Dra Anakarina P. Bueno

09/07/2025

10/06/2025

A nossa cultura popular está repleta de remédios “caseiros” para as mais diversas situações. Por esse motivo, vou deixar uma analise da diferença entre tipo de solução e os remédios ditos “convencionais” (ou medicamentos), avaliando os seguintes pontos:
⚪ Eficácia
* Remédios “convencionais” – a eficácia é assegurada com base em estudos controlados e analisados por comissões de peritos
* Remédios “caseiros” – a eficácia é empírica, ou seja, é apenas garantida pela opinião de quem já experimentou, com uma signif**ativa margem de erro associada
⚪ Efeitos colaterais (segurança)
* Remédios “convencionais” – estão descritos na bula e catalogados de acordo com a gravidade e a probabilidade de poderem surgir; essa informação está sempre acessível de forma clara
* Remédios “caseiros” – apesar de, na maior parte das vezes, serem praticamente inofensivos, não são completamente desprovidos de possíveis efeitos colaterais e isso é algo que raramente é levado em atenção; além disso, muitos destes remédios contêm quantidades elevadas de açúcar, o que não é, de todo, a melhor opção
⚪ Controle de qualidade
* Remédios “convencionais” – assegurado pelas entidades competentes.
* Remédios “caseiros” – não existe
⚪ Presença de químicos
* Remédios “convencionais” – sim, são compostos químicos
* Remédios “caseiros” – sim, também são compostos químicos!

Como conclusão, diria que, apesar de na maior parte das vezes os remédios “caseiros” não comportarem um risco signif**ativo, a verdade é que também pouco acrescentam do ponto de vista de benefícios. Por esse motivo, é mais sensato que a preferência sejam os remédios “convencionais”, sempre que tal for necessário e indicado pelo pediatra.

29/05/2025

A maior parte das vacinas não provoca grandes efeitos colaterais e, quando isso acontece, na maioria dos casos são efeitos locais (dor, vermelhidão). No entanto, há situações em que pode surgir febre, o que pode confundir os pais sobre se estará ou não relacionada com as vacinas, então importa esclarecer quais as características que permitem estabelecer esta associação:
– a febre surge no próprio dia ou no dia a seguir às vacinas (a exceção é a VASPR, que é administrada aos 12 meses e pode dar febre após uma semana)
– a febre dura 24-48 horas no máximo
– o estado geral da criança é bom quando baixa a febre

Assim, se forem administradas vacinas do seu filho e desenvolver febre com estas características, é válido aguardar para ver a evolução, mas se for um quadro diferente pode justif**ar-se uma observação médica.

27/05/2025

As otites é uma das infeções mais frequentes em pediatria e, na maior parte das vezes, associam-se à prescrição de antibióticos. Mas pode não se justif**ar ser sempre assim…

Tal como a maior parte das infeções, as otites podem ser provocadas por bactérias ou vírus, então o tratamento vai ser, obrigatoriamente, diferente em cada uma das situações. Os vírus são muito mais frequentes e causam doenças auto-limitadas, ou seja, que passam por si sem necessitar de nenhum tratamento em particular.
Pelo contrário, as bactérias são mais invasivas e, geralmente, justif**am o tratamento com um antibiótico, para controlar a situação.

Com as otites passa-se exatamente isto. Estima-se que mais de 80% das otites sejam provocadas por vírus e, nesses casos, não existe necessidade de prescrever um antibiótico, ao contrário do que está um pouco enraizado na nossa cultura. Na verdade, não é muito fácil distinguir as duas situações, pelo que, se não existirem sinais de alarme, o mais provável é mesmo tratar-se de uma otite viral. E, nesses casos, o tratamento implica apenas no alívio do desconforto, pois será o tempo a solucionar o problema.

Assim, de modo geral, diria que, na maior parte das vezes, a melhor abordagem de uma criança com otite é dar um anti-inflamatório durante 48 horas para ver a evolução, tal como definido pela Direção-Geral da Saúde. Se não houver melhoria, ou se houver algum agravamento entretanto, pode justif**ar-se uma re-avaliação, para ponderar a prescrição de antibiótico. As exceções, que podem implicar antibiótico logo de início, são as otites bilaterais (nos dois ouvidos), com saída de pus pelo ouvido, bebês pequenos ou um mau estado geral da criança.

SEMPRE, procure o pediatra para examinar e avaliar qual é a situação e a melhor maneira de agir.

13/05/2025

Como já foi explicado em posts anteriores, a tosse é um mecanismo de defesa do organismo, que visa ajudar a “limpar” a via aérea. Por esse motivo, deve ser encarada como algo mais benéfico do que prejudicial. E é também por isso que, de um modo geral, não se deve tratar a tosse, mas sim a causa que a está a provocar.

