30/03/2025
Lucidez terminal
Quantas vezes já ouvimos falar a respeito de pacientes em fase terminal que, de forma repentina, acusam melhora do seu estado, surpreendendo médicos e familiares? Quantas vezes ouvimos histórias a respeito de enfermos que, apresentando confusão mental ou demência, desde algum tempo, adquirem plena lucidez, conversando com quem esteja ao lado, de forma plena e consciente?
Também ouvimos que isso dura pouco. Talvez algumas horas, um dia, para depois morrerem.
Aquele médico, cientista de primeira linha, tinha uma história muito peculiar, vivenciada por ele próprio. Não havia explicação científica para o que ele presenciara e o assombrara. No entanto, ele não pôde se furtar a admitir a verdade profunda e confortante; somos Espíritos imortais!
E todos os que nós amamos estamos interconectados, nesta vida e na outra. A morte não apaga os luminosos raios da estrela do amor nem destrói os laços do afeto.
Seu pai estava enfermo há cinco anos e entrara em uma fase bastante difícil, nos últimos vinte e quatro meses; incapaz, demente, sentia muita dor e insistia que queria morrer. Não suportava mais viver daquela forma, confessava.
Então, de repente, pareceu tomado de lucidez. Fixou o olhar no pé da cama e se pôs a fazer observações a respeito da vida e da família. O filho, John, prestou atenção no que dizia seu velho pai e se deu conta de que ele conversava com alguém. Ninguém menos do que a sua mãe, morta há uns sessenta e cinco anos, quando ele era apenas um adolescente.
John pouco ouvira falar a respeito dessa avó, mas agora verificava que seu pai mantinha com ela uma animada conversa. E pelo tom do diálogo, John deduziu que ela estava dando as boas vindas ao Espírito de seu pai.
Depois de alguns minutos, o enfermo se voltou para ele com uma expressão totalmente diferente no olhar. Nada lembrava aquela alienação dos últimos dois anos. Ele sorriu, irradiando uma aura de Paz jamais antes apresentada.
Durma, papai. – Disse o médico. Descanse, está tudo bem!
E foi exatamente o que ele fez. Fechou os olhos, e se deixou levar, com uma expressão de serenidade no rosto.
Ele partiu e John guardou a certeza de que a sua avó estivera ali, recebendo nos braços o Espírito do filho do qual se apartara fisicamente há mais de sessenta anos.
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Nossos amores não nos abandonam. Partem para a Pátria Espiritual mas mantém, permenecem com os olhos fixos nos que permanecem encarnados ainda com tarefas a realizar, missões a desempenhar na Terra. Periodicamente, nos enviam suas vibrações de bom ânimo. Por vezes, nos visitam nas asas do sonho, nos abraçam, nos falam da saudades da separação, nos dão conselhos... Finalmente, quando se aproxima o momento da nossa partida, vem ao nosso encontro para nos amparar, ficam à postos para nos desligar do corpo físico assim que desencarnarmos. Eles vêm nos tranquilizar, falando de sua própria experiência e do que nos espera do Outro Lado da vida, em nosso verdadeiro Lar.
Estão ali para nos recepcionar, para nos abraçar e nos dizer: Seja bem-vindo meu amor! Demorou um pouquinho mas nos reencontramos. Estamos juntos novamente!!!
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