
02/04/2024
De acordo com o CID-11 (Classificação Internacional de Doenças criado pela Organização Mundial da Saúde com publicação em 2022) o Transtorno do Espectro do Autismo (A602) se caracteriza por prejuízos na comunicação e interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.
Também conhecido como TEA, é uma condição do neurodesenvolvimento e que pode já apresentar sintomas desde os primeiros meses de vida do bebê. Apesar de não haver dados consistentes recentes sobre a população TEA no Brasil, em 2023 o CDC (EUA) divulgou que em média a cada 36 crianças com idade de oito anos, estaria dentro do Espectro.
O Autismo também é chamado de Espectro por ser heterogêneo e se manifestar de diferentes formas. A divisão atual entre níveis 1, 2 e 3 descritas pelo DSM-5, se refere ao nível de suporte necessário para tarefas cotidianas.
Fatores gestacionais (dentre eles idades paterna e materna, uso de valproato, infecções, prematuridade e sofrimento fetal), fatores genéticos e fatores ambientes já são vistos como risco para TEA.
O diagnóstico é clínico e feito em conjunto por diversas especialidades, realizado através de entrevistas, observações, instrumentos de avaliação, exames que possam descartar outras condições, além de informações das famílias e cuidadores em geral.
Além disso, o TEA em muitos casos pode vir acompanhado de comorbidades, dentre elas: TDAH, Deficiência Intelectual, TOD, Depressão, Ansiedade, entre outras.
Em 2012 foi criada a Lei 12.764, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além disso, em 2020, a Lei 13.977 criou a carteira de identificação da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) garantindo a prioridade nos atendimentos.
Hoje em dia, as pessoas com TEA tem feito uso frequente de cordões de identificação sendo eles: girassóis que representam deficiência oculta (também utilizado por outras condições) ou cordão de quebra-cabeça que se refere especificamente ao autismo.
Através de intervenções interdisciplinares, é possível melhorar o curso ao longo da vida das pessoas com TEA!