
07/05/2025
Anular-se em um relacionamento signif**a deixar de lado a individualidade e as coisas que lhe fazem bem, tanto no que tange às atividades de interesse, quanto ao relacionamento com pessoas de quem se gosta e tem apreço.
É viver como um apêndice do outro, sem uma estrutura psíquica de valores, sem ter os paradigmas na vida, com uma fragilidade muito excessiva, realizando qualquer coisa por medo de perder o outro, é uma deturpação do amor.
Diferentemente, ceder em um relacionamento, de modo geral é uma conduta normal, boa e esperada. Portanto, ceder algumas vontades em prol da felicidade do outro não deve ser confundido com a anulação.
Ceder é legítimo e maduro porque deve ser de forma pontual, em aspectos inferiores para conservar algo superior que é o relacionamento, a interação, amor ou amizade. O vínculo está acima de pequenos desejos superficiais.
Essas condutas fazem parte do amor, já que, quando ambas as partes cedem, tornam o relacionamento completo, satisfatório e legítimo, já que a personalidade madura demonstra o amor prestando serviços ao próximo, tendo o outro como prioridade máxima.
O equilíbrio numa relação saudável é como um contrato que permite a contemplação do espaço individual de um, do outro e da própria relação, onde são respeitadas a individualidade de ambos e também as regras construídas para o relacionamento.
Portanto, quando a pessoa f**a triste e com pouca motivação para suas atividades individuais, reconhece e satisfaz apenas as necessidades do outro, não investe nela mesma e nos seus interesses ou não há liberdade de escolhas pessoais, deve ser a hora de frear e analisar como corrigir o desequilíbrio no relacionamento.
Comprometer-se com outra pessoa, com o desenvolvimento de uma relação cuja harmonia implica empenho e tempo, exige autonomia emocional, responsabilidade e criatividade. Fazer a transição do ‘meu’ para o ‘nosso’ implica em ‘eu’s’ sarados e relações entre iguais maduros e autônomos.