Ana Matos Terapia Online

Ana Matos Terapia Online Terapia Online
Ensinar, treinar as pessoas para conhecerem a si mesmos e como sua mente funciona par Terapia Online.

Como funciona:

- Sessões são feitas por Skype ou Facetime.

- Atividades, ferramentas para autoconhecimento. Objetivo é Ensinar, treinar as pessoas para conhecerem a si mesmos e como a sua mente funciona para alcançarem seus objetivos e sua Paz!

Nem tudo vai fazer sentido agora, e talvez nem amanhã. Há dores que parecem desproporcionais, perdas que desafiam a lógi...
17/07/2025

Nem tudo vai fazer sentido agora, e talvez nem amanhã. Há dores que parecem desproporcionais, perdas que desafiam a lógica, silêncios que incomodam mais do que qualquer grito. E é natural que, em meio ao caos, a gente tente desesperadamente costurar explicações, encontrar motivos, encaixar tudo em uma narrativa coerente.

Mas a vida não se guia pela coerência… ela se movimenta pelo mistério. E o fato de algo não fazer sentido agora, não significa que não tenha importância. O sentido, às vezes, é uma construção tardia. Ele vem depois quando já fomos atravessados, quando já sangramos e cicatrizamos, quando olhamos para trás e entendemos que aquela curva inesperada também fazia parte do caminho.

Há fases que não se entendem - se atravessam. E só mais tarde descobrimos que foi justamente aquilo que nos moldou, que nos amadureceu, que nos fez encontrar uma força que nem sabíamos que existia.

Então, mesmo que nada faça sentido hoje, não despreze o que está vivendo. Tem coisa que só se revela com o tempo e tem momentos que só se justificam depois de nos transformar por inteiro.

Meu carinho, meu afeto. Ana Matos 💜

Que a gente aprenda a atravessar os dias com fé. Mas não essa fé romantizada, que espera milagres instantâneos ou finais...
16/07/2025

Que a gente aprenda a atravessar os dias com fé. Mas não essa fé romantizada, que espera milagres instantâneos ou finais perfeitos embalados em promessas frágeis. Que seja real. Uma fé que caminha junto com o medo, com a dúvida, com o caos e até com o silêncio.

Fé não é um esconderijo onde a dor desaparece. É um modo de estar no mundo que nos permite acolher a dor sem precisar negá-la. É uma espécie de coragem silenciosa que, mesmo quando o coração sangra, escolhe continuar. Não por negação, mas por confiança.

Porque atravessar os dias com fé não é se tornar imune à vida, é se tornar íntimo dela. É perceber que as dificuldades não são interrupções do caminho, mas o próprio caminho se revelando. A dor é incômoda, sim. Mas também é convite. Ela nos obriga a parar, a olhar, a mudar de direção quando necessário. Ela nos quebra, mas também nos mostra do que somos feitos.

Fé é essa entrega profunda que permanece mesmo quando nada faz sentido. É quando a alma decide continuar, mesmo em silêncio, mesmo exausta, mesmo sem garantias. Não como quem espera passivamente, mas como quem caminha com consciência.

Que a gente aprenda a confiar no tempo das coisas. A respeitar os invernos internos. A entender que existe um amadurecimento que só acontece quando a gente passa por aquilo que gostaria de evitar.

Que a gente tenha fé. Não como um escudo que nos blinda, mas como uma lente que nos ajuda a ver sentido mesmo nos dias nublados. Porque viver com fé é isso. Não é fugir da realidade. É atravessá-la com presença. É seguir com o coração inteiro, mesmo quando ele está em pedaços.
Meu carinho, meu afeto. Ana Matos. 💜

Em alguns momentos da vida, não vai ter ninguém ali pra aplaudir o seu esforço, pra enxugar suas lágrimas, pra te lembra...
13/07/2025

Em alguns momentos da vida, não vai ter ninguém ali pra aplaudir o seu esforço, pra enxugar suas lágrimas, pra te lembrar do quanto você é capaz. Vai ser você com você mesma. E é justamente nesses momentos que a gente descobre uma força que nem sabia que tinha.

