16/04/2025
O universo se desenrola em mistérios, assim como a serpente desliza entre o visível e o oculto, revelando verdades àqueles que observam com atenção. Nossa jornada é feita de ciclos, aprendizados e renascimentos. Algumas dores chegam sem aviso, moldadas pelo tempo, pelas escolhas alheias ou pelos caprichos do destino. No entanto, é a forma como lidamos com essas marcas que define nossa transformação.
A jibóia, em sua sabedoria silenciosa, não resiste à pele que se desfaz; ela simplesmente se entrega ao processo, permitindo que o velho caia para dar lugar ao novo. Assim também somos chamados a liberar os fardos que nos prendem — crenças limitantes, traumas e padrões que já não servem ao nosso crescimento. Esse desprendimento não é perda, mas sim um renascimento consciente, onde a dor se torna portal para a expansão.
O conhecimento não se impõe, ele se insinua como um sussurro, esperando por ouvidos dispostos a ouvi-lo. E quando finalmente o escutamos, percebemos que a verdadeira educação da alma não está na busca por verdades absolutas, mas na coragem de questionar, sentir e transmutar. A serpente nos ensina que sua força está na flexibilidade, sua presença na sutileza e sua sabedoria na entrega ao fluxo da mudança.
Nos Mistérios da Jibóia, a caminhada não é sobre buscar certezas, mas sobre aprender a decifrar os próprios enigmas. Entre silêncios e rezos, olhares e símbolos, seguimos desvendando, juntos, a dança oculta entre o visível e o invisível — e, nesse processo, nos libertamos para que o novo possa florescer.