas. Muitas vezes, a pessoa aposta para anestesiar sentimentos como ansiedade, frustração, baixa autoestima ou sensação de vazio.

A psicoterapia tem papel essencial no tratamento da dependência. Ela proporciona um espaço seguro para que o sujeito possa refletir sobre sua relação com o jogo, elaborar as causas emocionais do comportamento compulsivo e construir estratégias para retomar o controle da própria vida. Também é importante oferecer apoio psicológico aos familiares, que frequentemente carregam sentimentos de culpa, raiva e exaustão.

O aumento desses casos nos alerta para a urgência de políticas públicas que regulamentem e fiscalizem esse tipo de atividade, além da necessidade de mais campanhas de conscientização sobre os riscos do jogo patológico. Afinal, por trás da promessa de ganhos fáceis, muitas vezes o que se encontra é a perda daquilo que realmente importa: os vínculos, a saúde mental e o próprio sentido de viver.

25/05/2025

A dependência de informações gera um vício que causa fadiga, estresse, ansiedade, depressão e exaustão, fatores que geram as comparações e com isso ainda outros sentimentos como insatisfação, angústia, falta de foco, insegurança, insuficiência e, consequentemente, necessidade de imediatismo.
Vivemos na era da informação, onde dados fluem constantemente, alimentando nossas mentes. No entanto, essa inundação digital muitas vezes resulta em um paradoxo: o excesso de informações gera ansiedade. Enquanto buscamos estar sempre conectados e atualizados, lutamos para discernir o que é relevante e confiável. A constante pressão para absorver mais, combinada com a sensação de nunca estar completamente informado, pode levar a um estado de ansiedade persistente. A ansiedade gerada pelo excesso de informações não apenas afeta nosso bem-estar emocional, mas também pode comprometer nossa capacidade de tomar decisões informadas. À medida que somos bombardeados por opiniões divergentes e informações contraditórias, pode ser difícil discernir a verdade e formar uma visão clara do mundo ao nosso redor. Essa incerteza constante pode levar a decisões baseadas no medo e na desconfiança, em vez de em fatos sólidos e análises racionais.

Para lidar com essa ansiedade, é crucial adotar estratégias de gerenciamento de informações. Isso inclui a prática da filtragem seletiva, onde escolhemos fontes confiáveis e relevantes, limitando o tempo gasto nas redes sociais e estabelecendo momentos para se desconectar completamente. Além disso, cultivar a consciência sobre o impacto das informações em nossa mente é fundamental. Ao encontrar um equilíbrio entre estar informado e proteger nossa paz interior, podemos enfrentar os desafios da era da informação de maneira mais saudável e resiliente.

25/05/2025

O mau humor e a irritabilidade constantes podem ser sintomas de distimia, que é uma manifestação mais leve de depressão. Porém, se não for tratada, pode levar à depressão crônica em até 80% dos casos, o que acaba resultando na necessidade do uso contínuo de medicamentos. Quem apresenta esta doença costuma ter baixa autoestima e bastante dificuldade em se relacionar.
O transtorno acomete mais facilmente para as pessoas que vivem situações de estresse constantes. Por exemplo, alguns profissionais que tem rotinas de trabalho sob pressão e lidam com situações sociais difíceis, como policiais, médicos, professores, entre outros.
Os homens costumam manifestar sintomas de raiva, irritabilidade e mau humor com mais frequência. E estes são sinais não tão óbvios para identif**ar um quadro depressivo, uma vez que estas reações costumam ser encaradas como efeito de cansaço e estresse pela rotina atribulada.
Por este motivo é importante saber identif**ar quando estas emoções ocorrem por um longo período, de forma ininterrupta. Muitas vezes é necessário tratar a doença com medicamentos, mas jamais se deve dispensar a ajuda de um psicólogo, pois a psicoterapia é essencial, neste e em vários outros casos.
Seja na família, no ambiente de trabalho ou entre amigos, a recomendação é sempre avaliar a hipótese de que a pessoa pode estar enfrentando algum problema mais sério, antes de julgá-la e tratá-la como “chata e mau humorada”. Ao perceber uma pessoa com irritação e mau humor constantes, o problema pode ser mais grave, é importante apoiá-la e incentivá-la a buscar ajuda de um psicólogo.
A psicoterapia é sempre uma alternativa ef**az na busca por mudanças internas, autoconhecimento e de estilo de vida.

