04/06/2023
Vejo muitas pessoas fazendo escolhas com base no que está em alta, no que parece promissor. Se você está fazendo isso, pode estar a um passo de cometer o seu maior erro. Digo por experiência própria!
Quando saí do colégio, fui estudar sistemas de informação, a graduação estava em alta e prometia excelentes oportunidades de trabalho e sucesso profissional. Durei 6 meses no curso. Quando a secretaria perguntou se eu gostaria de trancar a matrícula para poder voltar mais tarde ou se eu abandonaria de vez, não hesitei e disse: “Vou abandonar”. Foi um alívio!
O conteúdo não tinha nada a ver comigo, eu tinha dificuldades com as matérias. Uma coisa alimentava a outra, sabe? Eu não gostava, por isso não me dedicava e consequentemente não ficava boa. E não ser boa, me desanimava a me dedicar, porque era um esforço.
Precisamos saber o momento de começar e o momento de parar. Não faz sentido insistir em algo que não te faz bem, não te impulsiona e não te faz feliz, ao menos em alguma parte do tempo.
Mudei! Depois de algum tempo, escolhi Psicologia. Escolhi porque as matérias me instigaram, despertaram meu interesse, minha atenção. Acertei!
Quando fazemos o que queremos, o que nos cativa, a experiência é outra, alimentamos um ciclo virtuoso. Me interesso, por isso me dedico e isso me faz melhor. Se sou boa, me animo e se estou animada, me dedico mais. 5 anos de graduação e mais 10 ainda dedicados à estudar psicologia, feliz, que bom!
Lá atrás, quando as pessoas perguntavam: “Nossa, mas vai abandonar a faculdade, já cursou 6 meses?” eu só pensava, é sempre tempo e eu infelizmente não sou boa nisso. Não quero insistir aqui, não é essa trajetória que quero pra mim. Precisei entender do que eu gostava, no que era boa, o que transbordava de mim.
Por isso, eu digo, não façam escolhas de fora pra dentro, façam escolhas de dentro pra fora! Assim, vocês serão melhores, mais felizes e oferecerão o melhor de vocês pro mundo.