30/05/2025
Às vezes, o pedido de ajuda chega disfarçado:
— em respostas automáticas do tipo “tá tudo certo”;
— na falta de energia pra pequenas tarefas;
— em mudanças sutis no jeito de falar, de olhar, de se relacionar com o mundo.
E tudo isso pode passar despercebido, principalmente quando estamos acostumados a pensar que sofrimento tem sempre cara de urgência.
No meu atendimento, parte do trabalho é perceber o que não foi dito, o que ficou nas entrelinhas, no tom de voz, nos silêncios longos, nos detalhes que parecem pequenos, mas dizem muito. Nem sempre quem sofre consegue nomear o que sente, mas isso não quer dizer que não esteja pedindo ajuda.
Psicoterapia também é isso: construir um espaço onde o sofrimento pode, aos poucos, encontrar palavras.
Mesmo que no começo ele venha só em forma de cansaço, confusão ou um “não sei explicar”.
Ficar atento a esses sinais — em você ou em alguém próximo — pode ser o primeiro passo para mudar uma história.
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