18/03/2025
Eu lembro exatamente do dia em que descobri que minha filha mais velha ganharia uma irmã. Um misto de alegria e medo tomou conta de mim. Como seria dividir meu coração em dois? Será que daria conta de amar igualmente, de estar presente para as duas? Será que minha primogênita sentiria que estava perdendo um pedaço de mim?
O tempo passou e eu descobri algo lindo: o amor não se divide, ele se multiplica. Vi nascer entre elas um laço que é só delas. Uma parceria que eu não poderia ensinar, apenas testemunhar. Às vezes, brigam por um espaço no sofá ou por um brinquedo qualquer, mas, no instante seguinte, estão deitadas juntas, inventando histórias e rindo como se o mundo fosse só delas.
Ser mãe de duas me ensinou que não preciso ser perfeita, só presente. Que cada uma precisa do seu tempo, do seu olhar, do seu abraço — e que, no fim, o que realmente importa é que elas saibam que, não importa o que aconteça, sempre terão uma à outra.
E eu? Eu sigo daqui, olhando com o coração transbordando, aprendendo diariamente com o amor genuíno que existe entre irmãs.