Patricia Barrachina Camps

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O que é cuidado para você?Na clínica, é comum encontrar histórias de quem sentiu ser amado, mas cresceu em vínculos inst...
22/09/2025

O que é cuidado para você?

Na clínica, é comum encontrar histórias de quem sentiu ser amado, mas cresceu em vínculos instáveis, nos quais a previsibilidade, a coerência e a constância estavam ausentes. Sem esses pilares, aquilo que John Bowlby chamou de base segura não se forma — e o mundo interno se organiza a partir da incerteza, do medo de perder o chão.

Por outro lado, a segurança pode florescer mesmo sem grandes demonstrações de afeto explícito. Para a constituição do apego, mais do que gestos intensos, importa a confiabilidade: a presença que se repete, a previsibilidade que estrutura, o cuidado consistente que oferece abrigo e liberdade para explorar.

Amor é gesto.
Segurança é chão.

E distinguir essas duas experiências é fundamental para compreender nossas formas de apego e os impactos que carregamos ao longo da vida.

Considero fundamental perguntar:
O que é cuidado para você?

Como você cuida?

As expressões de cuidado se constituem de formas diferentes e reconhecer isso é essencial nas relações consigo, com o outro e com o mundo.

E você, quando olha para sua história, reconhece mais a marca do afeto visível ou da segurança vivida?

Com carinho,

Pat.

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

Há anos percebo na clínica um tipo de luto que carrega dor, mas raramente encontra acolhimento. Luto sem velório, luto s...
12/09/2025

Há anos percebo na clínica um tipo de luto que carrega dor, mas raramente encontra acolhimento. Luto sem velório, luto sem ritual, luto que não cabe no reconhecimento social.

No consultório, escuto histórias semelhantes: o fim de um relacionamento com uma ex–parceria que anos depois ainda ecoa; a despedida de um animal querido, que muitos tratavam como “só um bichinho”; o fim de um relacionamento que parecia pequeno demais para o tanto que doeu.

Quando esse luto não é reconhecido, a pessoa f**a sem lugar para chorar, sem espaço para lembrar e até com menos chance de receber escuta clínica que legitime o que sente.

Kenneth Doka chama isso de luto não reconhecido: quando a perda “não pode ou não é abertamente reconhecida, socialmente validada ou publicamente apoiada”

Por isso, acredito ser fundamental legitimar essas perdas invisibilizadas e acolhê-las como parte genuína da experiência humana.

Em terapia, escutamos essas dores não só para elaborar o que foi perdido, mas para dar sentido ao que permanece em transformação.

Às vezes, só ter um lugar no qual a dor pode existir, já muda muito. Atuamos como testemunha e companhia, que acolhe, confirma e oferta espaço amoroso. O luto é um direito!

Com carinho,

Pat.

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

Somos, em nossa natureza, seres de relação. Existimos a partir do olhar de um outro humano, que confirma nossa existênci...
05/09/2025

Somos, em nossa natureza, seres de relação. Existimos a partir do olhar de um outro humano, que confirma nossa existência e inaugura nossa humanidade. Ao nascermos, e nos primeiros anos de vida, vivemos uma experiência relacional constitutiva, em que, mais do que a satisfação de nossas necessidades básicas, o cuidado atento e amoroso possibilita a vivência e a internalização de uma experiência de amparo e segurança.

É nesse cenário que John Bowlby, ao propor a Teoria do Apego, nos lembra que o vínculo não é acessório, mas fundamento. O apego é um sistema inato, presente desde o início da vida, que assegura a sobrevivência do bebê ao mantê-lo próximo de sua figura de cuidado. Essa relação inaugura a noção de base segura: um cuidador que acolhe e protege permite que a criança explore o mundo, sabendo que poderá retornar a um porto seguro.

Nessa tessitura, formam-se os modelos operacionais internos, representações que a criança cria sobre si mesma (“sou amada, sou digna de cuidado?”) e sobre os outros (“posso confiar que estarão comigo quando eu precisar?”).

A pesquisa de Mary Ainsworth ampliou esse olhar, identif**ando estilos distintos de apego: o seguro, que favorece a exploração e a confiança, e os inseguros: o evitativo, que mascara a necessidade de vínculo com aparente autossuficiência, o ambivalente, marcado por ansiedade e contradição, e o desorganizado, descrito por Mary Main,no qual o vínculo é atravessado por medo e ausência de uma estratégia coerente de regulação.

Na clínica psicológica, reconhecer essas formas vinculares não tem o objetivo etiquetar, mas compreender a história afetiva que cada pessoa carrega em seu corpo e em seus vínculos.É nesse espaço que o terapeuta pode se tornar uma nova base segura, oferecendo uma experiência reparadora que possibilita reorganizar memórias, transformar modelos internos e restaurar a confiança no encontro humano.

O apego é, assim, a linguagem silenciosa que sustenta a vida: um olhar, um colo, uma presença que diz “você não está só”. Ao falar de vínculos, Bowlby nos recorda que ser humano é, antes de tudo, estar em relação — e que no encontro, na presença e no cuidado, se constrói a possibilidade de seguir.

