10/09/2025
Quando a gente ouve a palavra câncer, a reação imediata é: tem que tratar agora. Mas nem sempre é assim.
No caso dos cânceres hematológicos, como alguns tipos de linfoma e leucemia, existe uma divisão importante: eles podem ser indolentes ou agressivos.
Indolente parece algo bom, né? E é mesmo! Signif**a que a doença cresce devagar, às vezes tão devagar que pode passar anos sem causar sintomas sérios. Já os agressivos são mais acelerados, exigem tratamento imediato e têm uma evolução mais rápida.
E como o médico sabe qual é qual? Ele analisa o tipo de célula envolvida, a velocidade de crescimento dos linfonodos ou das células no sangue, os sintomas e os resultados de exames. Tudo isso junto ajuda a decidir o caminho.
Nos casos agressivos, o tratamento começa logo. Quanto antes, melhor!
Nos casos indolentes, pode parecer estranho, mas muitas vezes a melhor escolha é não tratar ainda.
Existe uma conduta chamada watch and wait, que em português traduz como “vigiar e esperar”. O termo que tem sido mais empregado para descrever essa conduta é o de vigilância ativa (observar). O médico acompanha o paciente de perto, com exames regulares, e só inicia o tratamento se a doença mostrar sinais de atividade ou atrapalhar a qualidade de vida do paciente.
Isso não signif**a “f**ar sem fazer nada”. É uma estratégia pensada com cuidado: a gente só entra em ação quando realmente precisa, evitando desgastar o paciente antes da hora e focando no que importa, quando for necessário.
Nesse processo, pode surgir a dúvida: o paciente pode morrer de um câncer indolente? A resposta é que, na maioria dos casos, as pessoas vivem muitos anos com a doença controlada. E vivem bem.
Então, se o seu médico falou em watch and wait (ou vigilância ativa), respira. Entenda o porquê. Pergunte. Entender o que está acontecendo com o seu corpo é parte do tratamento.
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