Dra. Marina Moras

Dra. Marina Moras Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

26/04/2024

A hipertensão arterial é uma doença altamente prevalente em nossa população. Estima-se que ao redor de um terço dos adultos e dois terços dos idosos sejam portadores de hipertensão.

Ela é considerada o principal fator de risco modificável para as doenças cardiovasculares. Está relacionada a 51% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC), popularmente conhecidos como derrame cerebral e a 45% dos infartos no coração.

Ela é em geral uma doença assintomática. Uma pessoa pode passar anos sofrendo de hipertensão arterial sem ter sintomas. Por isso, medidas da pressão arterial são fundamentais para seu diagnóstico.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia e seu Departamento de Hipertensão estão fazendo uma grande campanha no mês de maio para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de medir a pressão arterial, fazer o diagnóstico e instituir um tratamento adequado para atingir o controle pressórico.

Há algumas semanas foi publicada a última diretriz de medidas da pressão dentro e fora do consultório. Nessas diretrizes, há orientações de exames e protocolos específicos para confirmar o diagnóstico da hipertensão com métodos validados para comprovar a hipertensão fora do ambiente da saúde. O ideal é fazer essa confirmação com medidas ambulatoriais da pressão arterial de 24h no dia a dia do paciente. Há métodos validados também para acompanhar o tratamento da hipertensão, com destaque ao método da monitorização residencial da pressão arterial, com a função de garantir que o paciente esteja dentro das metas terapêuticas, combatermos a inércia terapêutica e aumentarmos as taxas de controle da hipertensão, conseguindo assim reduzir o risco das complicações cardiovasculares, como infarto e AVC.

Faça parte desse movimento. Faça a medida da sua pressão e de seus familiares. Caso esteja aumentada, procure algum médico para poder fazer uma investigação adequada.

Somente assim poderemos reduzir doenças como o infarto e AVC, há muitas décadas as principais causas de morte no Brasil e no mundo.
sbc

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

29/03/2024

Cuidar do coração é essencial em todas as fases da vida, desde a infância até a terceira idade. Aqui estão alguns cuidados importantes em diferentes estágios:

Infância e adolescência
• Estabelecer hábitos alimentares saudáveis, com uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras.
• Praticar atividade física para fortalecer o coração e manter um peso saudável.
• Evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura saturada, açúcar e sódio.
• Limitar o tempo de tela e incentivar atividades ao ar livre.

Adultos jovens (20 a 40 anos):
• Manter um peso saudável e evitar o ganho excessivo de peso.
• Fazer exames médicos regulares para monitorar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue.
• Evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool.
• Gerenciar o estresse por meio de técnicas de relaxamento, como meditação, ioga ou exercícios de respiração.

Meia-idade (40 a 65 anos):
• Continuar com uma dieta saudável e equilibrada, ajustando as necessidades calóricas de acordo com o metabolismo.
• Manter níveis saudáveis de atividade física, incluindo exercícios aeróbicos e de resistência.
• Controlar os fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão, diabetes e colesterol alto, com acompanhamento médico regular.
• Conhecer e reconhecer os sintomas de problemas cardíacos, como dor no peito, falta de ar e fadiga, e procurar ajuda médica imediatamente em caso de necessidade.

Terceira idade (65 anos em diante):
• Fazer exames médicos regulares para monitorar a saúde do coração e outras condições médicas.
• Manter um estilo de vida ativo, adaptando os exercícios à capacidade física e às limitações individuais.
• Seguir as orientações médicas quanto ao uso de medicamentos para controlar condições como pressão alta e diabetes.
• Manter conexões sociais fortes para reduzir o isolamento e o estresse.

Independentemente da idade, é importante lembrar que a prevenção é a chave para a saúde do coração.



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Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

A Síndrome do Coração Partido, também conhecida como Cardiomiopatia de Takotsubo, é uma disfunção cardíaca real desencad...
27/03/2024

A Síndrome do Coração Partido, também conhecida como Cardiomiopatia de Takotsubo, é uma disfunção cardíaca real desencadeada por estresse emocional intenso. Apesar do nome poético, seus efeitos são bem reais e podem ser graves.

CAUSAS

Perda de um familiar
Término de relacionamento
Doenças graves em familiares
Estresse extremo no trabalho
Desastres naturais
Violência

SINTOMAS

Dor no peito
Falta de ar
Fadiga
Náuseas
Tontura
Desmaio
Batimentos cardíacos irregulares
Insuficiência cardíaca
Em casos raros, a síndrome pode levar à morte.

