
12/05/2023
Essa semana minha menina não quis ir na ginástica.
Ok. Não querer ir em algum lugar ou atividade é algo comum por aqui. Ela gosta de f**ar em casa e meio que temos que insistir sempre. Ela vai reticente, chega, se diverte, adora e depois reconhece que realmente foi bom ter saído.
Com a ginástica não fiz diferente e insisti. Disse que não ia deixar que desistisse de uma atividade que vem curtindo tanto. Ela relutou e chorou.
Chorar também não é algo raro. Ela tem 5 anos e digamos que “transborda bastante”. Tudo bem. Acolhemos. E segui firme na bendita ginástica. Deixei clara a falta de escolha nesta situação, ela se resignou e foi.
Fez a aula saltitante, sem se queixar ou parecer cansada. Mas quando voltou pra casa, estava com febre.
Não preciso dizer que meu coração ficou partido. Que me senti muito mal por ter forçado a barra. Que ela muito provavelmente não queria ir porque talvez antes, já não se sentisse bem, e eu, carrasca, não soube ouvir.
A maternidade não é uma arte de certezas. Errar é, possivelmente, uma das poucas.
Me desculpo. Guardo o aprendizado no bolso. Mostro para ela que errar é inerente à existência humana e um caminho importante em prol do nosso melhor.
Neste fim de semana especial, deixo aqui meu “feliz dia” não para as mães perfeitas, e sim para todas aquelas que exercem seu papel com dedicação. Que o fazem atentamente e com leveza. E acolhem seus erros de forma inquieta, mas também gentil.
Aos meus filhos, sábios e pacientes mesmo sem dimensionar quanto, dedico o amor mais profundo que conheço. E agradeço por me apresentarem minha (não sei se melhor, mas certamente, mais realizada e feliz) versão.
Para .ghizoni deixo aqui não só o meu amor, mas também o reconhecimento de que ela foi, é e sempre será o melhor exemplar desta espécie incrível que recebe o nome de mãe. E querem saber a razão? Porque acima dos erros e acertos, houve sempre colo, ouvidos, presença e conexão.
Seguiremos. Tentaremos. Erraremos. Acertaremos. Amaremos. Amaremos. Amaremos.
E pra você, como questiona este cartão lindo que recebi, o que torna a sua mãe especial?