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Reestruturação da Saúde, São Paulo (2025)

07/08/2025

A ESCRITA CRIATIVA:

“Ahhhh pedras!!!!
Me lembro de tantas que me causaram dores de ferimentos….
Algumas lisas que arranharam pouco,
Outras com peso que quase me esmagaram.
Paredes formaram que me impediam de seguir,
Mas com elas foi possível construir alicerces, moradas…
Cada uma dessas,
Hoje, compõe mandalas…
E enfeites, que lembram cada canto de ar, água, vento, sol, lua e estrelas puras de vida!!!
Cada uma com sua forma, peso, cor e brilho…”
(MTFS)
A escrita criativa é uma ferramenta de conversa com o inconsciente, por onde as palavras não ditas se expressam. Nela cabem o diálogo com as questões da alma, os dramas, as dores, as lembranças, e aquilo que ainda não tornou claro para uma ampliação da consciência. O que se escreve, reflete o estado psíquico do analisando, atemporal, temporal, o passado, o presente e o futuro. O corpo e seus sintomas, podem também trazer, através da escrita, o signif**ado e o símbolo que estão ligados às questões primais da vida psíquica do individuo, traçando novas possibilidades de sentido à sua vida.

*Ateliê de Arteterapia, psicossomática e psicologia analítica Junguiana.
Atendimentos presenciais e on-line.
(11) 998095665
Terapeuta: Prof. Marcelo T.F.Silva
🕉️

04/08/2025

“A FOBIA SOCIAL é um desdobramento do fato de sermos, uns com os outros, lançados na existência indeterminada e indeterminável. De sermos pelos outros e paradoxalmente de não sermos quem somos também pelos outros. Ela é tecida no moralismo que coloca o ditame do certo e do errado acima de tudo em algumas existências, das auto exigências perfeccionistas oriundas de um modo específico de ser-com-o-outro, um desesperar-se por não querer ser aquele que é. Por não se sentir à vontade consigo.”
(ANGERAMI, V.,A., Psicossomática e suas interfaces. O processo silencioso do adoecimento, 2012, p.193)

28/07/2025

A FOBIA SOCIAL: e a diferença entre a angústia e a ansiedade-

“Nas fobias, a ansiedade tem algo para mirar. Quer seja medo de baratas ou o medo de passar vergonha ante alguém, a ansiedade se encontra focada em algo que se pode evitar. Em situações normais é mais fácil e objetivo evitar baratas do que não passar vergonha, mas ambas botam a pessoa a controlar-se e controlar o ambiente de forma a manter-se afastada do temível. No caso do transtorno de pânico, o perigo, “vem do nada” e o sentimento de desamparo é o que predomina, as evitações passam a ser: não estar no lugar errado (agorafobia) nem junto a pessoas erradas (fobia social) quando o ataque vier novamente.
É importante neste momento fazer uma distinção entre ansiedade e angústia. Ansiedade consta de uma inquietude ante um obstáculo na vida; já a angústia revela algo mais profundo do ser humano. Como a angústia não tem objeto, o não conhecimento daquilo que se teme nos coloca em um contínuo estado de tensão (Giovanetti in Angerami, 2000). No âmago da ansiedade e suas preocupações ônticas a angústia. Às vezes me parece que a pessoa em ansiedade sabe que aquilo não vai resolver mas é melhor do que não fazer nada; já ouvi diversas vezes. Mesmo andar de um lado para o outro parece ser melhor do que f**ar com o nada. O perigo que a angústia representa não é este ou aquele, e sim toda a existência. O medo é uma evitação tanto do objeto/situação temida quanto da nossa condição original, uma alternativa à angústia. Na fobia social encontramos a evitação à grupos. Isto ocorre porque a pessoa acredita que será julgada negativamente pelo outro, por exemplo, manifestando o medo de falar em público, a dificuldade para auto afirmação, dificuldade em ser assertivo etc. “
ANGERAMI, V.A., Psicossomática e suas interfaces, o processo silencioso do adoecimento, 2012, p.186.

Foto: “O Grito” (1893), obra de Edward Munch

23/07/2025

“É preciso estar preparado para deixar de ser seja lá o que for para seguir a vida quando isso se mostra necessário; é preciso fé no advento do novo para receber o novo que se apresenta enquanto possibilidade de ser cuidado para um dia vir-a-ser.”
ANGERAMI, V.A., Canon ORG., Psicossomática e suas interfaces, o processo silêncio do adoecimento, 2012, p.178.

13/05/2025

I CHING
56 - LÜ/

“O Viajante. Sucesso através do que é pequeno.
A perseverança traz boa fortuna ao viajante.
quando um homem está viajando e é, portanto, estrangeiro, deve evitar ser rude ou arrogante. Ele não dispõe de um grande círculo de relações e não deve, portanto, se vangloriar. É necessário ser cauteloso e reservado., Desse modo evitará o mal. Se ele for atencioso com os outros, terá sucesso. O viajante não tem morada fixa, seu lar é a estrada. Por isso ele deve procurar se manter íntegro e firme, detendo-se apenas em lugares apropriados e tendo contato somente com as boas pessoas. Ele, então encontrará boa fortuna e poderá seguir seu caminho sem problemas.”

