29/11/2025
Nas primeiras fases da vida, apesar dos desafios já presentes, as relações tendem a ser mais espontâneas, especialmente entre crianças menores. Nessa etapa, a orientação dos adultos exerce grande influência.
👉 Já na adolescência, as diferenças tornam-se mais marcantes. Os grupos se fecham, o desejo de pertencimento se intensifica e, com isso, a exclusão pode se tornar ainda mais dolorosa.
O bullying seja físico, verbal ou silenciosamente social é uma realidade entre adolescentes típicos e atípicos. ☝️ Porém, é fundamental destacar a vulnerabilidade ampliada dos adolescentes autistas, especialmente aqueles que precisam de menor nível de suporte. Muitos compreendem suas dificuldades sociais, percebem quando não são aceitos e, ainda assim, continuam tentando se ajustar.
Esse esforço constante cobra um alto preço emocional. Pesquisas apontam que adolescentes autistas apresentam risco significativamente maior de ansiedade, depressão e ideação $uicida quando vivenciam rejeição ou exclusão escolar (Hull et al., 2021). Além disso, as dificuldades de comunicação social e o forte desejo de pertencer fazem com que muitos não relatem o que sofrem enfrentando o bullying em silêncio por medo de parecerem “diferentes” ou “problemáticos”.
Infelizmente, muitas escolas ainda naturalizam essas situações, tratando a exclusão como algo “próprio da idade”. Mas o que acaba sendo normalizado é o sofrimento.
🔴 A construção de ambientes verdadeiramente inclusivos começa quando escola e família atuam em conjunto. É essencial orientar colegas sobre respeito às diferenças, capacitar professores para identificar sinais de exclusão e criar oportunidades reais de convivência. E para que esses adolescentes estejam preparados para acolher, valores como empatia e respeito precisam ser continuamente cultivados dentro de casa.
A inclusão verdadeira não se impõe. Ela é desafiadora, exige esforço em várias frentes e se constrói com atitudes concretas. Cada gesto de empatia pode transformar trajetórias. 🙌
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