23/08/2024
Virei mae. E de repente me bate uma vontade de falar, escrever; me expor. Na verdade não foi bem “de repente”; a vontade já estava aqui, só não tava bem ainda a coragem. Parece que agora está. De modo que talvez apareça eu mais aqui com tudo o que sinto, ou não, vai saber. Mas por hoje vou aparecer:
A maternidade é um grande texto sem vírgulas. Uma vivência onde ao mesmo tempo que você f**a em tempão sem respirar, porque o bebê chora, e o desespero é grande, é muito forte a sensação de que agora que a vida começou, tudo ganhou mais sentido, as cores são mais coloridas, os detalhes realmente fazem a diferença. 150 graminhas que o bebê ou no meu caso a bebê ganhou na balança fazem toda a diferença do mundo, e a mãe chora.
Eu nunca achei na minha vida de que iria chorar na vida por causa de cento e cinquenta graminhas.
Mas é isso: a maternidade é essa oportunidade literalmente visceral de experimentar que a vida mora MESMO nos detalhes, na presença, na conexão, nos afetos.
Naquilo que passa batido se os olhos estiverem ocupados demais com bobagens. E olha que temos bobagens pra nos ocupar hoje em dia.
Que seja um dia pra nos desocuparmos das bobagens e limparmos o olhar pra sentir o agora! Nada mais importa do que isso!
Foto com a nossa Luna, Luneca, Lunequinha 🌙