Desenvolvimento a Galope

Desenvolvimento a Galope Aprendendo sobre cavalos e sobre nós a partir dos cavalos

Uma das coisas que eu entendo que diferencia meu trabalho das escolas de equitação e de hipismo tradicionais é que o foc...
12/08/2025

Uma das coisas que eu entendo que diferencia meu trabalho das escolas de equitação e de hipismo tradicionais é que o foco daquilo que fazemos com os cavalos não está no que fazemos. Está especialmente no por que e no como fazemos.

Sei que não sou o único que aborda as diversas possibilidade de se relacionar com o cavalo a partir desta premissa. Mas ao mesmo tempo também sei que somos a minoria.

Como qualquer minoria estamos sujeitos à pressão aliciadora e por vezes opressora da maioria.

No fundo, no universo equestre no geral, todos os cavaleiros querem a mesma coisa: um bom cavalo para m***ar e fazer o queremos ou o que tem que ser feito. Acontece que muita gente para por aí, se satisfaz com o cavalo fazendo. Nós não. Não nos satisfazemos com esse pouco. Existem outras coisas que são tanto quanto, se não mais, importantes do que o cavalo fazer.

A forma como eu proponho importa, o estado emocional e mental com que ele responde importa, o processo pra que ele chegue a fazer importa mais até do que o fazer, a consideração que o cavalo tem pelo cavaleiro importa mais do que o que conjunto faz, o vínculo importa, a leveza e a sutileza importam, a calma importa, a atenção sem tensão importa, o cavalo saudável importa e o sentido para as pessoas e para os cavalos importam.

Se você ainda m***a a cavalo sem princípios morais bem definidos, sem uma ética, você ainda está bem longe do cavalo, por mais ou menos resultado em pista que você dê ou likes e seguidores que você tenha.

Um dia eu estive no lugar de quem queria só fazer o cavalo fazer e receber todos os louros das conquistas… mas já tirei (ou venho tirando) meu cavalinho da chuva faz tempo.

🧠 A terceira ferida narcísica de Freud e o treinamento de cavalosFreud mostrou que o ser humano não é senhor de si. Gran...
05/08/2025

🧠 A terceira ferida narcísica de Freud e o treinamento de cavalos

Freud mostrou que o ser humano não é senhor de si. Grande parte de seus pensamentos, desejos, reações e intenções não é consciente. comunicamos o tempo todo sem saber. Nosso corpo, postura, microexpressões, respiração, ritmo interno — tudo isso fala antes mesmo de pensarmos em falar.

Agora, pensemos no cavalo:
Ele é um ser de altíssima sensibilidade somática, um leitor atento do ambiente e, sobretudo, dos estados internos de quem está perto.

Quando dizemos no treinamento que o cavalo “antecipou” um movimento ou ação, podemos estar lidando com duas possibilidades:

🐎 Hipótese 1: O cavalo “antecipa”
• Ele aprendeu padrões: ao perceber um certo arranjo de corpo, olhar ou intenção do treinador, ele se adianta, buscando a recompensa, a liberação ou a solução do exercício.
• Isso pode ser lido como uma espécie de condicionamento inteligente, em que o cavalo “lê” o humano melhor do que o humano lê a si mesmo.

🪞 Hipótese 2: O humano já comunicou — sem saber
• Pode ser que não exista antecipação verdadeira, mas sim um atraso da nossa percepção daquilo que já expressamos.
• O corpo do treinador já estava dizendo “vai”, mesmo sem dar a ordem formal. Ou seja, o cavalo respondeu não ao gesto deliberado, mas a uma mensagem inconsciente.

🔄 O elo com a terceira ferida narcísica

Aqui entra a ferida freudiana:
E se o cavalo responde não ao que dizemos, mas ao que somos — ou ao que tentamos ocultar de nós mesmos?

Essa é uma forma bastante clara de experimentar, na prática, que não controlamos plenamente o que comunicamos. O cavalo, nesse contexto, nos mostra que:
• Há um inconsciente corporal na comunicação.
• Há uma discrepância entre intenção e expressão.
• O cavalo nos revela a nós mesmos, como um espelho sensível e incorruptível.