25/05/2025
25/05/2025

A empatia não exige que você concorde, mas que esteja disposto a olhar além do que é visível. Cada gesto, cada silêncio e até mesmo cada erro carrega uma bagagem que você talvez jamais compreenda. Quando julgamos apressadamente, corremos o risco de ferir ainda mais quem já está tentando se manter de pé.

Respeitar o outro é também reconhecer que há inúmeras formas de viver, de sentir e de reagir ao mundo. O que parece óbvio para você, pode ser um labirinto para o outro. E nem sempre quem sorri está bem. Às vezes, o maior ato de humanidade é simplesmente ouvir, acolher e deixar o julgamento de lado.

23/05/2025

Não se esqueça disso!

23/05/2025

A carência afetiva em adultos é um aspecto emocional que merece atenção, pois pode afetar signif**ativamente a qualidade de vida e os relacionamentos. A carência afetiva refere-se a uma sensação de falta de afeto, amor, atenção ou conexão emocional nas relações pessoais.Considerações importantes sobre esse tema:
1. A carência afetiva em adultos pode ter raízes em experiências de infância, como negligência emocional, abandono ou trauma. Essas experiências moldam a maneira como os adultos se relacionam e buscam afeto.
2. A falta de afeto e conexão emocional pode contribuir para problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e baixa autoestima. Pode gerar sentimentos de solidão, tristeza e isolamento.
3. A carência afetiva pode se manifestar em relacionamentos interpessoais. Pessoas com essa carência podem buscar desesperadamente a aprovação e a validação dos outros, tornando-se vulneráveis ​​a relacionamentos insatisfatórios ou prejudiciais.
4. Reconhecer a carência afetiva é o primeiro passo para abordá-la de maneira saudável. O autocuidado e o desenvolvimento de um relacionamento amoroso consigo mesmo são essenciais para preencher essa lacuna emocional.
5. É importante buscar relacionamentos saudáveis e signif**ativos, mas também é fundamental não depender completamente dos outros para preencher a carência afetiva. Desenvolver uma base emocional sólida individualmente é crucial.
6. A psicoterapia pode ser uma ferramenta valiosa para explorar e abordar a carência afetiva. Um terapeuta pode ajudar a identif**ar as origens desse sentimento, desenvolver habilidades emocionais e promover relacionamentos mais saudáveis.
7. A autoconsciência é fundamental para lidar com a carência afetiva. Isso envolve refletir sobre as próprias necessidades emocionais e buscar maneiras saudáveis de atendê-las.

📌A carência afetiva é um desafio emocional real que pode afetar signif**ativamente a qualidade de vida e os relacionamentos. Reconhecendo-a e trabalhando conscientemente para preencher essa lacuna emocional de maneira saudável, os adultos podem avançar em direção a relacionamentos mais satisfatórios e uma maior estabilidade emocional.

13/04/2025

Quantas vezes as pessoas vão a um tipo de profissional que oferece determinado serviço e que aparentemente o serviço prestado não funciona para o próprio profissional? Por exemplo ir a um nutricionista obeso, ou a um oftalmologista que usa óculos, um cabeleireiro careca, e assim por diante. Obviamente que esta fala inicial nada mais é do que um comentário do senso comum, mas que, como todo saber comum, tem lá sua verdade.

Você iria num psicólogo que visivelmente apresenta sérios problemas psicológicos, diversas questões mal resolvidas ou cheio de preconceitos?

Claro que os psicólogos também sofrem com suas questões emocionais e psíquicas, e isso não é um problema, a questão está quando este profissional não cuida de si através de um outro e f**a preso num narcisismo de que “consegue resolver suas próprias questões com auto análise” ou então naquela famosa negação: sem tempo, sem dinheiro ou que não é o momento. Psicólogos que resistem aos psicólogos.

Na faculdade costumo dizer para meus alunos e supervisionandos: “cada um atende o paciente que merece”, um brincadeira que no final sempre resulta em acerto, e depois do primeiro atendimento costumo escutar desses que atenderam: você estava certo, a questão de fulano é parecida com a minha.

Mágica? Adivinhação? Não! Como diz Lacan: a resistência é sempre do analista. O que acontece é que aquilo que é mal elaborado no psicólogo funcionará como resistência na escuta do outro, não se trata da mesmíssima história, mas se trata de uma história que passa por várias vias, e as vias em “carne viva” do psicólogo que não se cuida são afetadas e ressoam de maneira contratransferencial.

Acredito que um psicólogo sempre deverá estar em um processo psicoterapêutico com outro profissional, claro que existem pausas, final de processo, mas será que a análise é terminável? Mesmo aquele profissional que fez anos e anos de análise, não seria bom vez ou outra, usar o outro para se escutar mais um pouco?

