13/09/2021
No dicionário, a palavra estima traz como signif**ado um sentimento de carinho ou apreço em relação a alguém ou algo; afeição; afeto; etc. Só de ler isso, acho que já me faço compreender na escolha do título desse texto.
Por que, afinal, é tão mais fácil sentir tudo isso por um outro alguém do que por si mesmo? Onde, como e, quando, começamos a ser tão autocríticos com a própria aparência e jeito de ser?
Vale aqui fazer um resgate reflexivo da própria história de vida. A autoestima é construída com base em experiências vividas no contexto familiar e social já lá no comecinho, enquanto ainda crianças. Mas, quando pequenos, não temos ainda uma impressão muito bem definida sobre nós mesmos, então o olhar que o outro vai ter sobre nós será de suma importância.
Sendo assim, experiências desqualif**adoras ou de rejeição, vivenciadas na infância, podem muito facilmente se tornarem introjeções de mensagens auto negativas e ter consequências durante toda a vida.
E o que fazer quando nos damos conta dessa má construção? Entre outros meios, o processo psicoterapêutico pode ser uma forma a contribuir nesse resgate.
Escutamos e lemos o tempo todo sobre autoconfiança, amor-próprio, empoderamento..., mas pouco aprendemos em como conquistar de fato esses sentimentos. Isso pode gerar muita angústia, pelo fato de existir uma autocobrança de termos que nos amar o tempo todo. E, na realidade, não é bem isso que acontece, não é mesmo? Somos inconstantes, emagrecemos, engordamos, envelhecemos, nosso humor muda, temos dias bons, dias ruins e isso é normal.
Por isso afirmo que a autoestima não é a gente se amar o tempo todo, isso é impossível! Mas sim, a maneira que tratamos a nós mesmo quando não somos a nossa pessoa favorita no mundo!
Não é que a gente não possa querer mudar algo em nós que esteja desagradando, mas sabe aquela voz interna que critica o tempo todo, que cobra um perfeccionismo em tudo, que quer agradar a todos? É com ela que precisamos ter uma conversa séria, estabelecer limites e acordos. A autoestima só se faz existir em uma relação interna mais amigável, acolhedora, afetuosa e, principalmente, de respeito. Respeito interno!
💭 Márcia Lobo