Como funciona

Em situações de extremo estresse, o corpo libera uma descarga de hormônios como adrenalina e cortisol. Essa descarga pode sobrecarregar o coração, levando à disfunção do ventrículo esquerdo. O ventrículo deixa de bombear sangue de forma eficaz, o que causa os sintomas da síndrome.

É real?

Sim, a Síndrome do Coração Partido é uma doença real e potencialmente perigosa. Apesar de ser reversível na maioria dos casos, a recuperação pode levar semanas ou meses.

Tratamento

O tratamento geralmente envolve medicamentos para controlar a pressão arterial, a frequência cardíaca e aliviar os sintomas. Em alguns casos, pode ser necessária a internação hospitalar.

Prevenção

Gerenciamento do estresse, como técnicas de relaxamento, meditação, exercícios físicos e yoga podem ajudar a reduzir o estresse.
Cercar-se de amigos e familiares pode ajudar a lidar com situações difíceis.
Alimentação balanceada, sono regular e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool também são importantes para a saúde cardiovascular.

Se você está passando por um momento de grande estresse e apresenta algum sintoma da Síndrome do Coração Partido, procure atendimento médico imediato.

Para mais informações:
Sociedade Brasileira de Cardiologia:
https://www.portal.cardiol.br/



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26/03/2024

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

Um transplante cardíaco é uma das cirurgias mais extraordinárias e complexas realizadas na medicina moderna. Este proced...
22/03/2024

Um transplante cardíaco é uma das cirurgias mais extraordinárias e complexas realizadas na medicina moderna. Este procedimento revolucionário oferece uma segunda chance de vida para aqueles cujos corações estão em falência terminal.

A jornada começa com a identificação de um doador adequado. Isso envolve uma série de critérios, incluindo compatibilidade sanguínea, tamanho e condição do coração do doador. Uma vez que um coração adequado é encontrado, começa uma corrida contra o tempo, pois o órgão deve ser transplantado o mais rápido possível para manter sua viabilidade.

A próxima etapa é a preparação do receptor. Exames médicos abrangentes, bem como a preparação psicológica para o procedimento. Os pacientes podem precisar de terapia imunossupressora para evitar a rejeição do novo coração pelo sistema imunológico.

Quando o coração do doador está pronto para ser transplantado, a equipe cirúrgica entra em ação.

Uma vez que o coração doente é removido, o novo coração é cuidadosamente posicionado e conectado às artérias e veias do paciente. O novo coração deve conseguir bombear sangue eficazmente para todo o corpo, garantindo assim a sobrevivência do paciente.

Após a conclusão da cirurgia, o paciente é transferido para a unidade de terapia intensiva, onde é monitorado de perto durante os dias seguintes. A recuperação de um transplante cardíaco pode ser longa e desafiadora, com a necessidade de terapia intensiva, reabilitação cardíaca e acompanhamento médico contínuo.

Essa cirurgia oferece esperança e renovação para aqueles que enfrentam doenças cardíacas terminais, proporcionando uma segunda chance de vida e a oportunidade de criar novos capítulos emocionantes em suas jornadas.



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20/03/2024

Este estudo sugere que um programa de exercícios, que incorpora tanto atividades aeróbicas quanto movimentos de resistência,pode ser tão benéfico para a saúde cardiovascular quanto um regime exclusivamente aeróbico.

O estudo envolveu cerca de 400 participantes com sobrepeso ou obesidade e hipertensão, com idades entre 35 e 70 anos. Eles foram aleatoriamente divididos em quatro grupos.

Um grupo não realizou nenhum tipo de exercício, enquanto os outros três grupos se exercitaram três vezes por semana, durante uma hora cada sessão.

Um grupo realizou exclusivamente exercícios aeróbicos, outro focou apenas em exercícios de resistência, e o terceiro grupo praticou 30 minutos de cada tipo de exercício.

Após um ano, tanto os participantes do grupo de exercícios aeróbicos quanto os do grupo de exercícios combinados demonstraram uma redução significativa em uma medida composta dos fatores de risco cardiovascular, em comparação com aqueles que não se exercitaram.

Esses fatores incluíam hipertensão, níveis elevados de colesterol LDL, glicose sanguínea e gordura corporal. Os resultados foram publicados online em 17 de janeiro de 2024, no European Heart Journal.

Fonte: Harvard.edu

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

18/03/2024

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

15/03/2024

O amor-próprio é um dos pilares do bem-estar e da felicidade. Cuidar de si mesmo, física e mentalmente, é essencial para ter uma vida mais equilibrada e saudável.