Porque nem sempre vão entender o quanto tá sendo difícil continuar, o quanto você teve que lutar pra dar esse passo. Nem sempre vão enxergar as batalhas internas que você enfrenta em silêncio, os medos que precisa atravessar, o caos que precisa organizar por dentro pra conseguir seguir em frente. E tá tudo bem. Nem todo mundo vai estar ali. Mas você precisa estar.

Você vai ter que se lembrar do que te move, do que te trouxe até aqui. Vai ter que se olhar com mais carinho e menos cobrança. Vai ter que se abraçar nos dias de dor, se acolher nas noites difíceis, se empurrar pra frente quando a vontade for parar. Vai ter que falar com você como quem conversa com alguém que ama profundamente. Porque amar a si mesma é isso: é estar por você quando o mundo silencia, quando os incentivos cessam, quando o caminho se estreita e tudo dentro grita pra desistir.

Às vezes, o que nos falta não é força, é apoio. E quando o apoio externo não vem, é a hora de construir o interno. De virar pra dentro, reunir o que sobrou de fé, erguer a cabeça e sussurrar pra si: “Você consegue. Vai doer, mas passa. Vai ser difícil, mas vale. Vai parecer impossível, mas não é.”

A gente não precisa ser forte o tempo todo, mas precisa ser verdadeira com o que sente. E, acima de tudo, precisa aprender a se acompanhar. Porque quem se acompanha não se perde. Quem se incentiva não desiste. Quem se acolhe não se abandona.

Em alguns momentos da vida, ser o seu próprio incentivo vai ser o maior ato de amor-próprio que você já fez. E talvez, seja aí que comece a sua verdadeira transformação.

Meu carinho, meu afeto. Ana Matos 💜
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🎶 Música:

Intimidade é esse raro estado de descanso da alma diante do outro. Não é sobre revelar segredos, mas sobre desarmar o co...
10/07/2025

Intimidade é esse raro estado de descanso da alma diante do outro. Não é sobre revelar segredos, mas sobre desarmar o corpo inteiro. É quando o olhar se aquieta, quando o tempo desacelera e o peito, em vez de se enrijecer, amolece. Não há necessidade de performance, não há cálculo, não há máscaras. Há um lugar onde se pode simplesmente ser com todas as arestas, contradições e delicadezas.

Quando há intimidade, a vida não precisa se justificar, nem se esconder. A respiração se torna leve, porque já não se está em alerta. É como se o coração, depois de tanto se encolher, finalmente pudesse se expandir e brincar; espalhar seus brinquedos no chão da confiança, sem medo de ser pisado, sem receio de ser ridicularizado ou rejeitado.

A intimidade é o momento em que o silêncio também é diálogo, em que os gestos mais simples ganham profundidade, em que o toque não pede permissão para ser abrigo. É quando cada instante se torna música inédita, composta a quatro mãos, ou, quem sabe, por duas presenças que se permitem escutar o ritmo uma da outra.

E nesse estado, cada encontro deixa de ser um campo de batalha e se transforma em uma construção, feita com aquilo que cada um carrega dentro de si, com suas histórias, suas dores, seus fios partidos e reatados. Intimidade é quando a gente costura o agora com honestidade, sem pressa de acabar.

É também quando se pode falar das paisagens internas, das ruínas e das flores que ninguém mais viu. Contar o caminho não para ser aplaudido, mas porque o outro tem olhos que não julgam e ouvidos que sabem acolher.

E então, finalmente, a gente anda descalço. Porque não é mais preciso proteger os pés; o chão se torna seguro, mesmo que áspero. Não porque não haverá pedras, mas porque há companhia verdadeira para atravessá-las.

Intimidade é esse lugar que alguém nos permite, com gentileza e presença, descansar naquilo que somos.
Ana Matos - Psicanalista e Filósofa.

