Psicóloga Rakechi

Psicóloga Rakechi A partir de certo ponto não há retorno. É este o ponto a ser alcançado.
🫂| Psicanálise, Corpo, Arte
🌎| Online
🛋️| Presencial em São Paulo/SP

Para ser grande, sê inteiro: nada      Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és       No mínimo que f...
09/05/2025

Para ser grande, sê inteiro: nada
      Teu exagera ou exclui. 
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és 
      No mínimo que fazes. 
Assim em cada lago a lua toda 
      Brilha, porque alta vive.

Fernando Pessoa (Ricardo Reis)

Ganhei esses souvenirs do museu de Freud, de uma pessoa muito especial. Atrás do cartão tem a mensagem mais poética que ...
12/01/2025

Ganhei esses souvenirs do museu de Freud, de uma pessoa muito especial. Atrás do cartão tem a mensagem mais poética que já recebi e isso me fez pensar no que me faz sustentar o caminho árduo que é ser psicanalista.

Minha história com a psicanálise não teve nada de romântico, a princípio. Antes da Psicologia, sequer sabia o que era Psicanálise. Já na graduação, lembro de ter pego o livro do caso Dora na biblioteca e me surpreendido, num deleite de quem lê um livro de literatura, sem pensar no teor técnico daqueles escritos.

Já havia passado por psicólogos de diferentes abordagens: analítica junguiana, fenomenologia, TCC, inclusive da psicanálise, ao qual, apesar de me identif**ar com os profissionais, não havia o tipo de escuta que eu precisava. Foi aí que ganhei um cartãozinho (esse era o mkt da época), rs e fui. Lembro de ter sentado no divã e falado, num misto de angústia e confiança. Era estranho, nunca havia visto aquela mulher, esta silenciosa e atenta, sem oferecer nenhum direcionamento. Não era preciso. Eu já havia entendido. A angústia me ensinou. Já estava escrito, seria psicanalista. Assim, na época, sem sequer saber o que um psicanalista fazia, mas sabendo. O inconsciente, esse saber que não se sabe que se sabe.

Escutei, um dia, que eu fui parar com essa analista, por indefinição: que eu parei lá, por acaso. Discordo, parei lá de caso pensado. Ali a transferência aconteceu, foi ali que eu recordei, revivi, elaborei minhas maiores questões, infantis e atuais. Ali, em meio a angústia, que aprendi a ser psicanalista. A partir do desejo, aquela fagulha que se acendeu, fui me encaminhando nos estudos, na clínica e nas supervisões.

Antes de seguir associando, vou retomar, como boa neurótica, tentando manter o controle do discurso, o ponto que me fez escrever esse texto. Laços, esse é o ponto. Longe de mim investir meu tempo falando da "ineficácia" de uma determinada abordagem, quando sei que o ponto que faz uma análise andar é a transferência. Essa estranheza que senti ali e que trouxe o que há de mais familiar. Tem laços que são assim, esse é o meu com a pessoa que escreveu o que está atrás do cartão... Esse é o meu com a psicanálise.

Nessa foto faltou um montão de gente, mas a ideia dela é agradecer a aposta profissional que a supervisão e coordenação ...
15/12/2024

Nessa foto faltou um montão de gente, mas a ideia dela é agradecer a aposta profissional que a supervisão e coordenação do PROATA fizeram em nós, o que abriu caminhos.

2024 foi um ano e tanto em termos de desenvolvimento. Tive a oportunidade de lidar com casos de alta complexidade, "sair" do consultório e ter a experiência do atendimento ambulatorial institucional (com seus desafios), trabalhar em equipe multiprofissional, exercitar e afinar MUITO a escuta nos atendimentos, supervisões e reuniões de mini equipe.

E, também, foi um período de muitas travessias na análise pessoal, que só o encontro com o outro "em corpo", como disse a Re, possibilitam. Gratidão por tanto! A confraternização de ontem só reafirmou o olhar estruturante que nos ofereceram durante esse período. 💞✨

PROATA 2024  e a construção de laços inesquecíveis 🫂
10/12/2024

PROATA 2024 e a construção de laços inesquecíveis 🫂

Apresentação das Monografias da Pós-graduação em Abordagem Multidisciplinar para os Transtornos Alimentares, pela UNIFES...
04/12/2024

Apresentação das Monografias da Pós-graduação em Abordagem Multidisciplinar para os Transtornos Alimentares, pela UNIFESP.

