Isa Zimermann de Araujo

Isa Zimermann de Araujo Psicanalista - atendimento clínico online

Por que insistimos em permanecer onde não somos felizes?Às vezes, o que nos prende não é o amor, mas o medo. Medo da sol...
01/07/2025

Por que insistimos em permanecer onde não somos felizes?

Às vezes, o que nos prende não é o amor, mas o medo. Medo da solidão, do julgamento, de enfrentar o vazio ou encarar a verdade sobre o que não queremos mais.

Ficamos onde não somos bem-vindos, onde o riso pesa, onde a presença do outro já não conforta. E fingimos que está tudo bem. Porque é difícil admitir que algo terminou — ou que nunca começou de verdade.

A pergunta ecoa: o que me mantém aqui? E a resposta, se for honesta, pode ser desconfortável. Mas é ela que abre a porta para o recomeço.

Se for difícil responder sozinho, procure ajuda. Às vezes, é preciso um olhar externo para que possamos, enfim, olhar para dentro.

Um estudo analisou novos casais com mais de 60 anos e a conclusão é clara: eles são mais felizes se moram em casas separ...
28/06/2025

Um estudo analisou novos casais com mais de 60 anos e a conclusão é clara: eles são mais felizes se moram em casas separadas

Todos conhecemos casais jovens que vivem separados, um estilo de vida que agora também começa a ser adotado por adultos com mais de 60 anos — e que pode ser mais benéfico do que imaginamos. De acordo com um estudo conduzido pela Universidade de Lancaster e pelo University College London, esse modelo de relacionamento entre pessoas com mais de 60 anos pode trazer benefícios à saúde mental.
Segundo a pesquisa, os chamados relacionamentos LAT (do inglês Living Apart Together), também conhecidos como relacionamentos sem coabitação, oferecem um equilíbrio entre união e autonomia. Eles podem ser uma boa opção tanto para quem está começando um relacionamento nessa fase da vida quanto para quem já está em uma relação de longo prazo.
Trata-se de uma alternativa que permite manter compromissos pessoais e familiares, sem abrir mão da conexão íntima com o parceiro.
Um estilo de vida que beneficia especialmente as mulheres
Relacionamentos LAT são especialmente bem recebidos por mulheres heterossexuais. De acordo com o estudo, quando uma mulher com mais de 60 anos inicia um relacionamento, a chance de ele evoluir para um modelo LAT é 10 vezes maior do que para coabitação ou casamento. Já entre os homens mais velhos, a probabilidade de optar por morar com a parceira é quase 20 vezes maior. O que explica essa diferença?
Em relacionamentos heterossexuais, as mulheres costumam assumir uma parte maior das tarefas domésticas e dos cuidados cotidianos quando vivem com um parceiro. Por isso, esse estilo de vida tem sido apontado como mais vantajoso para elas.
Embora, historicamente, tenha havido uma valorização da construção de um lar como modelo ideal de relacionamento, se considerarmos o bem-estar emocional, talvez seja hora de repensar: será que devemos continuar nos moldando às construções sociais ou seria o caso de adaptá-las às nossas necessidades?
Como destaca o estudo, tanto mulheres quanto homens com mais de 60 anos em relacionamentos duradouros se beneficiam, em termos de saúde mental, de viver em casas separadas. Os ganhos desse estilo de vida para o bem-estar emocional estão se tornando cada vez mais claros — e, por isso, têm sido adotados por um número crescente de casais mais velhos.

Dizem por aí: “Ela é exigente demais.”Mas a verdade é que nunca foi sobre qualquer um —pelo menos, não quando o assunto ...
11/06/2025

Dizem por aí: “Ela é exigente demais.”
Mas a verdade é que nunca foi sobre qualquer um —
pelo menos, não quando o assunto é o coração.

Basta lembrar das vezes em que tentamos gostar,
forçamos o encanto,
empurramos o sentimento.
Mas não fluiu.
E não flui, mesmo.
Porque sem espaço dentro da alma,
ninguém entra.
E a gente nem sabe direito onde f**a esse lugar,
mas chamamos de coração,
pra facilitar.

Nas tentativas de encontrar o amor,
fomos queimando esperanças,
rasgando cartuchos,
perdendo um pouco da fé
e muito da paciência.

E tudo isso nos moldou.
Os tropeços, os acertos,
os quase…
Somos feitos disso.

