
24/09/2025
Profissionais que trabalham com pessoas, como terapeutas, médicos, professores, líderes, lidam com um volume emocional que muitas vezes não é nomeado, mas é absorvido.
A neurociência já mostrou que o cérebro consome mais energia em atividades emocionais do que em tarefas puramente cognitivas.
A empatia, por exemplo, ativa áreas do cérebro como a ínsula, o córtex pré-frontal medial e a amígdala, regiões envolvidas com regulação emocional e tomada de perspectiva.
Isso quer dizer que escutar alguém com atenção, entender seu sofrimento e oferecer apoio não é algo leve para o sistema nervoso.
O problema é que, muitas vezes, quem cuida aprende a não demonstrar vulnerabilidade, criando uma espécie de “capa protetora”: ajuda, orienta, escuta… e vai acumulando o que não tem tempo (ou espaço) para processar.
A partir daí, podem surgir sintomas silenciosos, como irritabilidade fora de contexto, sensação constante de cansaço, dificuldade de se desligar e uso de compensações (álcool, comida, excesso de tela).
É importante se cuidar para poder cuidar do outro. Como você tem lidado com isso?