06/10/2020
A osteoporose é a doença mais comum dos ossos. É uma doença silenciosa, que altera a arquitetura do osso e aumenta a sua fragilidade, levando a um maior risco de fraturas. Afeta especialmente mulheres pós-menopausa e idosos. A osteopenia é um estágio antes da osteoporose.
Há uma predisposição genética para a osteoporose. Fatores de risco como tabagismo, etilismo, sedentarismo, alguns medicamentos contribuem para o seu desenvolvimento. Doenças de má absorção intestinal, doenças inflamatórias e doenças endocrinológicas também podem ser causas de osteoporose.
A única manifestação da osteoporose é a ocorrência de fratura por baixo impacto, causada por queda da própria altura ou trauma mínimo. É mais comum em vértebras, fêmur e antebraço. Fratura é importante causa de complicações de saúde, limitações, incapacidades e aumento de mortalidade. Por isso a osteoporose deve ser adequadamente diagnosticada e tratada.
A avaliação começa pela história clínica, buscando fatores de risco e doenças já existentes que aumentam a possibilidade de desenvolvimento da osteoporose. O diagnóstico é feito através do exame de densitometria óssea, que mede a densidade mineral óssea na coluna lombar e no fêmur, e algumas vezes dependendo da necessidade, no osso rádio do antebraço. Devem fazer o exame mulheres a partir de 65 anos de idade e homens acima de 70 anos de idade. Adultos com mais de 50 anos podem precisar de avaliação óssea conforme seus fatores de risco.
Exames laboratoriais avaliam a vitamina D e outros parâmetros que podem ajudar a definir ou descartar alguma causa secundária para a osteoporose.
O tratamento da osteopenia e da osteoporose envolve ingestão adequada de cálcio, suplementação de vitamina D, prática de exercício físico, exclusão de fatores de risco, quando possível. O tratamento medicamentoso está indicado em todos os pacientes com osteoporose e naqueles pacientes com osteopenia que apresentam fatores de risco ou que evoluem com perda óssea. As medicações podem reduzir a perda óssea ou aumentar a sua formação, e são escolhidas conforme a gravidade da doença.
Dra. Renata Chiari de Féo Moraes
