08/11/2025
Quantas vezes você ainda vai aceitar tão pouco, esperando que um dia o pouco vire tudo?
Quantas ausências vai justificar, quantos silêncios vai fingir não ouvir, quantas desculpas vai transformar em explicações convincentes só para não encarar o que já está claro?
Até quando vai se contentar com migalhas, como se fosse banquete?
Até quando vai chamar de amor aquilo que só machuca, que te diminui, que te coloca sempre em segundo plano?
Quantas vezes mais vai ignorar o incômodo, a dor, a falta de brilho nos olhos, dizendo pra si mesma que “dessa vez vai ser diferente”?
Talvez o que mais doa não seja o que o outro faz, mas o que você continua permitindo. Talvez o que te prende não seja a relação, mas o medo de ficar sozinha. Talvez o que falta não seja o amor do outro, mas o amor que você ainda não conseguiu dar a si mesma.
Olha pra você. Não com o olhar cansado de quem se perdeu tentando caber nos espaços alheios, mas com o olhar firme de quem começa a lembrar quem é.
Olha pra você e reconhece a força que esqueceu de usar. Olha pra você e entende que não precisa mais implorar por atenção, justificar o injustificável ou permanecer onde te apagam.
Se olha no espelho. A pessoa que pode te salvar está ali - inteira, mesmo ferida. Ela só precisa que você pare de esperar e comece a se escolher.
Meu carinho, meu afeto. Ana Matos 💜