18/07/2025
“Foi entre sirenes, monitores e silêncio que descobri a verdadeira linguagem do cuidado.”
Minha jornada começou entre os corredores frios dos hospitais. Vivi a intensidade da UTI, a urgência dos plantões, a precisão do centro cirúrgico.
Ali, entre vidas em risco e recomeços, fui entendendo que o toque é mais do que técnica — é presença, é escuta, é amor silencioso.
Por anos, cuidei de corpos frágeis, almas cansadas, dores invisíveis. E a cada gesto, cada olhar, cada respiração assistida, algo dentro de mim também se transformava.
Aprendi que o verdadeiro cuidado não nasce só do conhecimento — nasce da conexão.
Com o tempo, meu coração foi pedindo mais. Mais sensibilidade. Mais tempo. Mais espaço para o afeto.
Foi assim que minha trajetória começou a mudar — sem romper com o passado, mas o ressignificando com respeito e profundidade.
Transitei da urgência para a presença. Do bisturi para as mãos que acolhem. Da técnica para o toque sensível que escuta a alma.
Hoje, continuo cuidando. Mas de outra forma.
Transformei a intensidade da minha experiência hospitalar em um novo caminho de cura, onde o toque, a respiração e a escuta afetuosa se encontram para despertar o corpo, aliviar memórias e devolver ao outro algo sagrado: o sentir.
Não deixei o cuidado. Eu o refinei.
E hoje ele pulsa mais vivo do que nunca — em cada presença, em cada toque, em cada alma que confia em mim para recomeçar por dentro.
Aprendi que nem toda dor é física. Nem toda cura vem com bisturi.
🙏🏼🧠🧬✨