Curso teórico-prático onde realizamos atendimentos ambulatoriais no CAISM - Vila Mariana, pelo PROATA.

Percurso de muito aprendizado, trocas riquíssimas em equipe, e claro, fazendo circular a Psicanálise aonde quer que eu vá. 🫂

"EU NÃO TENHO NADA PARA DIZER"A enunciação acima, comumente escutada pelos analistas e analisandos de longa data, traz u...
07/10/2024

"EU NÃO TENHO NADA PARA DIZER"

A enunciação acima, comumente escutada pelos analistas e analisandos de longa data, traz um saber imensurável sobre a dinâmica e a evocação das formações do inconsciente no setting analítico. Para aqueles que nunca atravessaram um percurso de análise e que estão desejantes em iniciar uma, mas têm ressalvas nesse sentido, fiquem tranquilos. A angústia frente ao "não ter o que dizer", será diluída através dessa transmissão advinda de nada mais, nada menos que o próprio Freud.

A partir de mecanismos que barram a expressão de conteúdos vistos pelo psiquismo como potencialmente ameaçadores e, portanto, reprimidos, há a possibilidade de suspender tal barreira e acessar a consciência através da NEGATIVA.

O que signif**a dizer que as sessões que se iniciam dessa forma: "Eu NÃO tenho NADA para dizer", costumam ser às que mais nos deparamos com as questões do sujeito. Isso não apenas porque, sem um saber antecipado, a associação livre, via régia de acesso ao inconsciente, acontece, de fato. Mas também por este NÃO e NADA, que denunciam, sem fielmente determinar, o desvelamento de que, na verdade, há MUITO que ser dito.

PARA QUE(M) SERVE UMA ANÁLISE?Para todos aqueles que sofrem com os atravessamentos da linguagem. O que é isso na prática...
04/10/2024

PARA QUE(M) SERVE UMA ANÁLISE?

Para todos aqueles que sofrem com os atravessamentos da linguagem. O que é isso na prática? De forma bem simplista, sofrer por uma posição de discurso, se queixar de ocupar justamente uma posição que se goza em ocupar (a título de exemplo – aquele que assume para si todas as demandas que acredita que o outro precisa - faz tudo pelo outro ou por si próprio, no fim das contas?)

A análise é um espaço de muito trabalho, não se trata de um lócus de diário ou confessionário, mas de dizer o que não sabe que se sabe. Falar livremente a ponto de não saber quem é que está dizendo aquelas palavras – mas questionar, quem as disse? De fazer acordos, encontrar o que pode ser feito laço e o que é preciso barrar.

As sessões e os efeitos delas são para aqueles que entenderam que fugir de si é impossível e que por mais que sejam difíceis as travessias em uma análise, é um enfrentamento necessário.

Para aqueles que estão dispostos a olhar para o armário ou pra debaixo da cama, onde em sua fantasia havia monstros e compreender que “a coisa da qual seu ego infantil fugiu aterrorizado muitas vezes parecerá ao seu ego adulto e fortalecido nada mais que uma brincadeira de criança.” (Freud)

Mais do que nunca, é para aquele corajoso o bastante para repetir sua história quantas vezes forem necessárias, capaz de se escutar como um revisor de texto, que a cada leitura enxerga o texto diferente, algo novo a ser revisitado, construído e reconstruído.

60 anos de Psicologia no Brasil, regulamentada enquanto ciência e profissão.Dia de comemorar ver o mundo, as histórias e...
27/08/2022

60 anos de Psicologia no Brasil, regulamentada enquanto ciência e profissão.

Dia de comemorar ver o mundo, as histórias e as palavras com olhos de crianças grandes.

Também dia de reafirmar o compromisso social dessa linda profissão, que em seus princípios fundamentais, estabelece que a atuação "contribuirá para quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."

Lute como uma psicóloga. Mas acima de tudo, ame a sua luta! 🥰💪
"(..) jurei amor aos meus sonhos."

Feliz nosso dia! 💗💗💗

POR TRÁS DO LITÍGIO HÁ "CRIANÇAS GRANDES" FERIDASEm um estudo psicológico é possível perceber o quanto por trás das dema...
22/07/2022

POR TRÁS DO LITÍGIO HÁ "CRIANÇAS GRANDES" FERIDAS

Em um estudo psicológico é possível perceber o quanto por trás das demandas litigiosas, como disputa de guarda, regulamentação de visitas, alienação parental e outras, escondem-se por vezes, demandas infantis.