As principais opções disponíveis são as seguintes:
- Lavagem nasal
É, sem dúvida, a medida mais importante a pôr em prática. Na maior parte das vezes, o que causa a tosse são as secreções do nariz que escorrem pela parte de trás e que, por esse motivo, devem ser eliminadas. Assim, quanto menos secreções a criança tiver no nariz, menos vai tossir.
- Xaropes para a tosse
Encarando a tosse como um mecanismo de defesa, é fácil perceber que, na maioria das situações, os xaropes que diminuem esse reflexo não devem ser administrados, porque não são indicados por rotina.
- Anti-histamínicos
Apesar de, na maior parte dos casos, a tosse não ter componente alérgico, estes medicamentos têm como efeito lateral a diminuição da produção de secreções a nível do nariz, e podem, em alguns casos, reduzir um pouco a tosse. Também não estão indicados por rotina, então devem ter sempre um aconselhamento médico prévio.
- Descongestionantes nasais
A sua principal função é o alívio rápido da obstrução nasal e diminuição das secreções no nariz. Tal como os anti-histamínicos, também não estão recomendadas para uso rotineiro, mas podem ser úteis em algumas situações.

Por fim, gostaria apenas de deixar uma palavra para os chamados “sinais de alarme”, ou seja, as situações que justif**am uma observação médica urgente neste contexto.

29/04/2025

Pedir desculpas às crianças é mais do que um simples ato; é uma demonstração de respeito e amor.

Quando os pais reconhecem seus erros, eles mostram às crianças que todos são humanos e falíveis.

Isso ensina as crianças a serem responsáveis pelos próprios atos e a entenderem que errar faz parte do aprendizado.

Pedir desculpas ajuda a construir um ambiente familiar baseado na honestidade e no respeito mútuo.

Mas, como pedir desculpas?

O primeiro passo é reconhecer o erro genuinamente. Não se trata apenas de dizer 'desculpa', mas de entender o impacto das ações e expressar o desejo de melhorar.

É importante dar espaço para que as crianças expressem seus sentimentos e percebam que suas emoções são válidas e respeitadas.

Pedir desculpas também é uma forma de ensinar empatia.

Quando os pais se desculpam, eles mostram que é possível se colocar no lugar do outro e entender como suas ações afetam as pessoas ao redor.

Isso cria um ciclo positivo de comunicação e compreensão dentro da família.

E você, já teve uma experiência em que pedir desculpas fez a diferença na sua relação com seus filhos?

23/04/2025

Valorize o tempo de qualidade em família!

Nada é mais precioso do que os momentos compartilhados com aqueles que amamos.

É nesse tempo juntos que construímos memórias afetivas, fortalecemos os vínculos e cultivamos conexões profundas.

No turbilhão do dia a dia, é fácil se perder em correrias e obrigações, mas lembre-se de reservar momentos especiais para estar presente e realmente desfrutar da companhia dos seus filhos.

Desligue os aparelhos eletrônicos, crie um espaço de diálogo e esteja presente de corpo e alma.

As conversas, as br**cadeiras, os passeios e até mesmo os momentos mais simples do cotidiano são oportunidades preciosas para nutrir a relação familiar e construir uma base sólida de amor e confiança.

Não se preocupe com a quantidade de tempo, mas sim com a qualidade do tempo que você dedica à sua família.

Valorize esses momentos como tesouros preciosos, pois são eles que moldam a infância dos seus filhos e constroem laços que durarão para sempre.

Faça do tempo junto o melhor presente que você pode oferecer aos seus filhos.

E lembre-se: cada instante é uma chance de construir lembranças inesquecíveis!

Combinado? 💛

17/04/2025

A vacinação é um ato de amor e responsabilidade, não apenas conosco, mas com toda a sociedade.

Quando vacinamos nossos filhos, estamos protegendo-os de doenças graves e, ao mesmo tempo, contribuindo para a saúde coletiva, evitando a propagação de enfermidades.

A infância é uma fase crucial, onde o sistema imunológico ainda está se desenvolvendo e é mais vulnerável a infecções.

Ao manter a carteira de vacinação atualizada, garantimos que nossas crianças cresçam saudáveis e fortes.

Além disso, ao vacinar, demonstramos empatia e solidariedade, pois pensamos no bem-estar de todos, incluindo aqueles que, por algum motivo, não podem ser vacinados.

A vacinação é uma das maiores conquistas da medicina moderna e tem salvado milhões de vidas ao longo dos anos.

Afinal, vacinas salvam vidas!!! 💉

E você, já verificou a carteira de vacinação do seu pequeno recentemente?

26/03/2025

Esse post explica como é fundamental entender como as crianças absorvem conhecimento e se desenvolvem. Cada um dos fatores mencionados atua diretamente no processo de aprendizagem infantil, formando a base para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

Esses fatores combinados criam um ambiente rico para o desenvolvimento da criança.