Talvez a “antecipação” seja menos sobre o cavalo se adiantar e mais sobre o humano se atrasar em relação a si próprio.
A prática com cavalos, nesse sentido, toca a ferida narcísica de forma viva: nos força a reconhecer que não dominamos totalmente nossa presença, nossa linguagem, nosso corpo — e que outro ser, sem o engodo das palavras, sabe disso antes de nós.

Trilhas, estradas de terra, campos abertos.O trabalho a cavalo no exterior não é apenas um passeio — é uma extensão prof...
30/07/2025

Trilhas, estradas de terra, campos abertos.
O trabalho a cavalo no exterior não é apenas um passeio — é uma extensão profunda da formação, tanto do cavalo quanto do cavaleiro. Este texto se dedica a apontar brevemente um pequeno recorte dos motivos de se sair da pista/arena/picadeiro com os alunos e com os cavalos.

Sob a ótica do horsemanship vaqueiro, funcional e militar, sair da arena é honrar a tradição do cavalo de função, é viver a nossa história.

Aquele cavalo que sabe onde pisa, que confia no humano, que encontra propósito no movimento tende a ser um animal atento, solícito e forte. O exterior oferece terreno variado, estímulos reais, e a chance de consolidar a leveza, o foco e a parceria.

Como dizia Ray Hunt:
“Você não trabalha o cavalo. Você trabalha em si mesmo, e o cavalo reflete isso.”
No exterior, esse espelho se torna ainda mais nítido. Cada passo fora da arena revela o que está sendo construído por dentro. Dentro de nós e dentro deles.

Do ponto de vista da psicologia equina, isso faz sentido: cavalos são exploradores por natureza. Quando respeitamos seu tempo e seu instinto de segurança, o ambiente externo se torna um espaço de crescimento — e não de tensão.

Para o aluno, sair da arena é onde a equitação ganha vida. É onde a técnica se encontra com a experiência, e o aprendizado se torna prazeroso, desafiador e motivador.

Como dizia Jean Piaget:
“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que as gerações anteriores fizeram.”
Na trilha, o aluno aprende a pensar com o corpo, sentir com presença e decidir com responsabilidade. Isso não se ensina — se vive.

🌿 Cavalgar fora da arena é mais que um recurso pedagógico.
É um gesto de respeito à natureza do cavalo e ao caminho único de cada aprendiz.

No último domingo realizamos mais uma apresentação de Equitação de Trabalho dos alunos das escolas do Desenvolvimento a ...
03/06/2025

No último domingo realizamos mais uma apresentação de Equitação de Trabalho dos alunos das escolas do Desenvolvimento a Galope, Equitação Plena e Despertar Equus.equus .plena

Um momento emocionante para todos nós.
Muito obrigado aos alunos, pais, proprietários, familiares, amigos, assistentes e profissionais da hípicas que participaram, prestigiaram e contribuíram com o evento.

Deixo aqui meu agradecimento mais do que especial principalmente aos cavalos que deram um verdadeiro show nas pistas.

09/05/2025

Sobre as convergências entre os universos da música e dos cavalos

Tocando o ritmo do galope na música
Galopando o cavalo com o auxílio da música

Aqui vai algumas sugestões de músicas para ouvirem o ritmo do galope

March of the swiss army (overture) - William Tell
Knights of Cydonia - Muse
Another Day - Paul McCartney
Long live Politzania - Klaatu

Continuando no papo que une música e cavalo, cavalos e música. Hoje vamos de um clássico da música countryJohnny Cash fo...
08/05/2025

Continuando no papo que une música e cavalo, cavalos e música. Hoje vamos de um clássico da música country

Johnny Cash foi um dos maiores nomes da música country americana, conhecido por sua voz marcante, estilo autêntico e canções que falam sobre amor, fé, sofrimento e liberdade. Nascido no estado do Arkansas, ele construiu uma carreira brilhante que atravessou décadas, influenciando gerações de artistas. Além da música, Johnny Cash tinha uma forte ligação com a vida no campo e especialmente com os cavalos. Ele possuía uma fazenda no Tennessee, onde criava cavalos e apreciava a tranquilidade da vida rural. Essa conexão com os cavalos também aparece em algumas de suas músicas e na sua imagem pública, refletindo seus valores de simplicidade, coragem e liberdade.