Aqui estão algumas dicas de como praticar o autocuidado:

Consuma alimentos nutritivos, evitar processados e beba bastante água.
É importante dormir de 7 a 8 horas por noite e ter uma rotina de sono regular, criando um ambiente tranquilo para dormir.
Praticar exercícios físicos regularmente ou encontrar uma atividade que seja prazerosa são metas importantes para o seu bem-estar e autocuidado. Comece com pequenas metas e aumente gradativamente.
Cuide da sua saúde mental com meditação, prática de yoga e faça terapia, se assim sentir necessidade. Passar tempo com amigos e familiares também aquece o coração.

Autocuidado emocional
• Reconheça e aceite suas emoções;
• Pratique atividades que te façam feliz;
• Saiba dizer não quando necessário;

Comece com pequenas mudanças e evite se comparar com os outros, cada pessoa é um ser individual, por isso, seja gentil consigo mesmo e comemore suas conquistas, por menor que sejam.

Praticar o autocuidado é um ato de amor-próprio!

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

13/03/2024

1. Serotonina
Função: Regula o humor, sono, apetite e memória.
Como estimular:
Exposição ao sol (vitamina D).
Prática de exercícios físicos.
Dieta rica em triptofano (carnes magras, ovo, leite, banana, aveia).
Meditação e técnicas de relaxamento.

2. Dopamina
Função: Motivação, recompensa, foco e atenção.
Como estimular:
Estabelecer metas e alcançar objetivos.
Praticar atividades que você gosta.
Ouvir música.
Dormir bem.

3. Endorfina
Função: Alívio da dor e sensação de bem-estar.
Como estimular:
Prática de exercícios físicos.
Rir.
Comer chocolate amargo.
Massagem.

4. Ocitocina
Função: Confiança, empatia, amor e vínculo social.
Como estimular:
Abraços e contato físico.
Interação social.
Atos de gentileza e altruísmo.
Cantar e tocar instrumentos musicais.

A busca pela felicidade é universal, e a ciência nos revela que parte dela reside em nosso corpo, na produção de hormônios que influenciam nosso humor e bem-estar.

Um estilo de vida saudável, com boa alimentação, sono regular, atividade física e manejo do estresse, é fundamental para a produção natural dos hormônios da felicidade. Hábitos como meditação, gratidão e atividades que te tragam prazer também contribuem para o bem-estar geral.

Ao estimular a produção desses hormônios, você estará investindo em sua saúde mental e construindo um caminho mais leve e prazeroso para a felicidade.

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

11/03/2024

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é um momento para celebrar as conquistas femininas e refletir sobre os desafi...
08/03/2024

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é um momento para celebrar as conquistas femininas e refletir sobre os desafios que ainda persistem. Entre esses desafios, encontra-se a vulnerabilidade das mulheres às doenças cardiovasculares.

Embora muitas vezes ignorada, essa é uma realidade preocupante. No Brasil, as doenças cardíacas são a principal causa de morte entre as mulheres, responsáveis por mais de 30% dos óbitos. E, diferentemente dos homens, os sintomas em mulheres podem ser menos típicos, dificultando o diagnóstico e tratamento precoces.

Fatores de risco específicos:

-Fatores biológicos: alterações hormonais durante a menopausa, gravidez e doenças como a síndrome do ovário policístico (SOP) podem aumentar o risco de doenças cardíacas.
-Fatores sociais e psicológicos: estresse, depressão, violência doméstica e desigualdade social também contribuem para a vulnerabilidade cardiovascular das mulheres.

Conscientização e prevenção:

Neste Dia Internacional da Mulher, é fundamental conscientizar sobre a importância da saúde cardiovascular feminina. Algumas medidas importantes para a prevenção são:

-Manter um estilo de vida saudável: praticar atividade física regular, ter uma alimentação balanceada e evitar o tabagismo.

-Realizar exames médicos periódicos: a partir dos 40 anos, é importante consultar um cardiologista regularmente para avaliar o risco de doenças cardíacas.

-Estar atenta aos sintomas: dor no peito, falta de ar, fadiga e náusea podem ser sinais de um problema cardíaco.

A luta por corações saudáveis é parte da luta por igualdade de gênero. Ao garantir acesso à informação, acompanhamento médico e políticas públicas que promovam a saúde cardiovascular, podemos construir um futuro mais justo e saudável para todas as mulheres.

Juntas, podemos fortalecer a nossa saúde e construir um futuro com mais corações batendo forte!

Para mais informações:
-Sociedade Brasileira de Cardiologia
-Ministério da Saúde
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/maio/dia-de-conscientizacao-mulheres-entre-35-e-45-anos-sao-mais-vulneraveis-a-doencas-cardiovasculares



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06/03/2024

Pacientes com apneia obstrutiva do sono roncam, mas nem todos que roncam sofrem desse transtorno. É necessário um exame específico para este diagnóstico, que está associado a um aumento do risco cardiovascular.

