01/08/2025
E aí, meu povo! A notícia é boa demais pra gente não gritar pra todo lado: o Brasil saiu do Mapa da Fome!
E quem tá celebrando muito essa vitória são os nossos Povos Tradicionais de Matriz Africana.
Cozinhas Ancestrais: A Força Contra a Fome. Sabe por que a gente tá comemorando tanto? Porque pra nós, dos terreiros, barracões, ilês, roças, manzos e casas de axé, a luta contra à fome nunca foi novidade.
Nossas Unidades Territoriais Tradicionais sempre estiveram nas comunidades, distribuindo comida e acolhimento. E não é só por solidariedade, não! É por um princípio que carregamos na alma: tudo que é vivo precisa ser alimentado.
Pra nós, é muito mais do que um direito humano universal; é um princípio sagrado.
Nossas cozinhas ancestrais sempre foram trincheiras no combate à fome – essa palavra que a gente quase nem quer pronunciar de tanto que nos assombra, mas que hoje podemos celebrar sua diminuição.
Bandajila, Agô, Maleme! Em cada canto desse Brasilzão, existe uma cozinha ancestral que tá lá, firme e forte, pronta pra alimentar.
O Futuro fora do Mapa da Fome.
Mas olha! Sair do Mapa da Fome é só o começo.
Pra gente continuar fora dessa lista, precisamos que nossas cozinhas ancestrais sejam reconhecidas de verdade.
É fundamental que a gente tenha orçamento garantido nos próximos anos pra programas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e pra fortalecer as iniciativas das cozinhas ancestrais e solidárias. É preciso também estimular a preservação dos nossos povos e comunidades tradicionais.
Quanto mais a gente valorizar o nosso jeito de viver, mais a gente reduz o consumo de produtos ultraprocessados. As comidas de verdade ganham visibilidade.
E a nossa juventude, às mulheres da tradição? Elas precisam ser alimentadas do próprio valor, da força da sua história, nessa luta contra a colonialidade e pela soberania alimentar dos nossos povos.
Que o Ngunzo, o Àce, o Àse, à força da fartura continue nos guiando!
Texto: Kota Mulanji ( )