A música “Tennessee Stud” (garanhão Tennessee) interpretada por Johnny Cash é uma canção country tradicional que destaca a relação entre um homem e seu cavalo excepcional, o “Tennessee Stud”. Embora não seja originalmente de Johnny Cash (foi escrita por Jimmy Driftwood em 1958), Cash fez uma das interpretações mais conhecidas e memoráveis da música.

Letra e tema:
A canção é narrada em primeira pessoa por um cowboy que viaja pelos Estados Unidos em seu cavalo Tennessee Stud, enfrentando aventuras, brigas, e até fugindo da lei. Ao longo da música, o cavalo é retratado como forte, rápido e leal — quase um personagem por si só. No fim, o cowboy encontra sua amada e retorna ao Tennessee com ela e o cavalo.

É uma celebração da liberdade, da coragem e da conexão entre homem e cavalo — temas clássicos da tradição country americana.

Repostando!
03/05/2025

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Ídolo
23/04/2025

Ídolo

PAUL McCARTNEY REVELA A ATIVIDADE QUE ADORA "PORQUE É O COMPLETO OPOSTO" DE SAIR EM TURNÊ

Paul McCartney é apaixonado por animais e natureza, além de sair em turnê e fazer música. Uma maneira de se misturar com a natureza é andando a cavalo. É um talento inesperado para o ex-Beatle, mas ele adora fazer isso.

“O que me veio à mente foi andar a cavalo. Muitas pessoas podem não saber que eu gosto muito de andar a cavalo, e eu tenho meu próprio cavalo "Appaloosa”, disse McCartney ao seu site . https://www.paulmccartney.com/news/you-gave-me-the-answer-paulmccartneycom-asks-11751
“Sim, isso ainda é algo que eu amo fazer porque é o completo oposto de viajar. Provavelmente tende a ser eu na floresta, sozinho, em uma sela western, no Appaloosa!”

Paul McCartney desenvolveu um amor pela natureza e pelos animais com sua primeira esposa, Linda . Embora McCartney seja dono de várias casas, ele é dono de uma fazenda em Sussex, onde os dois criaram seus filhos. É uma fazenda de 160 acres conhecida como Blossom Wood Farm. O ex-Beatle comprou a fazenda em 1973 e morou lá com sua filha e família durante a pandemia.


Photo Paul and "Appaloosa”
Photo Mary McCartney

Source: https://www.cheatsheet.com/news/paul-mccartney-reveals-activity-loves-because-icomplete-opposite-going-tour.html/

11/04/2025

“El arte de m***ar a caballo es un arte infinitamente difícil, y nadie se a convertido en maestro antes de que los años hayan blanqueado sus sienes. Hay una multitud increíble de medios, por la que un caballo se resiste a su domador, y escapa lenta y gradualmente a las tareas solicitadas por él. Solamente el estudio incesante de las características del caballo y un sentimiento extremadamente preciso, da al domador, después de muchos años de trabajo duro, el juicio inequívoco, que le permite predecir las desviaciones en la trayectoria del entrenamiento, y evitarlas. Incluso con el mayor cuidado y la diligencia mas seria, nadie debe soñar, que es posible alcanzar la meta suavemente y sin obstáculos. Con cada caballo que usted entrena, aunque este sea el más conveniente posible para m***ar, debe estar preparado para las decepciones las vergüenzas y las luchas; y entonces es posible que no pierda su animo; y esto, es realmente lo mas importante de todo su trabajo.” Gustav Steinbrecht

Endereço

Avenida Shishima Hifumi, 2911
São José Dos Campos, SP

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