A pergunta que f**a é:
nos tornamos mais sábios com os anos,
ou apenas mais cansados com os danos?

Talvez um pouco dos dois.
Talvez agora a gente só prefira parar de atirar no escuro,
e esperar que, um dia, alguém faça sentido.

Como nos despedir de quem é impossível substituir?Eu sei, eu sei... ninguém é, de fato, substituível se pensarmos em afe...
02/09/2024

Como nos despedir de quem é impossível substituir?

Eu sei, eu sei... ninguém é, de fato, substituível se pensarmos em afetos. No entanto, é verdade também que romances e paixões podem ser substituídos quando, literalmente, deslizamos de um corpo para o outro o investimento emocional e libidinal – e isso costuma ser rápido e ef**az. É claro que podemos também realizar uma grande despedida desses afetos, mas essa não é bem a regra, sejamos honestos.

Mas hoje, vamos falar de quem é verdadeiramente insubstituível. E quem já perdeu alguém assim sabe bem como é. Seja a mãe, o pai, um filho ou uma filha, uma avó ou avô querido, alguém que cumpriu uma função importante nas nossas vidas ou um grandioso amor. Alguém que, não importa quem ou o que venha depois, será sempre um outro que nem se aproxima do que perdemos. Qualquer outra pessoa estará longe de se aproximar do que já sentimos e, muito menos, do que essa pessoa única e singular significou para nós.

Existem saudades que não passam. Saudade que fará parte do nosso coração. Algumas partes de quem partiu e deixou muito de si em nós permanecem vivas dentro de nós. Isso não morre. Isso é o que não vai embora com quem partiu. Isso é o que continua vivo. Nós somos essa vida e, com ela, seguem presentes nossos seres mais especiais.

Muitas vezes, nos pressionamos para seguir em frente sem dor, sem luto, sem saudade. Isso pode ser uma agressão a nós mesmos. O luto demanda cuidado e carinho. O mundo pode perder a importância, tudo pode f**ar sem graça e sem sal. Por um tempo...

Se esse tempo não passar, procure ajuda. Mas, se ao longo do tempo o seu coração for se acalmando, mesmo que saudoso, o processo de luto estará acontecendo. É um processo e leva tempo. E o tempo é diferente para cada um. Precisaremos de calma, paciência e muita parcimônia nessa hora, nesse período. Precisaremos de pessoas que entendam esse tempo e não tentem atropelá-lo, que estejam perto de nós.

Quem já perdeu alguém insubstituível sabe o quão delicado é esse processo. E quem faz análise sabe que ele é digno e necessário de ser vivido.

Parabenizo os psicólogos que, além de desempenharem bem suas funções, conseguem manter o respeito e a valorização dos se...
27/08/2024

Parabenizo os psicólogos que, além de desempenharem bem suas funções, conseguem manter o respeito e a valorização dos seus colegas de profissão. Também celebro aqueles que se dedicam aos estudos, ao aperfeiçoamento constante e que investem em sua própria análise pessoal.

Essa é uma causa justa e essencial, pois somente com a convivência respeitosa e a valorização da diversidade dentro da nossa profissão, conseguiremos exercer a psicologia de maneira plena e ef**az.

A psicanálise cura.Na medicina, a cura refere-se à eliminação completa de uma doença ou condição, restaurando a saúde do...
14/06/2024

A psicanálise cura.

Na medicina, a cura refere-se à eliminação completa de uma doença ou condição, restaurando a saúde do paciente ao seu estado normal. Isso pode envolver a erradicação de infecções, a reparação de tecidos danif**ados, a remoção de tumores ou a restauração de funções normais do corpo através de tratamentos médicos, cirúrgicos ou farmacológicos.

Na psicanálise, a definição de cura é mais complexa e subjetiva. Ela não necessariamente implica a eliminação de sintomas, mas sim uma mudança profunda na estrutura psíquica do indivíduo. O processo de cura psicanalítica envolve o reconhecimento e a compreensão dos conflitos inconscientes, a integração de aspectos reprimidos da personalidade e a transformação das relações interpessoais e intrapsíquicas. A cura pode ser vista como um desenvolvimento de uma maior autocompreensão e uma capacidade aumentada de lidar com os desafios da vida de maneira mais adaptativa e menos defensiva.