Agora com relação a estudantes de psicologia não há dúvidas de que a psicoterapia é necessária. Primeiramente para cuidar de si mesmo, além do estado que o sujeito chega ao curso, muitas coisas vão sendo afloradas, cutucadas, inibidas etc, ao longo das aulas. Quantas aulas de teorias da personalidade ou de psicanálise vejo aluno saírem desconcertados, chorando, confusos e irritados. Também é preciso pensar no aspecto ético. Como cuidar de alguém se o sujeito não cuida de si? Como escutar alguém que não se escuta através do outro? E por fim, de utilidade prática, ser atendido por alguém servirá de modelo para quando chegar a vez do aluno começar a atender. Não que ele deva copiar o profissional, mas terá um ponto de referência para se espelhar ou repudiar.

A formação de um bom profissional (que leva a vida toda) se baseia num tripé: análise pessoal, estudo e supervisão, sem um desses elementos algo manca, ou o sentimento do profissional atrapalha sua escuta, ou o raciocínio sobre os casos f**a raso e preguiçoso, ou então f**am num prática que abre mão de qualquer tipo de crítica reflexiva.

Walter Trinca (1984) coloca que o bom profissional é aquele capaz de realizar uma “dissociação instrumental”, que consiste em:

“Uma atitude técnica em que o profissional não responderá, como normalmente acontece, a partir da configuração emocional e cognitiva que o comportamento do outro elicia nele, mas deixará de atuar suas respostas por dois motivos principais: em primeiro lugar para permitir ao outro a maior expressão possível de sua subjetividade, que não tenderá a se acomodar ao padrão de conduta do interlocutor; e em segundo lugar permitir a si mesmo um pensar mais profundo acerca de sua própria resposta interna, a qual, no profissional devidamente analisado, é, com grande probabilidade, eco do que se passa na mente do entrevistado. (p. 48).

E continua com a seguinte questão: “quais são os requisitos que o profissional deve preencher para estabelecer o enquadramento e realizar a dissociação instrumental?” E eis sua resposta”

“De um lado existe a necessidade de conhecimentos psicológicos, os quais são obtidos academicamente e considerados suficientes para a concessão do titulo profissional e da autorização para o exercício da profissão; de outro lado é fundamental o conhecimento de si próprio que garante a possibilidade de estabelecer o campo adequado do trabalho. (p. 49)”

“Conclui-se que muita coisa é requerida daquele que pretende ser psicólogo clínico para que possa realizar psicodiagnóstico, psicoterapia e outras tarefas próprias da área. Seu difícil trabalho se alicerça, como vimos, em três pontos principais: nos conhecimentos teóricos e técnicos acerca da Psicologia, na terapia pessoal, e nos estágios que se realizam sob a orientação direta e pessoal fornecida pelo supervisor” (p. 50)

Seu difícil trabalho se alicerça, como vimos, em três pontos principais: nos conhecimentos teóricos e técnicos acerca da Psicologia, na terapia pessoal, e nos estágios que se realizam sob a orientação direta e pessoal fornecida pelo supervisor”

Espero que as reflexões trazidas aqui acompanhe a formação do analista ao longo de toda sua trajetória, seja estudante, formado e até mesmo aqueles com muitos anos de profissão.

19/12/2024

Ao longo do ano, você viveu muitas conquistas e experiências. Já parou para olhar suas fotos e perceber o quanto caminhou?

Não deixe a correria apagar sua trajetória. Valorize cada passo, celebre suas conquistas. A felicidade está nos momentos vividos, não apenas no destino final.

18/12/2024

Estamos no final do ano, um período que muitas vezes vem carregado de cansaço, estresse e desafios silenciosos que cada pessoa enfrenta de forma única. Por isso, é importante cultivarmos a gentileza e a empatia nas nossas interações. Pequenos gestos de compreensão podem aliviar o peso de quem está ao nosso lado. Lembre-se: todos estamos lidando com nossas próprias batalhas, e a bondade é sempre um caminho para tornar esse fardo mais leve.

15/12/2024

O amor não está em presentes caros, declarações públicas ou gestos marcantes apenas em datas especiais. Ele se revela na decisão constante de estar presente, de enfrentar desafios juntos e de buscar, todos os dias, fazer dar certo. Porque, no fundo, amar é isso: escolher, a cada amanhecer, caminhar ao lado de alguém, mesmo quando o percurso parece incerto.

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