Grupo Reinserir Psicologia

Grupo Reinserir Psicologia Somos um grupo de psicólogos que busca construir uma psicologia popular, crítica e humanizada em diversas áreas. CRP 8822J
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01/08/2025

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À primeira vista, parecem coisas de mundos diferentes, mas todas essas escolhas carregam algo em comum: o desejo humano ...
31/07/2025

À primeira vista, parecem coisas de mundos diferentes, mas todas essas escolhas carregam algo em comum: o desejo humano profundo de pertencimento.

Entendemos que nossas formas de ser, sentir e desejar se constroem nas relações sociais. Não somos sujeitos isolados que escolhem livremente o que gostam ou não.

Nossa subjetividade é moldada nas tramas da cultura, nas vivências coletivas, nos símbolos compartilhados. Vivemos em uma sociedade em que os espaços de encontro, convivência e criação coletiva estão cada vez mais esvaziados. Escolas estão precarizadas, centros culturais fecham, praças perdem seu uso cotidiano e associações comunitárias deixam de existir. Nesse contexto, o consumo passa a ocupar o lugar da construção de identidade.

Quando o espaço coletivo se retrai, a compra se transforma em gesto de expressão. Vestir uma camiseta com uma frase engraçada, ir a shows caros, carregar uma bolsa de uma curadoria de filmes, pedir o mesmo doce com caramelo vermelho que viralizou. Tudo isso se torna uma forma de dizer: “olha quem eu sou”, “com quem eu me pareço”, “onde eu pertenço”.

Muita gente critica esses comportamentos, rindo do que considera “modinha” e exaltando o que chama de “culto” ou “refinado”. No entanto, todas essas escolhas operam sob a mesma lógica. Estamos, de diferentes formas, buscando nos conectar, mesmo quando esse caminho está mediado pelo mercado.
Essa crítica não é sobre afirmar que tudo isso é falso ou vazio. Pelo contrário, trata-se de reconhecer que o consumo está preenchendo, da maneira possível, um espaço que antes era ocupado pela vida coletiva. Enquanto as formas de encontro e construções coletivas estiverem esvaziadas e fragilizadas, continuaremos tentando nos encontrar em embalagens, estampas, feeds e bolsas.

Por isso, mais do que julgar o gosto do outro, é importante desenvolver consciência crítica sobre o modo como estamos construindo nossas subjetividades. Entender o que nossos hábitos revelam sobre as condições sociais em que vivemos pode ser o primeiro passo. E, com essa lucidez, talvez possamos criar espaços mais vivos de trocas que não passem necessariamente por um carrinho de compras.

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Descrição de imagem: Imagem colorida com várias tampas de canetas marcadoras organizadas. Do lado inferior direito uma faixa verde com o título do texto. “Morango do amor, Boobie Goods e a ecobag da Mubi: o que tudo isso tem em comum?”. E o logo colorido do Grupo Reinserir.

A pré-venda do nosso livro já começou!✨ https://www.editorapatua.com.br/notas-de-uma-clinica-do-abraco-cronicas-do-grupo...
24/07/2025

A pré-venda do nosso livro já começou!

https://www.editorapatua.com.br/notas-de-uma-clinica-do-abraco-cronicas-do-grupo-reinserir/p

Mas a gente queria muito que, quem puder, espere pra comprar no lançamento presencial em São Paulo — que vai acontecer em breve (avisamos assim que a data estiver confirmada!).

A pré-venda foi pensada pra quem não vai conseguir estar com a gente no dia, mas ainda assim quer garantir o livro e fazer parte desse momento.

Se esse for o seu caso, já pode garantir seu exemplar.
Se você puder estar, espera a gente — vai ser especial dividir isso com vocês.

Em breve, voltamos com mais detalhes.

✨ Link nos stories e destaques! ✨

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Escrito por pares que trilharam uma dupla formação: o bacharelado em Psicologia e a construção diária dos Movimentos Sociais Brasileiros, esse livro extrapola as fronteiras entre clínica, política e afeto, experimentando um caminho que corresponde não mais às demandas de normatização de uma Psicologia Clínica asséptica, mas sim, às necessidades de escuta, acolhimento e transformação de uma classe popular que sofre, pulsa e aprende a se rebelar.

Propor um atendimento humanizado a preço social é como equilibrar a balança dentro de um sistema que favorece quem pode ...
23/07/2025

Propor um atendimento humanizado a preço social é como equilibrar a balança dentro de um sistema que favorece quem pode pagar mais. É recusar-se a aceitar que a sobrevivência se resume a trabalhar e a comer. É deixar claro que todo ser humano precisa e deve ter acesso à terapia. Quem lucra com nosso adoecimento sabe que nossa saúde mental nos liberta de sua dependência. O difícil acesso ao acompanhamento psicoterapêutico faz parte dessa engrenagem. Por isso, não nos renderemos.