💜 Estimulação – A criança aprende melhor quando é incentivada e exposta a novos estímulos que ativam sua curiosidade. Lembrando que é indicado que a criança tenha no mínimo 4 horas de estimulação diária.

💛 Exemplo – Ela observa o comportamento dos adultos ou outros modelos e tende a replicá-los.

💙 Imitação – Aprender copiando ações e comportamentos de pessoas ao seu redor.

💚 Motivação – A criança se engaja mais nas atividades quando está motivada, o reforço positivo é uma excelente estratégia para auxiliar nesse ponto.

🩷 Interação – O aprendizado é mais ef**az em ambientes interativos, onde há troca de experiências e diálogo.

🧡 Observação – Ela aprende assistindo ao que acontece ao seu redor e analisando as consequências de ações e comportamentos.

💚 Prática – Repetir e praticar atividades é essencial para consolidar o aprendizado.

20/03/2025

🔸 DISLEXIA: VOCÊ CONHECE OS SINAIS?

Antes da escola:
- Atraso na fala
- Aprende novas palavras lentamente
- Dificuldade com rimas
- Problemas para falar palavras corretamente
- Problemas para lembrar ou nomear letras, números e cores.
Em idade escolar:
- Lendo bem abaixo do nível esperado para a idade
- Dificuldade em ortografia e em encontrar a palavra certa
- Problemas para lembrar a sequência de coisas
- Dificuldade em entender as diferenças e semelhanças em letras e palavras
- Dificuldade em pronunciar uma palavra desconhecida
- Passar um tempo muito longo em tarefas que envolvem leitura e escrita.

🔸 Você já prestou atenção nesses sinais? Eles são muito importantes para estarmos atentos à dislexia! 😉

🔹 A dislexia é uma condição comum que dificulta a leitura.
🔸 Ela é um transtorno que não tem cura. Mas existem estratégias que podem ajudar as pessoas com dislexia a melhorar suas habilidades de leitura e lidar com os desafios. 😊
🔹 A dislexia não está relacionada ao nível geral de inteligência de uma pessoa. Crianças e adultos com todas as habilidades intelectuais podem ser afetados.

19/03/2025

🔸 Deficiência Intelectual é um transtorno de neurodesenvolvimento caracterizado pela presença de uma inteligência abaixo da média ou pela falta de habilidades necessárias para a realização de atividades do dia a dia. Essas crianças conseguem aprender coisas novas, porém num ritmo muito mais lento do que outras crianças da mesma idade.

🔶 Alguns sinais comuns na criança são:

1. Atraso nos marcos de desenvolvimento: Observar a criança e prestar atenção a queixas feitas por professores e/ou pais.
2. Falta de interesse no mundo ao seu redor: A criança que parece alheia às pessoas ou aos objetos em sua volta ao invés de curiosidade.
3. Isolamento repentino: Analisar se esse afastamento ocorrer de forma intensa, repentina e sem a presença de nenhuma razão que justifique.
4. Ausência de habilidades pré-acadêmicas: Se a criança ainda apresentar grandes dificuldades em disciplinas como português e matemática ao fim da educação infantil.
5. Medos inexplicáveis: Se o medo atrapalha o seu processo de aprendizagem ou até mesmo momentos de diversão, é importante investigar.
6. Fácil irritabilidade: Se a criança f**a irritada com muita frequência, tenta machucar os outros e apresenta problemas escolares, é preciso intervir antes que seja tarde.
7. Alteração repentina de paladar: A criança que comia muito passa a comer pouco ou vice e versa.
8. Regressão de habilidades adquiridas: Habilidades como andar de bicicleta, ler e escrever, ou até mesmo empilhar blocos, que não devem ser “esquecidas”. Se acontecer, é necessário descobrir a causa.
9. Cansaço frequente: Isso pode ser um sinal de alerta, mas apenas um especialista poderá dizer se a origem dessa fadiga é um problema físico ou emocional.

🔸🔹 Em conclusão, é de extrema importância ressaltar que o diagnóstico de DI só pode acontecer após uma avaliação de uma equipe multidisciplinar.

12/03/2025

⚠️ SIM!

🔸 A maneira como seu filho br**ca, aprende, fala, age e se movimenta oferece indicações importantes sobre o seu desenvolvimento.

🔹 Os marcos do desenvolvimento são as coisas que a maioria das crianças consegue fazer em uma determinada idade.

🔸 Verifique os marcos que seu filho alcançou em seu 2.º aniversário. Passe essas informações ao pediatra em todas as consultas e converse com ele sobre os marcos alcançados por seu filho, e o que esperar no futuro.

✅ Lembre-se: Se a criança apresentar alguma dificuldade, procure ajuda de um profissional, quanto mais precoce o diagnóstico, melhores resultados do tratamento.