28/03/2024
Recentemente, a metanálise de Haq et al. no European Journal of Preventive Cardiology envolveu 6 estudos com 45.919 indivíduos assintomáticos com menos de 55 anos (idade média de 43,1 anos), 69,7% do s**o masculino, sem manifestações prévias de doença cardiovascular aterosclerótica e submetidos a quantificação de CAC. O seguimento médio dos participantes foi de 12,1 anos e a distribuição dos fatores de risco abrangia 49,1% com história familiar de doença arterial coronariana, 40,4% com hiperlipidemia, 21,7% hipertensos e 13% tabagistas.
A presença de qualquer CAC (pontuações > 0) foi associada a um risco 80% maior de eventos cardiovasculares [HR 1,80, IC de 95% 1,26–2,56, P = 0,012). Um CAC > 100 mostrou razão de risco elevada para eventos cardiovasculares maiores (Sigla MACE em inglês, correspondendo a infarto do miocárdio, acidente cerebrovascular e morte cardiovascular): (6,57, IC 95% 3,23–13,36, P100 foi preditor de mortalidade (HR=2,91, IC 95% 2,23–3,80, P < 0,0001).
Os autores concluíram que a presença de CAC “leve”, ou seja, pontuações de 1 a 100, estava associada a maior risco relativo de MACE, enquanto CAC moderado a grave (> 100) relacionava-se tanto a maior risco de MACE quanto a mortalidade total. A figura resume os principais achados deste estudo.