12/08/2025
Uma das coisas que eu entendo que diferencia meu trabalho das escolas de equitação e de hipismo tradicionais é que o foco daquilo que fazemos com os cavalos não está no que fazemos. Está especialmente no por que e no como fazemos.
Sei que não sou o único que aborda as diversas possibilidade de se relacionar com o cavalo a partir desta premissa. Mas ao mesmo tempo também sei que somos a minoria.
Como qualquer minoria estamos sujeitos à pressão aliciadora e por vezes opressora da maioria.
No fundo, no universo equestre no geral, todos os cavaleiros querem a mesma coisa: um bom cavalo para m***ar e fazer o queremos ou o que tem que ser feito. Acontece que muita gente para por aí, se satisfaz com o cavalo fazendo. Nós não. Não nos satisfazemos com esse pouco. Existem outras coisas que são tanto quanto, se não mais, importantes do que o cavalo fazer.
A forma como eu proponho importa, o estado emocional e mental com que ele responde importa, o processo pra que ele chegue a fazer importa mais até do que o fazer, a consideração que o cavalo tem pelo cavaleiro importa mais do que o que conjunto faz, o vínculo importa, a leveza e a sutileza importam, a calma importa, a atenção sem tensão importa, o cavalo saudável importa e o sentido para as pessoas e para os cavalos importam.
Se você ainda m***a a cavalo sem princípios morais bem definidos, sem uma ética, você ainda está bem longe do cavalo, por mais ou menos resultado em pista que você dê ou likes e seguidores que você tenha.
Um dia eu estive no lugar de quem queria só fazer o cavalo fazer e receber todos os louros das conquistas… mas já tirei (ou venho tirando) meu cavalinho da chuva faz tempo.