Na contramão do mercado convencional, defendemos que a saúde mental não deve ser mercantilizada, pois é indispensável à dignidade humana. Por compartilhar dos mesmos ideais, juntaram-se a nós dezenas de profissionais que entendem que todo ser humano tem o direito a ser assistido, principalmente quem, ao longo da história, se tornou vítima do capitalismo, colocados à margem dos direitos humanos. Por isso, não nos renderemos.

Entender e fazer-se entender que saúde mental é um direito essencial para impulsionar cada vez mais mulheres, LGBTQIAP+, pretos e pretas, povos originários e quaisquer pessoas de pouco poder socioeconômico a se colocarem como pertencentes a uma vida digna. Quem enriquece com nossa dor nos coloca em uma prateleira na qual precisamos escolher entre sobreviver ou nos cuidar. Por isso, não nos renderemos.

Dentro do próprio capitalismo, conseguimos construir uma empresa que não visa ao lucro, mas ao suficiente para se manter como apoio a quem mais perde com ele. O capitalismo não nos quer felizes. O capitalismo nos quer doentes, sonhando em conquistar o mínimo – desde que esse mínimo não tire um mísero centavo do bolso deles. Por isso, não nos renderemos.

Enquanto a dignidade humana for mercantilizada, o Grupo Reinserir existirá.

Imagem de .saturno

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Descrição da imagem: A imagem mostra uma mão preta segurando uma rosa dourada e uma foice, sobre um fundo azul. A frase "Não se render a quem lucra com nosso adoecimento" critica sistemas que exploram o sofrimento. No canto inferior esquerdo, o logo do Grupo Reinserir.

O Bobbie Goods tem lugar no cuidado diário da saúde mental? Como podemos pensar esse fenômeno diante dos impasses modern...
22/07/2025

O Bobbie Goods tem lugar no cuidado diário da saúde mental? Como podemos pensar esse fenômeno diante dos impasses modernos que estamos submetidos?

A nossa psicóloga parceira, , conversou sobre o tema com o pessoal do , e você pode conferir na reportagem abaixo:

https://www.metropoles.com/saude/beneficios-livro-colorir-bobbie-goods

O Bobbie Goods tem lugar no cuidado diário da saúde mental? Como podemos pensar esse fenômeno diante dos impasses modern...
22/07/2025

O Bobbie Goods tem lugar no cuidado diário da saúde mental? Como podemos pensar esse fenômeno diante dos impasses modernos que estamos submetidos?

A nossa psicóloga parceira, Letícia Pizarro, conversou sobre o tema com o pessoal do Metrópoles, e você pode conferir na reportagem abaixo:

Especialistas explicam como atividades manuais, como colorir os livros Bobbie Goods, podem ser benéf**as para a saúde

📚✨ Veio aí: vai ter lançamento do livro do Reinserir na FLIP 2025, sim!📍 No dia 2 de agosto, das 17h às 18h, a gente se ...
19/07/2025

📚✨ Veio aí: vai ter lançamento do livro do Reinserir na FLIP 2025, sim!

📍 No dia 2 de agosto, das 17h às 18h, a gente se encontra em Paraty, na — uma iniciativa coletiva que reúne editoras independentes e vozes que insistem em criar frestas no impossível.
Vai ter sessão de autógrafos, abraço apertado e troca de ideias com quem quiser chegar.

O livro nasce da prática clínica, mas também da rua, da militância, das perguntas que se repetem nas conversas de corredor. É o desejo de escrever em conjunto, dando espaço para as vozes que cruzam nosso caminho e fazem o Reinserir acontecer.

🫂 E se você não puder estar em Paraty, tá tudo certo: vai ter lançamento em São Paulo em breve — e a gente quer te ver lá!

Nosso psicólogo parceiro, Victor Bastos Ventura, conversa sobre chat GPT e psicoterapia na CBN Amazônia. Você pode confe...
17/07/2025

Nosso psicólogo parceiro, Victor Bastos Ventura, conversa sobre chat GPT e psicoterapia na CBN Amazônia.
Você pode conferir no minuto 30:10:

📷 instagram.com/cbn.belem🔵 facebook.com/CBNAmazoniaBelemOu acesse todos os nossos links pelo 🟢 linktr.ee/cbn.belem

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15/07/2025

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O "baby blues" costuma aparecer logo depois do parto, quando as emoções estão à flor da pele. É algo mais passageiro, um...
14/07/2025

O "baby blues" costuma aparecer logo depois do parto, quando as emoções estão à flor da pele. É algo mais passageiro, uma oscilação natural, como se o corpo estivesse se adaptando a tantas mudanças.

A depressão pós-parto é diferente. É como um peso que f**a, que não vai embora. O tempo passa, e ela segue sem energia, sem motivação, como se estivesse assistindo à própria vida de fora. Não é só uma fase. É uma dor constante que afeta não só o seu bem-estar, mas também o vínculo com o bebê e com ela mesma.

Se isso se arrasta por dias, semanas, já não é só adaptação, é algo mais sério.

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Descrição da imagem: Ilustração de uma mulher segurando um bebê nos braço. O fundo é composto por tons suaves de lilás com formas onduladas. No topo da imagem, há um texto que diz: "Como diferenciar o "baby blues" da depressão pós-parto?". No canto inferior direito, está o logotipo do Grupo Reinserir.