Antes mesmo de nascer, a criança já habita uma história que começou muito antes dela.Formas relacionais, valores e até m...
03/09/2025

Antes mesmo de nascer, a criança já habita uma história que começou muito antes dela.

Formas relacionais, valores e até mesmo lacunas afetivas dos cuidadores se atualizam no contato com a criança, formando um campo que conecta passado, presente e futuro.

Quando duas histórias se encontram para exercer o cuidado, somam-se recursos e aprendizados — mas também vulnerabilidades herdadas ou formadas ao longo da vida. Esse entrelaçamento pode trazer repetições dolorosas, mas também abrir oportunidades de transformação.

Reconhecer essas dinâmicas não é sobre buscar culpados. É sobre perceber o que se repete, o que precisa ser interrompido e o que pode ser nutrido e transformado.

Nesse espaço de consciência e crescimento, vínculos mais saudáveis podem existir, permitindo que novos caminhos sejam percorridos.

Com carinho,
Pat.

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

No Dia da Infância, podemos associar cuidado a evitar riscos evidentes, como a exposição precoce a conteúdos ou a adulti...
24/08/2025

No Dia da Infância, podemos associar cuidado a evitar riscos evidentes, como a exposição precoce a conteúdos ou a adultização.

Reforço que esse cuidado é necessário e fundamental, mas a proteção vai além do que retiramos da frente da criança.

Se, no cotidiano, o nosso olhar e a atenção se fragmentam entre ela e a tela, a mensagem transmitida é de ausência. E essa ausência também ensina: sobre o próprio valor, sobre segurança emocional e sobre o lugar que ela ocupa na relação.

As relações na contemporaneidade são atravessadas por telas, conteúdos, rolar no feed, e vídeos de poucos segundos. As vidas são atravessadas por excessos e algoritmos. Se perde o tempo de ócio, se perde o sustentar da atenção, se perde o lúdico, o simples, o que não vem pronto. Se perde o gesto espontâneo de estar no mundo.

Precisamos pensar, sim, em como cuidar da segurança e do tempo de tela da criança. Mas também, precisamos examinar a nossa relação com as redes virtuais. Quando o contato humano perde lugar para as conexões virtuais, muito se perde. Perde-se a qualidade da presença.

O encontro genuíno, atento e prazeroso é fundamental para que a criança possa experimentar a presença como um espaço seguro e de reconhecimento.

Com carinho,

Pat.

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

Há dois anos, eu estava no meio de uma mudança que parecia apenas sobre espaço físico, mas que, na verdade, mexia com mu...
15/08/2025

Há dois anos, eu estava no meio de uma mudança que parecia apenas sobre espaço físico, mas que, na verdade, mexia com muito mais: com o meu jeito de estar na clínica, com a forma de sonhar a profissão e com o desejo de criar algo coletivo.

Estamos chegando ao aniversário de dois anos da CoCriar, justamente no Dia do Psicólogo, e eu me pego pensando em como cada mudança deixa marcas, tanto pessoais quanto profissionais.

Talvez seja isso que mais aprendi nesse processo: não existe transformação sem despedida, assim como não existe despedida sem aprendizado.

E é uma alegria enorme ver o quanto trilhamos até aqui, e sentir que ainda há tanto por vir.

Que venham os próximos passos, os próximos encontros e tudo o que ainda podemos construir juntos.

Com carinho,

Pat.

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

Adultos também têm medo de viver o abandono. De não encontrarem compreensão, escuta e lugar.E esse medo, muitas vezes si...
20/07/2025

Adultos também têm medo de viver o abandono. De não encontrarem compreensão, escuta e lugar.

E esse medo, muitas vezes silencioso, pauta relações amorosas, laços de amizade, vínculos profissionais.

Quando ouvimos “apego”, pensamos inicialmente nos primeiros vínculos.

Mas o que muitas vezes não atentamos é que as dinâmicas vinculares formadas ali não f**am na infância, eles seguem, atravessando novos vínculos, decisões e a forma como nos percebemos no mundo. Bowlby nos ensina que o apego se constitui do berço ao túmulo.

Na psicoterapia, essa possibilidade acontece na relação terapêutica: quando o paciente é escutado de verdade, quando a ausência não vira abandono, quando há espaço para o erro, quando cabe a raiva e ainda assim, o vínculo permanece, e muitas vezes, se fortalece.

É aí que o sistema vincular começa a se reorganizar. As nossas matrizes vinculares tem uma plasticidade que permite a ampliação e transformação de nossas formas relacionais. Temos tendência à manutenção, mas com possibilidade de mudança, e esta é a beleza do humano. Somos vir-a-ser, somos processo.

Por isso, falar sobre os vínculos não se limita a um resgate do passado, é um caminho para entender o presente e cuidar da forma como nos relacionamos com o outro e com nós mesmos.

Poder trabalhar com os vínculos na relação terapêutica abre a possibilidade de atualizar nossos modelos relacionais no aqui-agora, no espaço seguro do setting terapêutico.