Reflexões sobre as várias formas de amorAo ler sobre as reflexões de Anna Machin, comecei a repensar profundamente o pap...
12/06/2024

Reflexões sobre as várias formas de amor

Ao ler sobre as reflexões de Anna Machin, comecei a repensar profundamente o papel do amor romântico em nossas vidas. Cresci em uma sociedade onde o amor entre duas pessoas é visto como o ápice da realização pessoal. A mídia, a literatura e o cinema reforçam constantemente a ideia de que encontrar "a pessoa certa" é o objetivo final. Contudo, a antropóloga de Oxford apresenta uma perspectiva que me fez questionar essa visão.

Machin argumenta que a supervalorização do amor romântico nos faz negligenciar outros tipos de amor igualmente importantes. Ela sugere que o amor entre amigos, familiares e até por entidades religiosas pode ser tão satisfatório e vital quanto o amor entre parceiros. Essa ideia ressoou comigo de uma forma surpreendente. Olhando para minha própria vida, percebo que alguns dos momentos mais signif**ativos e gratif**antes vieram de relacionamentos que não eram românticos.

Refletir sobre essa abordagem me levou a reconhecer o quanto nossa cultura molda nossas expectativas e experiências de amor. É interessante pensar que até meados do século XVIII, o amor era visto principalmente como reprodutivo, e foi só com a poesia e a literatura dessa época que começamos a romantizar o amor da maneira que conhecemos hoje.

A ideia de que a nossa busca incessante por um amor romântico pode, na verdade, nos limitar, é reveladora. Machin cita que muitas pessoas dedicam tempo e energia excessivos em busca de um parceiro ideal, negligenciando outras formas de relacionamentos que poderiam ser igualmente enriquecedoras.

O que mais me chamou a atenção foi a noção de que o amor é multifacetado e que sua expressão varia conforme o contexto cultural e social. As diferentes associações feitas por brasileiros, russos e centro-africanos ao descrever o amor mostram como nossas experiências são influenciadas pelo ambiente em que crescemos. No meu caso, a cultura ocidental sempre me fez valorizar o amor romântico acima de todos os outros, mas isso não precisa ser assim.

Essa nova perspectiva me fez perceber que é possível encontrar satisfação e propósito em várias formas de amor. Seja o amor pelos amigos que estão sempre presentes, a ligação inquebrável com a família ou mesmo a paixão por uma causa ou fé, todos esses sentimentos são válidos e merecem ser valorizados.

Incorporando uma perspectiva freudiana, é interessante considerar como Sigmund Freud via o amor como uma expressão dos nossos desejos inconscientes e como a busca pelo amor romântico pode ser uma tentativa de resolver conflitos internos e preencher lacunas emocionais deixadas pela infância. Freud sugeria que a nossa necessidade de amor e afeição se enraíza nas nossas primeiras relações com nossos pais, e que essas primeiras experiências moldam nossa busca por amor na vida adulta.

Por outro lado, a perspectiva lacaniana oferece uma visão ainda mais complexa. Jacques Lacan, um seguidor e crítico de Freud, argumentava que o amor está intimamente ligado à linguagem e ao desejo. Para Lacan, o amor romântico muitas vezes surge como uma busca por algo que falta em nós mesmos, um desejo que nunca pode ser completamente satisfeito. Ele via o amor como uma tentativa de preencher um "buraco" deixado pelo que ele chamou de "Grande Outro" – um conceito que representa a alteridade e a linguagem que estruturam nosso inconsciente.

Essas perspectivas psicanalíticas aprofundam nossa compreensão do amor romântico, revelando-o não apenas como uma construção social, mas também como uma manifestação dos complexos desejos e lacunas psíquicas que carregamos. Freud e Lacan nos ajudam a entender que o amor romântico pode ser tanto uma fonte de prazer quanto de frustração, pois ele está enraizado em nossas necessidades mais profundas e muitas vezes inconscientes.

A reflexão de Machin sobre como estamos redefinindo o amor, aceitando formas não tradicionais de relacionamento e reconhecendo identidades arromânticas, também me parece um avanço signif**ativo. Estamos, aos poucos, quebrando os moldes rígidos do amor romântico e aceitando que o amor é muito mais complexo e diversif**ado.

Em última análise, essa leitura me fez perceber que o amor não precisa ser confinado a uma definição estreita. Ele é amplo, multifacetado e, acima de tudo, essencial para a nossa humanidade. Aprender a valorizar todas as formas de amor pode nos proporcionar uma vida mais rica e satisfatória. Isa

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