Nem sempre a cura vem de respostas diretas e imediatas, às vezes, ela surge das perguntas certas, aquelas que nos desarm...
10/07/2025

Nem sempre a cura vem de respostas diretas e imediatas, às vezes, ela surge das perguntas certas, aquelas que nos desarmam, que interrompem o fluxo automático da vida e nos fazem parar, sentir e escutar o que, dentro de nós, tem sido silenciado há tempo demais.

A psicanálise não oferece atalhos nem soluções enlatadas, ela não se encaixa nos moldes da pressa moderna, não cabe nos tempos cronometrados de produtividade e performance, porque seu caminho é mais profundo, mais sutil, e talvez por isso mesmo, seja tão necessária em um mundo que nos cobra tanto fazer, mas tão pouco ser.

Ela nos ensina que o sofrimento carrega um sentido, que os sintomas falam uma linguagem própria e que existe em nós um saber que não é racional, lógico ou controlável, mas é visceral, verdadeiro e insiste em se manifestar de formas que nem sempre conseguimos compreender de imediato.

Freud teve a coragem de dizer o que ninguém dizia, que por trás daquilo que nos angustia, nos repete e nos sabota, há uma história, uma lógica inconsciente que merece ser escutada com atenção, acolhida com cuidado e elaborada com honestidade, porque o que não é dito, de alguma forma, continua agindo.

A psicanálise é mais do que uma teoria sobre a mente, ela é um mergulho em si mesmo, um convite a olhar de frente para tudo aquilo que nos constitui, para os desejos não ditos, os medos recalcados, as marcas do passado que ainda ressoam no presente, e só atravessa esse processo quem está disposto a se encontrar com o que assusta, com o que dói e, ainda assim, permanecer.

Ela é uma escuta da alma, sem pressa, sem moralismos, sem julgamentos, e oferece a possibilidade real de habitar a própria história com mais consciência, mais presença e mais responsabilidade sobre quem se é e sobre quem se está se tornando.

Foi por isso que escolhi esse caminho, porque acredito profundamente que transformar o mundo começa por transformar a si mesmo, e não há nada mais revolucionário, mais libertador e mais humano do que se conhecer de verdade.

Meu carinho, meu afeto.
Ana Matos - Psicanalista e Filósofa.

Talvez o verdadeiro inferno não esteja lá fora, no mundo, nas pessoas que cruzam nosso caminho, mas dentro. Dentro de nó...
06/07/2025

Talvez o verdadeiro inferno não esteja lá fora, no mundo, nas pessoas que cruzam nosso caminho, mas dentro. Dentro de nós. Nos ecos que ainda ressoam das vozes que um dia nos feriram, nos moldaram, nos disseram quem devíamos ser. O inferno, às vezes, não é o outro que está diante de nós, mas aquele que nos habita em silêncio, que se esconde nas nossas reações automáticas, nos pensamentos que repetimos sem perceber, nas críticas internas que nem mais distinguimos se são nossas ou herdadas.

Sartre dizia: “O inferno são os outros” — e talvez ele estivesse certo, mas não no sentido mais superficial dessa frase. O inferno são os outros em nós. São as exigências da mãe que nunca estava satisfeita, os silêncios do pai que nunca acolheu, os julgamentos dos colegas que nos ensinaram a nos odiar, o olhar do mundo que nos fez achar que não éramos bons o bastante. Os outros que internalizamos, que carregamos, que deixamos morar em nós como verdades absolutas e inquestionáveis.

E quanto mais nos afastamos de nós mesmos, mais força esses fantasmas ganham. Passamos a existir para atender expectativas alheias, para evitar o conflito, para agradar, para ser aceitos. Nos perdemos tentando ser versões editadas de quem somos, e esquecemos de nos perguntar: quem me habita?

Adoecemos tentando viver uma vida que não faz sentido pra gente. Nos sabotamos. Nos calamos. Nos boicotamos. E ainda culpamos o mundo lá fora, quando na verdade o cárcere é interno.

A filosofia também nos alerta: conhecer a si mesmo é um ato de coragem, não de conforto. É preciso atravessar a sombra, descer às camadas mais profundas, escutar o que dói, rever o que foi introjetado sem filtro, desconstruir identidades cristalizadas. É um caminho de retorno. Um retorno a si.