Durante os episódios de apneia, ocorre uma obstrução das vias respiratórias superiores, levando a uma diminuição da oxigenação do sangue e a períodos de hipóxia (baixo teor de oxigênio no sangue). Isso pode resultar em uma série de efeitos adversos no sistema cardiovascular, incluindo:

Aumento da pressão arterial: Os episódios de apneia estão associados a um aumento da pressão arterial, o que pode sobrecarregar o coração e aumentar o risco de hipertensão.

Arritmias cardíacas: A hipóxia intermitente durante os episódios de apneia pode levar a arritmias cardíacas, como fibrilação atrial, que aumentam o risco de complicações cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.

Aumento do risco de doença cardíaca coronária: A apneia do sono também está associada a um aumento do risco de desenvolvimento de doença cardíaca coronária, incluindo angina e infarto do miocárdio.

Disfunção endotelial: A hipóxia intermitente pode prejudicar a função dos vasos sanguíneos, levando a uma disfunção endotelial, que é um fator de risco para o desenvolvimento de aterosclerose e outras doenças cardiovasculares.

Portanto, é importante diagnosticar e tratar a apneia obstrutiva do sono para reduzir o risco de complicações cardiovasculares. O tratamento geralmente envolve terapias como CPAP (pressão positiva contínua nas vias respiratórias) e mudanças no estilo de vida, como perda de peso e evitar o consumo de álcool e sedativos antes de dormir.

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

04/03/2024

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

04/03/2024

Uma boa higiene do sono é importante para a saúde cardiovascular!
Priorizar o sono adequado não apenas ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, mas também desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e bem-estar geral.

• Estabeleça um horário regular de sono, indo para a cama e acordar todos os dias no mesmo horário, inclusive nos fins de semana. Isso regula o relógio biológico do seu corpo.

• Crie um ambiente propício para dormir, mantendo o quarto escuro, silencioso e fresco. Use cortinas opacas, protetores auriculares, máscaras ou apps de ruído branco para bloquear distrações sonoras. Certifique-se de que o colchão e travesseiros são confortáveis e adequados.

• Limite a exposição à luz antes de dormir, evitando dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets e computadores, pelo menos uma hora antes de dormir, pois a luz azul emitida por esses dispositivos pode interferir na produção de melatonina, o hormônio do sono.

• Evite cafeína e estimulantes à tarde e à noite, como bebidas energéticas e refrigerantes, principalmente.

• Pratique a relaxação antes de dormir com técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda, alongamento suave ou leitura. Isso ajuda a acalmar a mente e o corpo.

• Mantenha uma rotina de sono consistente. Desenvolva uma rotina relaxante antes de dormir, como tomar um banho quente, ouvir música suave ou fazer um ritual de cuidados com a pele, para sinalizar ao corpo que está na hora de se preparar para dormir.

• Evite refeições pesadas e bebidas alcoólicas antes de dormir, pois dificulta a digestão e pode interferir na qualidade do sono.

• Atividade física regula ajuda a promover um sono mais profundo e reparador, mas evite exercícios intensos muito perto da hora de dormir, pois eles podem aumentar a energia e dificultar o relaxamento.

Ao implementar essas pequenas estratégias você pode melhorar significativamente a qualidade e a duração do seu sono, promovendo assim uma melhor saúde cardiovascular e bem-estar geral.

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

Dormir bem é essencial para a saúde do coração, e essa conexão é amplamente respaldada por vários estudos científicos. A...
28/02/2024

Dormir bem é essencial para a saúde do coração, e essa conexão é amplamente respaldada por vários estudos científicos. A qualidade e a duração do sono desempenham papéis críticos na regulação de diversos processos fisiológicos, incluindo aqueles relacionados à saúde cardiovascular.

Vários estudos têm demonstrado consistentemente uma associação entre a privação crônica de sono e o aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, doença coronariana, acidente vascular cerebral e arritmias cardíacas. Uma revisão sistemática publicada no Journal of the American College of Cardiology destacou que a privação de sono está associada a um risco significativamente maior de infarto de miocárdio.

Mecanismos fisiológicos subjacentes explicam essa relação entre sono e saúde cardíaca. Durante o sono, o corpo passa por uma série de processos restauradores, incluindo a regulação da pressão arterial, a redução da inflamação sistêmica e a modulação do sistema nervoso autônomo. A falta de sono adequado pode prejudicar esses processos, levando a um aumento do estresse oxidativo, disfunção endotelial e desequilíbrios no sistema nervoso simpático e parassimpático, todos os quais contribuem para o desenvolvimento e progressão de doenças cardiovasculares.

