
26/09/2025
Ao conversar com os pais no consultório sempre ouço reclamações sobre uma criança na classe do filho que tem um comportamento muito negativo: é agressivo, brigão, manipulador ou desobediente. Essas crianças são muito malvistas pelos pais que acabam pedindo aos filhos que não se juntem a elas. Nestes momentos sempre pedem orientação do que fazer.
As dicas que costumo dar:
1 – O primeiro passo é perguntarmos se realmente é uma má influência para o nosso filho. Podemos convidá-lo para casa e passar um tempo com a criança ou com os seus pais para comprovar os seus valores, se são parecidos com os nossos, se é uma criança travessa ou se poderia levar o seu filho por um caminho não desejado mesmo ou colocá- lo em uma situação desconfortável.
2 – Não proibir sem dialogar. Se dermos uma proibição expressa contra a criança é provável que nosso filho ou filha se rebele contra esta regra e continue brincando com o amiguinho que não desejamos. No entanto, se tivermos um trabalho constante em fazer com que o nosso filho veja, com exemplos de coisas que já ocorreram, que esse amigo não é bom para ele, essa mensagem será entendida.
3 – Se o suposto ‘amigo’ agredi-lo de forma repetida é necessário intervir e falar com a escola ou com os pais para que fiquem cientes do que acontece e possam dar um fim a essa situação.
Seja como for, devemos explicar às crianças o que é amizade, para que entendam e compreendam quando um amigo é bom ou ruim. Devem saber que os amigos de verdade são aqueles que não tentam nos prejudicar, mas que nos apoiam, gostam da gente e nos respeitam.
Para que a criança aprenda sobre o valor da amizade, é necessário gerar nelas, noções, conhecimentos, habilidades, emoções, vivências, sentimentos e que a preparemos para viver com harmonia e respeito.
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