20/09/2025
—— ✍🏻•
// Aos 37 anos, decidi incluir os esportes
de raquete na minha rotina.
Logo eu, que nunca tive boa coordenação
motora e nenhuma habilidade esportiva.
No começo, parecia apenas uma atividade física,
um espaço para aliviar a mente.
Mas, mesmo como iniciante, senti que havia ali
muito mais do que exercício.
Na quadra, aprendi a lidar com algo que,
por muito tempo, resisti a aceitar:
a vulnerabilidade de ser iniciante.
O desconforto de errar em público.
A exposição dos fracassos.
A humildade de começar sem saber tudo,
sem ter controle de cada ponto.
E, curiosamente, foi nesse lugar de vulnerabilidade
que tenho encontrando força de continuar.
Cada erro me lembra que o fracasso não define,
apenas prepara.
Cada derrota me ensina a recomeçar.
Cada treino me mostra que constância
vale mais do que intensidade.
Para o meu TDAH, o esporte tem se tornado
ainda mais essencial.
Na quadra, encontro foco.
No movimento, encontro disciplina.
Na repetição, encontro a estrutura que
muitas vezes a mente tenta sabotar.
É como se o jogo organizasse o que
dentro de mim sempre pareceu disperso.
E isso não para ali.
O que vivo na quadra se estende ao meu dia, ao meu trabalho, às pessoas que convivem comigo.
No jogo, treino presença.
Na presença, alimento criatividade.
Na criatividade, expresso minha identidade.
E essa identidade é o que sustenta minha marca.
Hoje entendo que o esporte não é apenas parte da minha rotina, mas extensão da minha mensagem.
Ele revela que a marca pessoal não nasce apenas de conhecimento técnico, mas também daquilo que
cultivamos no cotidiano.
E que autoridade verdadeira não é sobre nunca falhar,
mas sobre recomeçar quantas vezes for preciso.
—— DL.