Nosso psicanalista, Gabriel Hirata, aparece no episódio abaixo no minuto 14:18 contando brevemente como o vitiligo impac...
12/07/2025

Nosso psicanalista, Gabriel Hirata, aparece no episódio abaixo no minuto 14:18 contando brevemente como o vitiligo impacta a autoestima e saúde mental.

Obrigada pelo convite, ! ✨

O vitiligo, condição autoimune que atinge de 0,5% a 2% da população mundial¹, é caracterizado pela perda de pigmentação da pele, causando manchas brancas pel...

Desde que ouvi esse questionamento, ele ecoa em mim com frequência: amadureci ou amargurei? Aos trinta, não é só o corpo...
11/07/2025

Desde que ouvi esse questionamento, ele ecoa em mim com frequência: amadureci ou amargurei? Aos trinta, não é só o corpo que muda, são também as expectativas que se tornam mais duras.

O que parece amadurecimento, muitas vezes, é só o acúmulo de renúncias empurradas goela abaixo. A lista do que “não podemos mais fazer” cresce com os anos: não pode mais sair demais, vestir demais, ousar demais, experimentar demais.

Frases como “não tenho mais idade pra isso” se repetem como se fossem verdades absolutas e muitas vezes vêm carregadas de uma moralidade disfarçada de autocuidado.

Sim, o corpo muda. O cansaço chega mais cedo, a ressaca dura mais, e escutar os próprios limites é parte importante do processo de amadurecer. Mas há uma diferença entre respeitar nossos ritmos e transformar esses limites em regras rígidas — regras que, no fundo, dizem menos sobre saúde e mais sobre adequação.
Aos poucos, esse modo de viver nos tira de espaços importantes. De encontros, de trocas, de rituais coletivos de prazer e presença. O que era festa vira exagero. O que era pausa vira preguiça. O que era liberdade vira risco. E com isso, não só nos afastamos dos outros, mas vamos também esvaziando os sentidos.

É como se a passagem do tempo viesse acompanhada de um script de contenção. Como se crescer signif**asse apenas caber.

Mas caber onde? E pra quê?

Essa normatividade disfarçada de maturidade serve menos para proteger e mais para padronizar. Quem não se ajusta é lido como imaturo, irresponsável, ou até ridículo. O desejo de continuar experimentando, testando, errando — que deveria ser preservado como potência de vida — vai sendo silenciado em nome de um ideal de estabilidade que, muitas vezes, não é nem nosso.

Amadurecer deveria ser sobre sustentar escolhas com mais consciência, não sobre perder o direito à espontaneidade. O problema é quando o “amadurecer” é colonizado por um modelo de vida idealizado, onde a leveza dá lugar ao cansaço, e a alegria vira ruído.

É possível amadurecer sem se amargurar, mas talvez isso exija desobedecer. E reaprender a ocupar, com presença, os espaços que ainda nos fazem sentir vivos.

Imagem de

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Descrição da imagem: A imagem mostra dois garotos felizes descendo uma ladeira em carrinhos de rolimã, vestindo camisas de times de futebol. O cenário é nostálgico, com folhas caídas, céu colorido e um clima de infância e liberdade. No topo, há o título do texto “Amadureci ou amargurei?” e o logo do Grupo Reinserir.

Endereço

Rua Barão De Itapetininga, Número 273, 10° Andar, Sala 01, Bairro República
São Paulo, SP
01042-913

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 07:00 - 22:00
Terça-feira 07:00 - 22:00
Quarta-feira 07:00 - 22:00
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Sexta-feira 07:00 - 22:00
Sábado 07:00 - 16:00

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Categoria

Unidos por uma saúde mental popular

Historicamente, a noção de saúde mental foi construída a partir de uma perspectiva de normatização e adequação das pessoas, isso priorizando as necessidades de produção da sociedade que vivemos. Nesse processo, àqueles marginalizados pela sociedade coube o lugar da loucura, da exclusão, do cárcere, e àqueles que detém o poder coube o investimento em bem-estar social e privado. É nesse sentido que o Grupo Reinserir tem como princípio a transgressão dessa lógica, a partir da clínica social, que busca democratizar o acesso da classe trabalhadora, LGBTs, Negros e Negras, ao cuidado e saúde mental, contando com profissionais que negociam valores junto com seus pacientes, que incentivam a apropriação do espaço clínico a seu favor.

Aqui no Reinserir, entendemos que o processo de saúde mental tem sido compreendido com um olhar médico e alienado da história de vida do sujeito, que o culpabiliza e produz ainda mais sofrimento. Por isso, temos como proposta romper com esses olhares reducionistas, construindo um espaço seguro de fala, troca e conhecimento, que fortaleça os sujeitos em seus processos de mudança. Para isso é necessário repolitizar a saúde mental, sendo o sofrimento produzido de maneira coletiva e social, a resposta a ele também deve ser.

Bem-vindes!