05/08/2024
Sim!!! Tem tudo a ver! Vamos primeiro dar uma olhada na origem das olimpíadas, na antiga Grécia, no século VII a.C. Nesta época, as cidades gregas eram autônomas e independentes politicamente. As guerra e hostilidades entre si eram comuns. Porém, a cada quatro anos, gente vinda de todas as cidades reuniam-se em Olimpia, para uma grande celebração religiosa em honra a Zeus, o deus supremo do panteão grego. Nesse grande festival, os filhos das famílias aristocráticas cada região participavam de diversas competições esportivas, algumas praticadas até hoje, como lançamento de discos, dardos, lutas, corridas etc.
Os jovens vitoriosos seriam considerados abençoados pelos deuses e encomendavam aos escultores de suas cidades estátuas feitas em bronze, que seriam oferecidas em honra aos deuses. Expostas ao redor dos templos, eram uma expressão de agradecimento à vitoria e às bênçãos divinas, para a admiração do povo.
Mas não era só isso! o que pouco sabemos hoje, é que nas olimpíadas havia também a competição entre os artistas! Além de jovens atléticos, cada cidade enviava também seus melhores poetas, músicos, cantores, pintores e escultores, que competiam entre si com suas habilidades artísticas e criativas.
As olimpíadas deixam de existir com o advento da era cristã. Porém, ao serem resgatadas no século XX, retornaram apenas com as modalidades esportivas. Nas olimpíadas modernas, os artistas são público. Estão nas arquibancadas ou assistido pelos aparelhos de TVs, notebooks e celulares.
E se dermos um outro olhar atento pela história, veremos que nenhuma atividade humana foi tão enaltecida e tão negligenciada como as artes.
Na realidade brasileira, em particular, atletas e artistas encontram-se em condições semelhantes. Desenvolvem-se e atuam por perseverança, determinação e amor aos esportes e às artes, mas sob dificuldades. Na maioria das vezes, vivem lutando por patrocínio, espaço e reconhecimento, num esforço interminável.
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Claudio Tucci, psicólogo CRP 06.76165, arte educador e artista
Claudia Bertini, arteterapeuta Aatesp 741/0221 e poeta