Por isso, toda jornada de autoconhecimento é, antes de tudo, um exorcismo simbólico. Um processo de retirar de dentro de si aquilo que não te serve mais, que te impede de ser, que te limita e te diminui.

O inferno talvez nunca tenha sido os outros que nos olham, mas os que deixamos viver dentro de nós, sem questionamento, sem filtro, sem presença.
Ana Matos - Psicanalista e Filósofa.

Há dores que gritam em silêncio. Você segue funcionando, atendendo demandas, sorrindo em fotos mas por dentro, os pedaço...
02/07/2025

Há dores que gritam em silêncio. Você segue funcionando, atendendo demandas, sorrindo em fotos mas por dentro, os pedaços estão espalhados. E você coleciona essas pequenas mortes como se fosse normal. E te digo: Não é!

Toda vez que você se anula para caber no desejo do outro, para não decepcionar, para manter o vínculo a qualquer custo algo em você se perde. E a cada escolha que você não faz por si, alguém ocupa o lugar que deveria ser seu.

E aqui está o ponto: muitas vezes não é o outro que invade… é você quem se ausenta.

A sua ausência é a permissão. A sua desistência de si é o terreno fértil para a ocupação alheia.

Por que não bastaria a dor?

Por que ainda precisa do colapso, da exaustão, da crise?

A dor de se ver em cacos deveria ser suficiente. Mas você aprendeu a suportar.

Aprendeu que se sacrificar é virtude. Que se colocar em primeiro lugar é egoísmo. E assim, você vai se perdendo em nome de um amor distorcido.

Mas há um limite para isso. E talvez você já esteja perto dele. Priorizar-se não é afastar o mundo é, antes, voltar para si. É tomar de volta o seu nome, a sua história, o seu centro. É saber que quem te ama de verdade, não quer ocupar o seu lugar quer te ver inteira nele.

Chega uma hora que ou você se escolhe, ou você se perde de vez. Ninguém pode fazer a sua parte. Ela é sua! Você se pertence.

✨Se esse texto falou com você, respire fundo e escreva aí nos comentários: “Eu escolho voltar para mim.”

Vamos juntas reconstruir esse lugar que é só seu.

Meu carinho, meu afeto. Ana Matos.

Esse livro foi, e ainda é, uma das minhas maiores realizações. Escrever o primeiro livro é inesquecível.  Mais do que um...
02/07/2025

Esse livro foi, e ainda é, uma das minhas maiores realizações. Escrever o primeiro livro é inesquecível. Mais do que um projeto, ele foi um processo, uma travessia. Uma construção feita com palavras que nasceram do silêncio, da dor, da escuta, dos livros e da vida.

Foi nele que encontrei uma parte de mim que precisava ser acolhida e outra parte que precisava ser libertada.

Falar sobre a síndrome do pânico, sobre o que somatizei no corpo, sobre os medos não foi fácil. Mas foi necessário. Porque escrever também é um ato de coragem.

A cada feedback, a cada mensagem de alguém que se sentiu visto, tocado, acolhido… eu entendi que não escrevi apenas para mim. Escrevi para quem precisava de palavras que nomeassem o que sentia, mas ainda não sabia dizer.

Talvez escrever um livro seja como compor uma música: a gente nunca sabe onde ela vai tocar, nem o quanto pode significar para quem ouve – ou para quem lê. Mas quando a gente sente que cumpriu sua função no mundo, tudo faz sentido.

E agora estou em outro mergulho. O segundo livro já começou a nascer. O nome dele é Desconstruções – porque é isso que estou fazendo: desconstruindo crenças, ideias fixas, versões antigas de mim mesma. É um livro mais maduro, seguindo a mesma pegada do filosófico, das fundamentações que me tocam. Ele segue atravessado pela mesma intenção: ser ponte, ser escuta, ser verdade.

Se você já leu meu primeiro livro, me conta:

✨O que te tocou?
✨Qual trecho ficou em você?

Meu carinho, meu afeto. Ana Matos.

