12/05/2025
Maternidade é tema constante em sessões de terapia. Há quem não seja mãe, mas não há quem não seja filha/o.
E de tantas relações que temos na vida, esta é uma das mais complexas. São TANTOS sentimentos envolvidos que f**a difícil explicar.
Tem MUITO amor, mas também MUITA expectativa - o que por vezes gera frustrações, raiva, tristeza e emoções diversas - tanto por parte da mãe, quanto do filho e de toda a sociedade.
Vivemos em um mundo que romantiza essa relação, fazendo com que as pessoas se frustrem por não viverem em “comerciais de margarina”. Mas, vem cá: você conhece alguma relação mãe/filho em que tudo sempre foram flores [e sem espinhos]?
A verdade é que a complexidade dessa relação está exatamente na imperfeição dela. Mães falham. Filhos também. E isso é esperado [desde que as falhas não sejam contra a lei].
Mães precisam falhar para possibilitar o crescimento aos filhos. Filhos precisam falhar para possibilitar o crescimento às mães.
Nesta relação [quando vivida de forma saudável] todo mundo aprende, todo mundo cresce.
Cada mãe é filha do seu filho, se desenvolvendo e aprendendo com ele. Como nós, filhos, também somos mães de nossas mães, ensinando e aprendendo - tudo junto e misturado.
E é essa uma das maiores belezas (e loucuras) dessa relação: a possibilidade de ensinar enquanto se aprende. Caminhando e cantando e errando e amando.