Seja pela dificuldade na elaboração do luto do fim da relação que se utiliza do litígio como meio de dar continuidade, pelo sentimento de rejeição, a repetição de padrões da parentalidade e atravessamentos do social na história de vida de cada um dos genitores, desejo de vingança, onipotência e muitos outros sentimentos complexos que precisam, contudo, dar lugar a voz de quem ainda não possui recursos internos para dar conta do seu sofrimento, as crianças pequenas (e adolescentes).

No meio disso tudo, a criança por vezes é coisif**ada, se torna parte/se responsabiliza por um conflito que não é seu, e por vezes essas consequências chegam na clínica, perpassam e prejudicam os vínculos construídos na parentalidade, com essas crianças se tornando outras crianças grandes repetindo esse ciclo sem parar/ barrar, assim como faziam os pais.

Iniciando minha atuação na área de Psicologia Jurídica, agora meu trabalho autônomo será direcionado a clínica e também a atuação como assistente técnica das partes em perícias psicológicas.

Dotada da escuta sensível que a clínica constrói dia após dia e de capacitações em perícia psicológica em Vara de Família, psicologia aplicada a Vara da Infância, Juventude e Violência Doméstica e outras ramif**ações da psicologia judiciária e forense, acompanhada pela supervisão de uma referência atuando há mais de 20 anos em Vara de Família, me permitirei escutar o que dizem as crianças grandes e as pequenas, para então analisar a contribuição que a ciência psicológica possa oferecer a infância e aos rastros dela na vida adulta.

OU ISTO OU AQUILOCecília MeirellesOu se tem chuva e não se tem solou se tem sol e não se tem chuva!Ou se calça a luva e ...
21/03/2022

OU ISTO OU AQUILO
Cecília Meirelles

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não f**a no chão,
quem f**a no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo …
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Sobre o sujeito dividido que todos nós somos! Os ganhos e perdas inerentes a vida...😉

E também, sobre uma escolha pessoal: ou liso ou cacheado? Escolhi eu, o natural! 💙

QUE VIDA EU QUERO LEVAR?Pego de empréstimo as palavras de Raul Seixas, para dizer que análise implica movimento.Moviment...
22/02/2022

QUE VIDA EU QUERO LEVAR?

Pego de empréstimo as palavras de Raul Seixas, para dizer que análise implica movimento.

Movimento na diferença das palavras repetidas, no que insiste em paralisar, no sintoma que de um passa para o outro, no sujeito que aparece toda vez que tenta se esconder, naquele tema que acredita ter se esgotado e aparece na atuação...

No pensamento ambivalente que se move de um pólo para o outro, na saída para o corpo que pede por uma nomeação...

Nos conflitos que projetam o que é de dentro - fora, do medo e do desejo...

No reconhecimento e no não reconhecimento de suas questões...

Movimento na ideia de que se há morte, há vida. E então, que vida eu quero levar?

O AMOR PELO NÃO SABER 💙O paciente chega se queixando de um sintoma, de um sofrimento ao qual enuncia querer se livrar. M...
23/11/2021

O AMOR PELO NÃO SABER 💙

O paciente chega se queixando de um sintoma, de um sofrimento ao qual enuncia querer se livrar. Mas será que ele realmente o quer?

A raiz do sintoma é a ambivalência, o sintoma angustia, mas ao mesmo tempo serve como defesa para a angústia.

Os pacientes, segundo Freud: "nada sabem e, além disso, nada desejam saber".🤔

O sofrimento é então consciente, transtorna vida profissional, relações interpessoais, sexualidade (que engloba todas as demais áreas) e ainda assim traz gozo inconsciente.

Mas e aí, o que fazer com isso?
Deixar de lado o medo que esconde o desejo, ou melhor dizendo, sustentá-lo e seguir, não mais numa posição passiva de: "eu sofro com o que fazem comigo", mas "sou eu quem faz isso comigo"?

Trazer como questão, como enigma, algo que já está dado.❔

"Sofro com a maternidade" - para além dos signif**antes compartilhados por conveniência a manutenção de um sistema social, quais sentidos você carrega sobre a maternidade e outras tantas instituições? Que escolhas você tem feito, a partir disso?

É tempo de questionar. 🧐⁉️

Endereço

São Paulo, SP

Telefone

+5511988875766

Site

http://www.rakechimariadasilva.com/

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Psicóloga Rakechi posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Psicóloga Rakechi:

Compartilhar

Categoria