🕉️

08/05/2025

A TRANSFERÊNCIA NO PROCESSO ANALÍTICO:
“A transferência não acontece apenas na relação com o terapeuta. Pode haver experiências muito profundas, de transferência na vida cotidiana das relações entre homem e mulher, entre duas mulheres, ou com menos frequência entre os dois homens. Tais experiências podem ser chamadas de transferências de acordo com a nossa definição, desde que a intensidade libidinal seja adequada, a personalidade total esteja envolvida e os temas típicos da transformação surjam. Se tais experiências são vividas de maneira responsável e integradas na consciência, elas produzem uma mudança permanente na personalidade. No entanto essa não é uma tarefa fácil, nem dentro nem fora da análise. Ela equivale ao opus alquímico e requer muita perseverança, honestidade e devoção. Um conflito doloroso quase sempre está presente. A explosão inicial de alegria ao se descobrir um amigo querido ou um amante aos poucos vai se misturando com a sensação de que se é prisioneiro do amor do outro. O poder começa a querer vir à tona. Manifestam-se sentimentos de raiva e ressentimento. Cada um começa a querer coagir ou induzir o outro para satisfação de suas próprias projeções. Uma ação irada leva a uma relação irada, e a briga começa. Para consertar uma situação dessas, é preciso a capacidade de se fazer uma distinção consciente entre o ser humano e o que foi projetado na outra pessoa, seja a sombra, o animus ou a anima.”
EDINGER, Edward, A Ciência da Alma, p.129,130.

05/05/2025

A GRANDE SAÚDE - Friedrich Nietzsche -
“Nos, os novos, sem nome, de difícil compreensão” - diz-se ali - “ nós, rebentos prematuros de um futuro ainda não provado, nós necessitamos, para um novo fim, também de um novo meio, ou seja, de uma nova saúde, mais forte alerta alegre firme audaz que todas a saúdes até agora. Aquele cuja alma almeja haver vivido o inteiro compasso dos valores e desejos até então havidos, e haver velejado as praias todas desse “Mediterrâneo” ideal, aquele que quer, das aventuras da vivência mais sua, saber como sente um descobridor e conquistador do ideal, e também um artista, um santo, um legislador, um sábio, um erudito, um beato, um indivíduo eremita de outrora: para isso necessita mais e antes de tudo uma coisa, a grande saúde - uma tal que não apenas se tem, mas constantemente se adquire e é preciso adquirir, pois sempre de novo se abandona e é preciso abandonar… E agora, após termos estado por largo tempo assim a caminho, nós, argonautas do Ideal, mais corajosos talvez do que seria prudente, e com frequência náufragos e sofridos, mas, como se disse, mas são os do que nos concederiam, perigosamente, sempre novamente sãos - quer nos parecer como se tivéssemos, como paga por isso, uma terra ainda desconhecida à nossa frente, cujos limites ainda ninguém divisou, um além de todos os cantos e quadrantes do ideal, um mundo tão potente do que é belo, estranho, questionável, terrível, divino, que tanto nossa curiosidade como nossa sede de posse cai fora de si -(.)
Ecce Homo, p.84

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Foto:

25/04/2025

SOBRE AS REFERÊNCIAS AFETIVAS NA CRIANÇA:

“Sabemos que, se faltar a criança um relacionamento humano, a personalidade humana não se desenvolve. Em tais casos, as fases do desenvolvimento arquetípico não acontece e a criança pode permanecer num nível animal. O mesmo acontece naqueles casos raros e trágicos onde a criança que f**a trancada em um quarto por anos, completamente rejeitada pelos pais. Semelhantemente, quando a criança sofre a perda de um pai ou de uma mãe muito cedo na vida e este não é substituído de forma adequada cria-se um tipo de buraco na psique da criança. Uma imagem típica importante não passou pela personalização por meio de uma relação humana, de modo que o arquétipo conserva uma força ilimitada e primordial, que ameaça inundar o ego se este se aproximar. Contudo, em alguns casos o relacionamento com outra pessoa que não um dos pais pode suprir essa falta. Todos conhecemos pessoas que, apesar de terem experiências muito negativas com os pais, foram capazes de forjar uma relação positiva com algum outro adulto durante a infância. Este adulto pode ter sido uma empregada, um parente, ou um professor, que tenha sido capaz de se relacionar de maneira genuína com a criança e de personalizar uma imagem arque atípica. Nesses casos, as inadequação dos pais, embora prejudiciais não foram fatais no desenvolvimento da criança. Mesmo que essas relações positivas dure apenas um breve instante, seus efeitos podem ser incorporados para sempre na personalidade em desenvolvimento.”
EDINGER, E. A ciência da alma, p.76
Foto: arquivo pessoal *todos os direitos reservados.
Marcelo T.F.Silva, é professor/docente do ensino superior, profissional de educação física e psicoterapeuta em psicologia analítica Junguiana. Shihan em Takemussu aikidô e faixa preta de jiu-jítsu.

