
25/05/2025
Hoje visitei a exposição Tecendo a manhã: vida moderna e experiência noturna na arte do Brasil, na Pina Luz. Um mergulho nos mistérios da noite — suas sombras, seus personagens, seus ritos e seus silêncios.
Cada sala nos convida a atravessar diversas camadas: o acender das luzes na cidade, os encontros coletivos nas festas e bailes, os personagens que habitam as bordas da noite e da sociedade. A lua cheia, o lobisomem, o Exu-Caveira... símbolos que nos atravessam e estão vivos em nossos imaginários.
A noite como espaço de sonho, mas também de assombro. Lugar onde o inconsciente pulsa e, quem sabe, nos sussurra caminhos que a razão diurna não escuta.
Me lembrei de quantas vezes, em ateliê, é naquilo que parece escuro demais que a criação encontra vivacidade, possibilidade, caminhos.
A arte é mapa, linguagem que dá forma ao que vive no avesso, nas frestas, no que se revela quando o mundo desacelera.
Movida pelas perguntas em cada sala, fiquei pensando: o que em nós desperta quando a luz se apaga?
Se você puder, vá. Leve um caderno, um tempo, um olhar.
A exposição f**a até 27 de julho de 2025, na Pina Luz, em São Paulo.