14/04/2025
O Grito da Seda é um filme francês, dirigido por Y von Marciano e lançado em 28 de agosto de 1996. É uma obra cinematográfica inspirada na vida do médico psiquiatra Clérambault que, tendo também como parte da trama, Marie, uma mulher cuja relação com a seda transcende a mera apreciação estética, mergulhando no campo do fetiche em uma narrativa que transita entre o drama, a poesia e o erotismo, oferecendo uma experiência singular, propondo uma análise que transcende o julgamento moral.
A trama revela o fascínio do psiquiatra pelo tecido como objeto de estudo, tanto em suas propriedades físicas quanto em sua capacidade de despertar fantasias e obsessões nos indivíduos. Simultaneamente, a figura de Marie traz a personificação da complexidade do desejo, desafiando as convenções de uma sociedade francesa marcada por valores repressivos.
A seda é utilizada no filme como símbolo de poder, atração, mistério, desejo e transgressão. No filme, Marie exemplifica a teoria freudiana do fetiche enquanto uma fixação, sendo a sua relação com a seda carregada de uma carga sensorial, emocional e sexual que escapa à compreensão dos outros personagens que representavam a sociedade daquela época. Clérambault, por sua vez, enquanto estudioso, encontra na figura dessa personagem uma espécie de objeto de experimentação científica e de desejo, questionando os limites éticos e emocionais entre médico e paciente.
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Autora: Patrícia Torres
É médica veterinária de formação, mestre em Patologia Animal pela UnB, com especialização em Medicina Veterinária Legal e Perícia Criminal. Atuou na área de Medicina Veterinária Legal e dedicou-se à pesquisa. Após alguns anos construindo carreira nas ciências forenses, decidiu se reinventar, encontrando na poesia um espaço para explorar sua escrita e as complexidades humanas — amor, dor, identidade, autodescoberta, desejo, culpa, solidão e liberdade. Assim, Obscena Liberdade marca o início de uma nova jornada, onde palavras substituem laudos e pareceres, e os versos expressam aquilo que a ciência, muitas vezes, não consegue explicar.