Me conta, como é para você trazer para a psicoterapia as dinâmicas terapeuta-paciente?

Com carinho,

Pat.

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

Estar por perto não é o mesmo que estar presente.Crianças percebem quando o olhar do adulto não está disponível, e isso ...
13/07/2025

Estar por perto não é o mesmo que estar presente.

Crianças percebem quando o olhar do adulto não está disponível, e isso deixa marcas.

A ausência silenciosa também é sentida. E, muitas vezes, se transforma em comportamentos que pedem por vínculo, não por correção.

Na infância, presença é cuidado.
E o afeto mora nos detalhes do agora.

Com carinho,

Pat

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

A infância está f**ando solitária, e a gente quase não percebe.O brincar coletivo tem dado lugar ao entretenimento solit...
06/07/2025

A infância está f**ando solitária, e a gente quase não percebe.

O brincar coletivo tem dado lugar ao entretenimento solitário.

O riso compartilhado virou emoji. A disputa saudável virou ranking de joguinho.
E os afetos vão sendo mediados por algoritmos, e não por gente.

Essa infância conectada, mas isolada, tem efeitos reais:
na linguagem, na empatia, na regulação emocional, na construção dos vínculos.

Não se trata de tratar como vilão a tecnologia, mas de reconhecer que ela não substitui o que é construído no contato, no toque, no olhar respondido.

Criança precisa de espaço para brincar com o outro.
De tempo livre. De presença adulta.
De vínculo real.

Porque é no encontro com o outro que ela se forma, e se reconhece.

Como isso chega pra você?

Com carinho,

Pat

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

Quando há trauma, lutos não reconhecidos ou ausências de presença, não é o passar dos dias que reorganiza a dor, é o mod...
03/07/2025

Quando há trauma, lutos não reconhecidos ou ausências de presença, não é o passar dos dias que reorganiza a dor, é o modo como ela é sustentada, sobretudo em companhia!

Não há uma linha do tempo a ser seguida, mas sim um campo a ser escutado, no qual, presença, contato e reconhecimento podem, pouco a pouco, permitir novos sentidos.

Feridas emocionais profundas costumam se formar na ausência de segurança relacional, que para serem cuidadas, precisam experiências de vínculos que restaurem a esperança no existir.

As experiências traumáticas ou os processos de luto não seguem um curso linear, e acompanhamos, em nossa clínica, este percurso, nas experiências de dor e de reconstrução.

É um caminho que pede escuta, presença amorosa e confirmação e validação para o sentir, mesmo quando o mundo quer que a vida "volte ao normal".

O que cuida não é o tempo, mas o encontro.
É a presença que regula.
É o vínculo que repara.
É a escuta que não nega a dor, mas a acolhe como parte da existência.

Com carinho,

Pat.

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

Na clínica, muitas vezes, o que chega não é o motivo.É o eco.É a insônia. O desânimo. A irritação sem causa.É o afastame...
24/06/2025

Na clínica, muitas vezes, o que chega não é o motivo.

É o eco.

É a insônia. O desânimo. A irritação sem causa.
É o afastamento. O choro preso. O nó no peito.

Por isso, escutar não é só ouvir o que é dito.
É sustentar presença também diante do que não consegue se dizer.

Porque o que não se nomeia, ainda assim, clama por cuidado.

Com carinho,

Pat

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

Duas datas se encontram neste 19 de junho – o Dia Nacional do Luto e o Dia do Cinema Brasileiro.Ao ver este encontro de ...
19/06/2025

Duas datas se encontram neste 19 de junho – o Dia Nacional do Luto e o Dia do Cinema Brasileiro.

Ao ver este encontro de datas, pensei no entrelaçamento destes temas – do quanto o cinema muitas vezes nos brinda com histórias que nos fazem sentir, refletir e pensar sobre as nossas perdas.

Pensei em muitos filmes para trazer aqui, mas um me convocou, talvez pelas tantas reflexões que ele me trouxe sobre as ausências que f**aram sem nome, as despedidas que aconteceram silenciosamente, sem ritual, sem espaço, sem reconhecimento.

O filme "A Vida Invisível", de Karim Aïnouz, é uma delicada representação desse luto silencioso (ou silenciado).

Conta a história de duas irmãs separadas pelas circunstâncias, pelo machismo e pelo silêncio social, vivendo um luto pela relação interrompida, pela vida que não pôde ser vivida, pela presença que virou ausência.

Frente a tantas e tantas perdas invisibilizadas ou não reconhecidas, que hoje possamos nos lembrar que a dor é de quem sente, e quem está em sofrimento merece encontrar escuta, presença e respeito ao seu tempo.

O luto não é um problema a ser resolvido, mas um processo que merece cuidado, espaço, acolhimento e presença.

Que este dia nos lembre de cuidar do que parte, mas também do que f**a.

Me conta!

Algum filme te ajudou a entender melhor suas próprias perdas?

Com carinho,

Pat.

Patricia Barrachina Camps
Psicóloga | CRP: 06/63876

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