15/06/2025
Há três anos entrei em contato com o livro “Banzeiro Okotó: Uma viagem à Amazônia o centro do mundo” de Eliane Brum.
Na época, com um misto de dor e encantamento, publiquei a seguinte citação no meu Instagram:
“Entendi que, sim, eu seguiria fazendo o melhor possível, mas teria que aceitar carregar as contradições de existir no capitalismo mais predatório”.
Numa daquelas situações, que só a sincronicidade explica, me vejo prestes a fazer parte de uma mesa no Congresso da AJB em comemoração aos 150 anos do nascimento de Jung, articulando com nada mais, nada menos que com a própria Eliane Brum.
Colocar a Amazônia “o centro do mundo” e o que acontece lá como foco da psicologia analítica será interessante.
Na verdade, toda a proposta do Congresso é interessante, pois de forma corajosa coloca o mundo e as questões contemporâneas no centro, e convida a Psicologia Analítica a fazer reverência à realidade da vida vivida, a sair do consultório e a pisar na terra com os pés descalços.
Olhar para a realidade da Amazônia, e refletir sobre o que esta realidade diz de nós e das manifestações da psique no mundo contemporâneo, é nada mais nada menos do que fazer o que JUNG certamente já o fazia, quando seguia em suas excursões pelo mundo, em busca de pistas arquetípicas que o conectasse com a sua mais profunda humanidade.
No nosso caso, há uma diferença e um convite: olhar para este centro, como brasileiros e não como europeus. E o que será que isto significa? Que lentes serão estas ?
Vem com a gente, com a sua lente... te espero para um diálogo com Eliane Brum, e sua experiência de viver o banzeiro, e de deixá-lo viver por intermédio dela... Informações