22/05/2025
Eu não sonhava ser pediatra… mas a pediatria me escolheu.
Eu não convivia com crianças pequenas. Não sabia como lidar, não entendia esse universo.
Na faculdade, foi a pediatria que, aos poucos, me conquistou… sem que eu percebesse.
Primeiro veio a curiosidade. Depois, o encanto por aqueles pequenos seres tão frágeis e, ao mesmo tempo, tão fortes.
A medicina da delicadeza, do olhar atento, roubou meu coração.
Mas eu ainda não tinha clareza disso.
Prestei residência para clínica médica também… e passei nas duas.
Foi meu coração que escolheu a pediatria — e eu segui, mesmo sem entender totalmente.
Hoje, como pediatra e gastropediatra, agradeço essa escolha todos os dias.
Aprendi que o primeiro passo para ajudar um bebê ou uma criança é a conexão: olhar, escutar, observar com atenção.
Depois, é preciso sentir: perceber no exame físico, na energia que a criança transmite, na relação com a família.
E, por fim, o conhecimento.
Mas o curioso é que… para acertar, só depois de ter se conectado de verdade.
Esse quebra-cabeça sutil da pediatria é quase enigmático.
Me lembra a medicina de antigamente, quando a observação e os sentidos eram tudo o que se tinha.
Mesmo com tanta tecnologia, o essencial continua sendo: conexão e empatia.
E que bom que é assim!
Já me frustrei várias vezes…
Quando um paciente apresenta algo que não está nos livros, que é inespecífico, confuso… e não se encaixa nos protocolos.
Mas então… aquele pequeno ser te olha com os olhos grandes, brilhantes.
Ou sorri.
Ou te dá um abraço.
Ali estão: o amor e a esperança.
E existe algo mais bonito e desafiador do que os mistérios da vida?
Cuidar dos pequenos é, para mim, acreditar todos os dias num mundo melhor.
Se você também acredita na força da conexão e quer um cuidado atento e humano para seu filho, será um prazer acolher sua família.