Além disso, a privação de sono está associada a alterações metabólicas adversas, como resistência à insulina e aumento da adiposidade visceral, que por sua vez podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

Por outro lado, a otimização da duração e qualidade do sono pode ter efeitos benéficos na saúde cardiovascular.

No próximo post daremos algumas estratégias para promover um sono adequado!

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10723785/
https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2019.07.022

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26/02/2024

23/02/2024

Cientistas do McCance Center for Brain Health, afiliado ao Massachusetts General Hospital, criaram e certificaram um cartão chamado Brain Care Score (BCS), que simplifica a avaliação do que está sendo feito corretamente e onde podem ser feitas melhorias para manter a saúde cerebral.
Mas para que isso serve?
Esse cartão, por conseguir uma avaliação bem aprimorada, incentiva os pacientes a adotarem hábitos saudáveis como perder peso, dormir melhor, nutrir-se, exercitar-se e reduzir consumo de álcool, reduzindo o risco de demência e AVC.
Projetado para prever como os hábitos atuais podem impactar a saúde cerebral futura, o scorecard é aparentemente o primeiro desse tipo, diz o Dr. Andrew Budson, professor de neurologia na Harvard Medical School.

Como funciona?
-O cartão avalia 12 domínios físicos, de estilo de vida e socioemocionais.
-Componentes físicos incluem pressão arterial, açúcar no sangue, colesterol e IMC.
-Componentes de estilo de vida abrangem nutrição, consumo de álcool, tabagismo, atividades físicas e sono.
-Fatores socioemocionais investigam gerenciamento de estresse, relações sociais e significado na vida.
Estudo e Resultados:
-Publicado na Frontiers of Neurology, envolvendo cerca de 399.000 adultos (idade média de 57 anos; 54% mulheres) do Biobank do Reino Unido.
-Período médio de acompanhamento de 12,5 anos.
-Participantes com pontuações mais altas no BCS inicialmente apresentaram menor risco de demência ou AVC ao longo do tempo.

Embora uma melhor saúde cerebral possa ser a grande vantagem de uma pontuação mais alta, melhorar qualquer componente de saúde do BCS também beneficia o bem-estar geral.

Mas enquanto o BGS não chega ao Brasil, seguimos com as recomendações básicas para beneficiar a saúde cerebral: higiene do sono, atividade física regular, relacionamentos sociais saudáveis, praticar atividades que estimulem o raciocínio e a cognição, boa alimentação e cuidar da saúde mental!

Ref.: https://www.health.harvard.edu/blog/how-well-do-you-score-on-brain-health-202402023012

Cardiologista e fundadora do Portal Posso Mudar

21/02/2024

Segundo a OMS, 2,3 bilhões de pessoas no mundo consomem bebidas alcoólicas, numa média de duas taças de 150 ml de vinho, uma garrafa de cerveja de 750 ml ou duas doses de 40 ml de destilado.

Um estudo publicado na Revista The Lancet em 2019, desafiou os benefícios do consumo moderado de álcool para a saúde.

Especialistas ligados à Universidade de Oxford, à Universidade de Pequim e à Academia de Ciências Médicas da China, acompanharam 1/2 milhão de chineses por uma década, mostrando que até mesmo pequenas doses aumentam o risco de AVC.

Estes resultados questionam teorias anteriores sobre os efeitos positivos do álcool. Ressaltando a importância de limitar seu consumo, o estudo sugere que beber moderadamente não protege contra doenças cardiovasculares.

Uma meta-análise de 2023, revisão de vários estudos de mais de 40 anos publicado no Jama Network Open, destacou que aqueles que consomem bebidas alcoólicas com moderação, não têm nenhuma vantagem sobre os abstêmios.

Também foi constatado que houve um risco significativamente maior de mortalidade por todas as causas entre as mulheres que bebiam 25g ou mais por dia e entre os homens 45g ou mais por dia.

A Associação Mundial de Saúde Cardíaca, com sede em Genebra, Suíça, é uma entidade internacional que representa diversas organizações cardíacas em todo o mundo. Recentemente, lançou um guia visando desmentir a ideia de que o consumo leve de álcool é benéfico ou até mesmo saudável para o coração.

Conforme este relatório, o consumo de álcool aumenta significativamente o risco de problemas cardiovasculares, como doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, hipertensão, AVC e aneurisma da aorta. O documento alerta que qualquer quantidade de álcool, não apenas em excesso, pode comprometer a saúde.

https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(18)31772-0/fulltext
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37000449/
https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2802963



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