Nem tudo que sentimos precisa virar explicação. Às vezes, o silêncio é mais necessário do que mil palavras jogadas ao ve...
30/06/2025

Nem tudo que sentimos precisa virar explicação. Às vezes, o silêncio é mais necessário do que mil palavras jogadas ao vento.

Aprender a ficar em paz com as escolhas que fizemos, e com as que não fizemos também, é um dos maiores atos de maturidade.

Tem coisa que não se resolve. Se atravessa.
E tem dor que não some, mas ensina a caminhar com mais firmeza.

Cuidar de si não é ser egoísta é deixar de implorar migalhas enquanto morre de fome emocional.

Sair de cena de quem não sabe te encontrar não é abandono. É sobrevivência.

Nem todo recomeço precisa de anúncio. Às vezes, a mudança acontece no escuro, no silêncio de quem cansou de se perder para agradar.

E sim, o tempo mostra. Mas você não precisa esperar tudo desmoronar para perceber quem nunca esteve de verdade.

Quem faz pouco caso de você, revela mais sobre si do que sobre você.

Quem insiste em repetir o mesmo comportamento já fez sua escolha; e não é você que vai ensiná-lo a amar. Desista dessa ideia.

A vida não responde as nossas vontades imediatas. Ela nos ensina com o que permanece e com o que parte. Com os encontros que curam e os que cortam.
E, no fundo, todo mundo tem um limite. O seu cansaço também é um aviso.

Guarde quem te escuta com o coração. Guarde quem não duvida de quem você é nos dias em que nem você consegue se reconhecer.
E deixe ir tudo o que faz você se encolher para caber.

A gente precisa de coragem para continuar e de muita honestidade para não continuar no lugar que não está nos fazendo bem.

E talvez, sem que você perceba, tenha alguém agora mesmo se encantando pela sua coragem de ser exatamente quem você é.

Meu carinho, meu afeto. 💜
Ana Matos - Psicanalista e Filósofa.

Ser ou não ser: eis a questão que nunca se cala.A frase mais conhecida de Hamlet — “Ser ou não ser, eis a questão” — atr...
29/06/2025

Ser ou não ser: eis a questão que nunca se cala.

A frase mais conhecida de Hamlet — “Ser ou não ser, eis a questão” — atravessa os séculos não apenas por sua beleza trágica, mas porque revela uma angústia que é profundamente humana. Não se trata apenas da possibilidade de viver ou morrer, mas da dúvida silenciosa que habita cada um de nós em diferentes momentos da vida: estou realmente sendo quem sou, ou estou apenas sobrevivendo?

Existir é muito mais do que respirar, cumprir obrigações, seguir um roteiro social e fingir controle. Existe uma enorme diferença entre passar pela vida e, de fato, habitá-la. Ser é uma escolha radical, diária, e muitas vezes solitária. É encarar a própria história sem atalhos, sustentar os desejos que nos atravessam mesmo quando eles incomodam ou nos colocam em desacordo com o mundo. É assumir a própria inteireza com tudo o que ela carrega — inclusive o medo, a dor, a dúvida, as partes que tentamos esconder até de nós mesmos.

Não ser, por outro lado, é se ausentar lentamente de si. É vestir máscaras para pertencer, calar a própria verdade para ser aceito, se adaptar até o ponto em que já não se reconhece mais no espelho. É desistir da autenticidade em troca de segurança, anestesiar a existência com distrações, contentar-se com migalhas emocionais e viver dentro de uma versão reduzida da própria alma.

A pergunta de Hamlet não é só uma questão literária, mas um espelho que podemos segurar diante de nós mesmos. Porque, no fundo, todos sabemos — mesmo que tentemos negar — que há uma diferença entre estar vivo e estar desperto. E, mais do que isso, sabemos que existe um preço alto a ser pago por ignorar a própria essência.

Então talvez a pergunta que mais nos provoca não seja apenas “ser ou não ser?”, mas até quando você vai continuar se afastando de quem você é para sobreviver numa vida onde você quase não existe?