22/04/2025

OUTONO:
“Faz agora o vento frio que carrega aquelas folhas que fizeram a sombra do calor do sol,
Faz o frio que pede mais um tempo na cama, junto do calor de uma boa coberta e um corpo junto que aquece a alma.
Faz a noite chegar mais rápida e o dia raiar mais lento.
Traz consigo até a tristeza da saudade de outros sóis… que pede agora quietude,
E que escute os sons da alma.” (MTFS)

Os recursos da arte possibilitam dentro do set terapêutico dar voz aos sentidos, sentimentos, percepções, intuições, em diversas formas de expressão. A poesia possibilita através da escrita, ou junto com outras formas de expressão, trazer à consciência e à realidade os fenômenos psíquicos, compondo o processo terapêutico de material rico em possibilidades de ampliação da consciência.
Ateliê de Arteterapia de abordagem Junguiana.
- Clínica de saúde integral.
Foto: pintura em vidro com guache, e composição poética.
🎨

16/04/2025

SOBRE AS NOSSAS MÁSCARAS/PERSONAS
Oficina terapêutica de arteterapia

Verdadeiramente , aquele que olha o espelho da água vem em primeiro lugar sua própria imagem. Quem caminha em direção a si mesmo corre o risco do encontro consigo mesmo. O espelho não lisonjeia, mostrando fielmente o que quer nele se olhe; ou seja, aquela face que nunca mostramos ao mundo, porque encobrimos com a persona, a máscara do ator. Mas o espelho está por trás da máscara e mostra a verdadeira face. (JUNG,2008, #30)
Persona é um arquétipo (para alguns autores denominam de arquétipo social) que envolve as características básicas aceitas naquele período específico sobre como aquela sociedade determina que se viva em comunidade. Só é patológica quando o indivíduo se identif**a com a persona. Os conteúdos conscientes constitui a persona. A persona é uma simples máscara da psique coletiva, ela aparenta uma individualidade, procurando convencer os outros e a si mesma que é individual, quando na realidade não passa de um papel ou desempenho através do que fala a psique coletiva. A persona é um recorte mais ou menos arbitrário e acidental da psique coletiva, portanto não é algo totalmente individual.
O propósito do processo analítico através da confecção da máscara ajuda a redirecionar energia psíquica para o desenvolvimento com auxílio de uma experiência simbólica e imaterial inconsciente. Pois toda a experiência se desdobra no mundo das imagens; a imagem a própria experiência, e a psique é essa realidade. A imagem psíquica aponta para o além de si mesmo, para o desconhecido auxiliando o indivíduo a transcender o conhecimento consciente, facilitando uma melhor compreensão do símbolo, seus signif**ados emocionais, intensif**ando, desta forma a sua função estruturante.

16/01/2025

OS NOSSOS SONHOS COMO ORIENTADORES DOS NOSSOS PROBLEMAS:

“Jung, descobriu que também ao homem civilizado os sonhos podem dar a orientação de que ele necessita para solução dos problemas da sua vida interior e exterior. Na verdade, muitos os nossos sonhos dizem respeito, detalhadamente, a nossa vida exterior e ao nosso ambiente. A árvore que cresce diante da nossa janela, a nossa bicicleta o nosso carro ou uma pedra que se apanhou durante uma caminhada podem, através da nossa vida onírica, ser elevados ao nível de símbolos, tornando-se especialmente signif**ativos. Se prestarmos atenção a nossos sonhos, em lugar de vivermos em um mundo frio, impessoal, de acaso sem maior sentido, poderemos emergir, aos poucos, para um mundo realmente nosso, repleto de acontecimentos importantes que obedecem a uma ordem secreta.”
AGENDA ABERTA!!!
Atendimentos em Psicologia Analítica Junguiana, psicossomática e arteterapia.
Clínica , especializada em saúde integral.

12/01/2025

“As armadilhas do fascismo e a decadência podem ser evitadas por meio da identif**ação com o herói, o verdadeiro indivíduo. O herói organiza as demandas do ser social e as responsabilidades de sua própria alma em uma unidade coerente, hierarquicamente organizada. Ele se posiciona na fronteira entre a ordem e o caos e serve ao grupo como criador e a gente de renovação. O contato voluntário do herói com o desconhecido o transforma em algo benevolente - na fonte eterna, na verdade, de força e capacidade. O Desenvolvimento de tal força resultante da fé nas condições da experiência lhe permite se posicionaram fora do grupo, quando necessário, e usá-lo como ferramenta em vez de como armadura. O herói rejeita a identif**ação com o grupo como ideal de vida, preferindo seguir os ditames de sua consciência e seu coração. Sua identif**ação com signif**ado e sua recusa em sacrif**ar signif**ado pela segurança, torna a existência aceitável, apesar de sua tragédia.”
PETERSON, B.J. Mapas do signif**ado A Arquitetura da Crença, p.430.
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