20/01/2021
Naturologia, vacina, ciência e direitos humanos
O que a Naturologia tem relacionado aos direitos humanos, à vacinação e tudo isso? A Naturologia é uma profissão da área da saúde, logo, jura pela defesa e respeito dos direitos humanos, pela integridade das pessoas e quer que todos estejam protegidos desse ma***to vírus. Não, não tem como ter um naturólogo anti-vacina, assim como não pode haver médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e qualquer profissional sério que se compromete com a saúde defendendo uma prática que coloca em risco todo o coletivo.
Logo quando postei no Instagram uma foto de medicamentos e contando um pouco da minha história pessoal com a terapia medicamentosa recebi várias mensagens de apoio, de curiosidade de “como alguém que trabalha com naturologia usa remédios sintéticos” e até mesmo oferta de terapias energéticas milagrosas para “me curar” dos meus problemas, e isso me faz refletir sobre como erroneamente as pessoas podem acabar vinculando o discurso de saúde e práticas integrativas com movimentos negacionistas.
É verdade que muitas das práticas naturais não têm evidências científ**as suficientes, que a Naturologia ainda está se sedimentando como profissão, mas isso não tira da área um desejo comum: buscar, promover, pensar e fazer ciência, mesmo com inúmeros desafios, a cada geração de naturólogos há aqueles que se dedicam à Academia, à pesquisa e à promoção das medicinas tradicionais e todo o conhecimento que podemos adquirir com antigas práticas e técnicas.
Mas e os direitos humanos? Onde eles entram nisso? Direito à saúde, à segurança, ao acesso à informação. Informação que não existe intervenção medicamentosa prévia para coronavírus, que a vacina não transforma ninguém em jacaré e causa seja lá o que tenham espalhado as fake news. Direito de estarem vacinadas assim como seus amigos, sua família, podendo viver com segurança, sem medo de uma doença que pode levar ao óbito. Direito de acesso à insumos básicos nos hospitais, tanto para o tratamento de pessoas internadas pela pandemia como para a vacinação, e o profissional naturólogo precisa saber dessas informações e aplicá-las.
Não há saúde integrativa sem olhar para o coletivo, para o político. Defender transformações individuais e mágicas além de“opinião” em questões tão sérias não faz parte da área da saúde, tampouco da Naturologia.