Ana Matos - Psicanalista e Filósofa.
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Há experiências que não se desfazem, dores que não se apagam, feridas que, mesmo cicatrizadas, seguem latejando de tempo...
25/06/2025

Há experiências que não se desfazem, dores que não se apagam, feridas que, mesmo cicatrizadas, seguem latejando de tempos em tempos. A vida, inevitavelmente, nos atravessa com acontecimentos que não controlamos, como; perdas, traumas, ausências, violências, frustrações. Nem tudo que nos aconteceu poderá, de fato, ser resolvido no sentido literal da palavra: não há volta ao passado, não há como refazer o que foi feito, não há justiça plena para algumas dores.

Mas isso não significa que estamos condenados.

A psicanálise, desde Freud, nos ensina que elaborar não é esquecer, nem apagar, nem negar. É poder simbolizar aquilo que nos atravessou. Como escreveu Freud em “Recordar, Repetir e Elaborar” (1914), trata-se de dar um novo destino àquilo que foi vivido, permitindo que o sujeito tome alguma posse sobre o que o formou. O passado não deixa de existir, mas deixa de comandar.

Carl Gustav Jung, por sua vez, propõe o processo de individuação como um caminho de integração dos aspectos conscientes e inconscientes da psique. Isso inclui acolher o que nos dói, o que nos desorganizou, o que nos envergonha não para consertar, mas para reconhecer e incluir como parte da jornada. Jung escreve: “Não nos tornamos iluminados imaginando figuras de luz, mas sim tornando consciente a escuridão”. Em outras palavras, não há evolução sem encontro com o que feriu.

Viktor Frankl, cunhou uma das ideias mais potentes sobre o sofrimento: “Quando não podemos mais mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos”. Lidar com o que nos aconteceu, portanto, é um ato de responsabilidade. Não por termos culpa, mas porque cabe a nós a escolha de não permanecermos aprisionados ao que nos fere.

A cura, se é que podemos chamá-la assim, talvez esteja mais no modo como passamos a sustentar o que sentimos do que na ideia de eliminar o que nos machuca. Podemos reconstruir o enredo das nossas experiências, reescrever nossa narrativa. Não para negar o que houve, mas para nos reposicionar diante do que houve.

Nem tudo se resolve mas pode se transformar. E o que se transforma, pode, aos poucos, deixar de nos dominar. Pode, inclusive, virar potência.
Ana Matos - Psicanalista e Filósofa.

Dê um basta, sem hesitar, sem medo, sem pesar.Dê um basta em tudo que te fez desacreditar da tua própria luz, como se vi...
24/06/2025

Dê um basta, sem hesitar, sem medo, sem pesar.
Dê um basta em tudo que te fez desacreditar da tua própria luz, como se viver de forma intensa fosse um erro.
Dê um basta em quem te aplaudiu por obrigação e te destruiu por prazer. Em quem disfarçou inveja de amizade e te expôs quando mais precisava de abrigo.

Dê um basta em todo conceito ultrapassado que ainda te prende.
Basta de se encolher pra caber em lugares medíocres.
Basta de tentar agradar quem nunca vai enxergar sua verdade.
Basta de esperar retorno onde só existe silêncio.

Dê um basta aos “você não pode”, “não combina com você”, “isso não é pra você”.
Basta de carregar culpas que não são tuas, expectativas que nunca foram suas.
Dê um basta aos vínculos que limitam, às relações que sufocam, aos afetos que cobram recibo.

Dê um basta nos sonhos vencidos, nos ideais que ficaram bonitos só no papel, nas conquistas que, no fundo, nunca te alimentaram de verdade.
Você não deve seguir no automático. Não deve repetir padrões que te anulam.
Você só deve lealdade à tua própria essência.

Chega de se deixar pra depois.
Chega de vestir armaduras pra ser aceita.
Chega de mendigar migalhas emocionais.

Quando você dá um basta no que te diminui, começa, enfim, a honrar quem você é.
Foi aprendizado, sim. Mas agora é libertação.

Basta para o que corrói.
E um bem-vindo imenso ao que te faz florescer.

Meu carinho, meu afeto. Ana Matos - Psicanalista e Filósofa.

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